Capítulo 33

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Ela queria conversar com um medico pra saber da mãe dela e o doutor Endrew a chamou para conversar enquanto a Mariene ficou com a pequena.

Eu: Mariene não é?

Mariene: Sim.

Eu: O que eu e minha esposa precisamos fazer para ser lar temporário para as duas nessa fase em que a mãe está doente e até encontrar uma família que queira ficar com as duas juntas para que elas não sejam separadas?

Mariene: A sua esposa sabe disso?

Eu: Não. Ela está cuidando de um paciente agora e eu vou falar com ela. Mas eu tenho interesse.

Mariene: Bem... Se quiserem, vocês preenchem um requerimento, eu vou levar para a psicóloga avaliar e um juiz da infância vai dar o parecer inicial. – me explicou.

Eu: Ok, pode esperar minha esposa sair?

Mariene: Quem é sua esposa?

Eu: Doutora Priscilla Pugliese.

Mariene: Acho que é ela que está cuidando do caso da mãe das meninas.

Eu: Deve ter sido ela que ela veio olhar. – pouco depois a Pri veio.

Pri: Amor? – eu levantei e fui em direção a ela.

Eu: A gente precisa conversar. – olhei para as meninas.

Pri: Vamos pra casa, a gente conversa.

Eu: Não. Precisa ser aqui.

Pri: Tá... Vamos pra minha sala então. – eu fui falar com as meninas.

Eu: Eu vou até a sala da minha mulher e logo eu volto, não saiam daqui. A assistente social assentiu.

Pri: O que foi? Essa sua cara de que fez alguma coisa e não pensou em nada antes não me engana Nat... O que aconteceu? – eu fechou a porta e sentei na cadeira. Não sabia como abordar esse assunto, mas eu sentia que era o momento, era agora ou nunca eu precisava fazer isso. Ela se sentou de frente pra mim.

Eu: A gente precisa ficar com elas...

Pri: Elas...

Eu: As meninas... Claire e Ivy. Vão separá-las. Hoje um casal foi ver a mais nova. Elas perderam o pai e o irmão, e vão perder a mãe. Elas só tem uma a outra, não podem separá-la. A gente falou sobre ser lar temporário, casa de transição, a gente pode fazer isso por elas enquanto a mãe está internada, enquanto não encontram um lar que aceite as duas. – deixei cair uma lágrima.

Pri: Se apaixonou não foi?

Eu: Acho que sim – ri e sequei as lágrimas e ela me abraçou.

Pri: Eu te amo. Eu te amo muito. Vamos cuidar delas ok? Mas vamos ter que organizar os horários eu não posso trabalhar de casa afinal eu sou médica.

Eu: Eu posso fazer isso e eu soube que elas tem uma babá, a gente pode pedir pra ela ajudar. E a gente vai vendo como vai ficar.

Pri: Amor, eu apoio essa sua ideia, mas você tem certeza que quer fazer isso?

Eu: Tenho, total certeza. Vai ser bom pra elas e pra gente também.

Pri: Tudo bem amor, vamos fazer isso. – sorriu pra mim e me beijou. Saímos da sala dela e fomos falar com a assistente social. Ela explicou pra Pri sobre o requerimento que tínhamos que preencher. Antes disso fomos falar com a Claire. 

Eu: Claire, essa é a Priscilla minha esposa.

Claire: Prazer.

Pri: O prazer é todo meu querida.

Claire: Você que estava cuidando da minha mãe quando ela chegou não é?

Pri: Sim, eu sou a médica dela aqui.

Claire: Obrigada por tudo que tem feito por ela.

Pri: Quero dar a ela o máximo de tempo possível com você e sua irmã.

Eu: Claire, eu e a Priscilla queremos te perguntar uma coisa.

Claire: O que?

Eu: Você aceitaria ficar sob nossa responsabilidade até encontrarem um lar para vocês onde não as separem. Um lugar para ficarem quando a mãe de vocês precisar ser hospitalizada. O que acha disso?

Claire: Querem fazer isso?

Pri: Sim, a gente quer. – sorriu pra ela.

Claire: Vocês não são vegetarianas não né? – demos risadas.

Eu: Não a gente não é.

Claire:Que bom então – sorriu tímida. A assistente social nos enviouo requerimento para o meu e-mail e fomos pra casa. Assim que chegássemos, jáíamos preencher tudo. 

PARTES DE NÓSOnde histórias criam vida. Descubra agora