**Capítulo 4**

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Depois de almoçarmos, nós três saímos correndo da casa da minha mãe antes que ela mandasse a gente limpar lá.

Janaina: Ô Kleber, amor da minha vida, compra um sorvetinho pá nós ali?

KL: Iih, vou comprar porra nenhuma não. - fez careta, cruzando os braços. - Quiser compra tu, eu em. Menina folgada!

Janaina: Por que você é tão ignorante assim? Que eu saiba eu não sou a corna da sua fiel pra você ficar me tratando do jeito que tu quer, não. - falou alto atraindo olhares de algumas pessoas que estavam ali perto da gente.

Marina: Ai gente, não começa, sério, por favor. Já tá todo mundo olhando. - pedi baixo, entrando no meio deles.

Janaina: Foda se esse bando de pau no cú curiosos. Vão tudo tomar no cú, essa porra! - falou alto o suficiente para as pessoas que estavam olhando fingirem de loucos.

KL: Vou pra boca, que é melhor,, daqui a pouco L2 já tá me enchendo o saco.

Ele me abraçou e saiu sem falar com a Janaina. Revirei os olhos para a implicância dos dois.

Janaina: Ele não é mais o mesmo. - falou baixo, olhando ele entrar no beco da 7.

Marina: Eu sei. - suspirei, fazendo uma careta.. - Desde que ele entrou no tráfico ele tá diferente. Ele trai direto a Karol, cara. Muita sacanagem.

Janaina: Não vou dizer que tenho dó dela por que todo mundo sabe que ela só está com ele por causa do dinheiro.

Marina: Mesmo assim, deve ser horrível ser traída.

Janaína: Então não se envolva com traficante, eles não prestam.

Suspirei e o L2 veio na minha mente. Mesmo se eu fosse a fiel dele, com certeza eu já teria vários galhos na cabeça.

Deve ser mesmo horrível ser traída, ainda mais pela pessoa que você ama.  Você confia na pessoal, e ela vai e faz isso contigo. Eu não suportaria não.

Comprei um sorvete pra mim e pra Janaína. Sentamos na praça e depois brincamos um pouco com as crianças.

Janaina: Mano, vamo apertar as campainhas do povo? - me olhou, com uma amcara de sapeca.

Marina: Isso não vai prestar...

Janaina: Se nem eu presto. - deu risada, sorrindo.

Ela me puxou para a rua 13, que não tinha muitas pessoas ali, então não daria problema.

Ela apertou a campainha de uma casa e saímos correndo. Olhei pra trás pra ver se alguém tinha nos visto, mas a rua estava vazia. Acabei batendo em alguém, e quando olhei pra pessoa, meu corpo todo começa a tremer.

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