• L2
Já era quatro e pouco da manhã, e eu sem sono algum nessa porra. Tava boladão desde que ela veio me perguntando aquele bagulho.
Mina doida.
Tá se iludindo achando que gosto dela. Pô, gosto nem de mim, vou gostar de mulher, cê é louco!
Neurose bateu maneiro na mente dele, carai.
Me levantei da cama indo direto até minha gaveta na cômoda, peguei meu cigarro e fui acender.
Precisava esvaziar a mente, e esse era o único jeito.
Olhei de relance pra Marina, e percebi que ela também estava acordada.
Nem dei ideia, fui pra janela puxar o meu finin. Marolei legal ali, fumei uns cinco cigarros, mas a brisa ainda não tava batendo direito.
Ouvi a Marina murmurando algo, e olhei pra ela, que me olhava sem expressão alguma no rosto.
Marina: Tô com fome. - suspirou.
L2: E eu com isso?
Ela fez uma careta, e virou de costas. Olhei diretamente pra bunda dela, que estava meia amostra por conta do seu shorts curto.
Desviei o olhar dali, e peguei meu rádio, acionando os moleques. Mandei eles buscarem algo pra maluca comer.
Não demorou muito eles baterem na porta. Marina me olhou estranho, e eu revirei os olhos.
L2: Pega lá, pô.
Ela se levantou, e assim que vi a roupa que ela tava usando, empurrei ela na cama, e fui pegar a comida lá.
Menor começou a falar que teve que mandar a tiazinha preparar o bagulho, mas nem dei ideia, fechei a porta, voltando para o quarto.
Dei a sacola pra outra, que deu um sorrisão enorme. Só sorri de lado, e fui fumar outro.
Tava de boa na janela, quando só vi os foguetes sendo lançado no começo da favela.
Arregalei zoião na hora, e corri pra baixo da cama pegando as armas que tinham ali. Vesti o colete, arrumando as armas no corpo.
L2: Bora, Marina, se levanta porra! - gritei, calçando o tênis.
Marina: Mas por que? - perguntou assustada.
L2: Esse barraco já tá marcado com os caras, pô. Tu quer ficar aqui mermo?
Ela negou na hora, se levantando calçando a chinela. Joguei um blusão meu pra ela, que vestiu rápido.
Sai de casa puxando ela, arrumando a fuzil nas mãos.
L2: Fica atrás de mim, vou te levar pra outro barraco. - ela assentiu.
Sai correndo morro acima com ela. Atirava uns carinhas que aparecia, e corria que nem um maluco, puxando a Marina.
Vi uma tropa vindo, e corri pro beco, mas a porra era sem saída. Se os caras aparecessem aqui eu tava fudido, bala na certa.
L2: Apóia em mim, e pula pra laje.
Ela nem esperou muito, dei pezinho pra ela, e ajudei ela pular pra laje. Joguei minha fuzil pra ela, e pulei pra laje também.
Agachei ali na laje, com a Marina do lado. Posicionei a fuzil, e assim que a tropa se aproximou, sentei o dedo no gatilho, fuzilando os caras.
Não sobrou um pra contar história, pô.
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Gente, eu sei que não tô postando muito capítulo desse livro aqui, me desculpem, sério.
Eu tô me focando mais em Mente da Quebrada pois ele já está acabando.
Mas quando eu concluir ele eu vou me focar mais nesse e no Mente de um Favelado.
Vou postar capítulos, mas não prometo ser todos os dias, então, por enquanto vou retirar as metas.
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Era Uma Vez...
Teen Fiction"Sou sua mocinha ou sua bandida... Eu sou o caos que te acalmou... Sou o exílio dos teus sonhos perdidos.. Quem sabe a fuga da sua própria dor... Posso ser o medo que te entrega o beijo... E a coragem que te refaz no olhar... Sou o teu ódio, a sina...