Capítulo 60

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Ela foi levada para cirurgia e fomos falar com o filho dela. – Se essa garota fosse minha filha, ela ia apanhar até esquecer o nome dela.

Eu: Eu estou evitando falar o que estou sentindo pra não falar besteira chefe. Porque isso é um absurdo tão grande.

Policial: Doutor Endrew? Doutora Priscilla?

Eu: Sim?

Policial: Coloquei no sistema e as impressões digitais no corpo dela conferem com a dos registros da policia pela habilitação dela. E o laboratório já confirmou que existem duas amostras de sangue nela, uma é da senhora e a outra é B positivo, o sangue da menina segundo registros é B positivo também. Então se ela tiver algum ferimento é a confirmação pra ela ser presa pelo estatuto do idoso por violência domestica.

Endrew: Ótimo. Vamos...

XX: Como minha mãe está? – se levantou imediatamente. A esposa e a filha junto. A menina estava apavorada.

Eu: Se machucou querida? – ela estava com um lenço na mão.

Vivi: Sim... Uma madeira... Eu ia colocar na lareira e me distrai e me feri.

Eu: Deixa ver se não precisa de pontos. – olhei a mão dela. E era um corte de madeira. – Seu sangue é B positivo Vivi?

Vivi: Sim, porque?

Endrew: Senhor... qual seu nome mesmo?

XX: Stevan... Stevan Robins.

Endrew: Stevan Robins... Sua mãe será operada agora, pela doutora Pugliese. Ela tem uma hemorragia cerebral que precisa ser contida antes que o quadro dela se agrave.

XX: Meu Deus.

Endrew: Ela já tem 80 anos é uma cirurgia muito delicada, ela corre risco de morte – a menina apavorou. – A sua mãe foi brutalmente agredida.

XX: Não. Ela caiu da escada, minha filha a encontrou.

Endrew: Não. Sua filha a agrediu e isso vem acontecendo a meses. Sua mãe já deu entrada inúmeras vezes aqui, desde que foi morar na sua casa, e ela falou que a Vivi sua filha não gosta que ela more com vocês. Sua mãe tem inúmeras fraturas mal curadas, sua mãe tem uma costela fraturada, e a pancada na cabeça dela, da forma que vimos nos exames está de acordo com uma violenta agressão com algo pesado e executado por outra pessoa. E tinha outra marca de sangue nela além do sangue que ela tinha na cabeça, nós fizemos corpo de delito.

XX: Não podem fazer corpo de delito numa idosa, ela está sob minha responsabilidade.

Eu: Ela está sob vulnerabilidade, e tem 80 anos e pelo fato de ser uma idosa e a pessoa que a agrediu ser da casa em que mora, a gente pode sim fazer o exame com a presença de uma assistente social, uma psicóloga e uma policial. E foi comprovado que ela foi agredida.

Policial: Viviene você está presa por lesão corporal grave e tentativa de assassinato da senhora Emma Robins. – a mãe da menina desmaiou na hora e pra mim foi encenação e o pai ficou em estado de choque. A menina começou a chorar desesperada e foi levada pela policial junto com mais outro policial que a acompanhava. O homem estava branco, sem reação, achei até que ele desmaiaria a qualquer momento, enquanto a mulher estava caída no chão falsamente desmaiada o que pra mim fazia sentido de que ela sabia de alguma coisa e queria acobertar a filha.

Eu: Alguém pega essa mulher no chão, ela não está desmaiada não, é só cena. E o senhor, quando a cirurgia acabar eu venho dar noticias. E reze para sua mãe sobreviver, porque se ela morrer, sua filha vai ficar no mínimo uns 40 anos na cadeia. – fui pra cirurgia. Chamei outro neurocirurgião para me acompanhar. O cérebro dela estava inchando. – Droga...

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