**Capítulo 70**

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Acordei num pulo, com meu coração disparando, e eu toda suada. Tinha tido um pesadelo horrível com o Luan.

Puta que pariu!

Sonhei que uns caras estranhos que não consegui ver o rosto, vinha e fazia coisas horriveis comigo e com o Luan.

Aquilo parecia tão real, que eu sentia as lágrimas caindo por meu rosto real. Não gostava de ter pesadelos, sempre me deixam com uma sensação ruim no peito por algum tempo.

Passei a mão no rosto, e olhei para o lado. Luan ainda dormia serenamente, e mesmo dormindo, sua cara continuava fechada, e emburrada como sempre.

Fiquei olhando pra ele, até ele abrir os olhos devagar, e bufar assim que me viu.

L2: Na moral, tu parece louca, garota. - murmurou, passando a mão no rosto. - Acordo e tu tá ai, me olhando que nem uma maluca, qual foi pô?

Marina: Nada, só...tive um pesadelo. - suspirei, me levantando da cama.

Passei direto para o banheiro, pra tomar um banho. Assim que tirei a calcinha, fui tirar o absorvente interno, e quando percebi que ele estava limpo, já saquei que tinha parado de descer pra mim.

É, hoje tem!

Tomei um banho rápido, e já sai vestindo apenas um bikini.

L2: Tá jorrando sangue ainda? - me olhou, enquanto eu penteava meus cabelos.

Marina: Sim...- sorri, e ele já me fez sinal com a cabeça pra mim. - Agora não, não to afim, mas tarde só. - eu sorri, toda falsa.

Ele bufou, fechando mais ainda a cara. Apenas dei uma risada fraca, e sai do quarto, indo direto para a cozinha.

Fiz o café todo ali, coloquei tudo na mesa, e já fui comer, sem esperar o Luan, pois não sabia se ele iria vir tomar café comigo.

Olhei no celular do Luan, e vi que já era onze e pouca da manhã.

L2: Qualé, vai colar na praia? - apareceu na cozinha, de bermuda e cabelo molhado.

Marina: Acho que sim...- respondi baixo, com a boca cheia de bolacha. - Vai tomar café?.

Ele nem me respondeu, só pegou uma xícara, colocou café e saiu da cozinha.

Eu realmente não entendia o Luan, acho que ninguém conseguia entender esse homem, na moral.

Uma hora ele está todo carinhoso comigo, me tratando super bem, e na outra, ele parece um cavalo me respondendo, ou me deixa no vácuo mesmo.

É foda.

******

Fui correndo até a água, e mergulhei um pouco mais para o fundo. As ondas vinham, batiam em mim, e eu parecia uma maluca tentando levantar, mas as ondas não deixavam, elas ficavam me jogando pra baixo, cada vez que batiam em mim.

Engoli água pra caralho, e quando consegui ficar de pé, suspirei aliviada.

Olhei para a areia, e vi o Luan lá sentado, me olhando. Sorrio fraco, e voltei a brincar com a água.

Fazia um tempo já que eu não ia em uma praia, e estar nessa aqui, completamente deserta, era bom demais.

Eu me sentia livre, sabe? Estava bem aqui, longe daquele povo chato e fofoqueiro do PPG, que se importavam mais com a vida dos outros, com a vida de si mesmo.

Me cansava demais aquele povo tóxico da favela.

Se eu pudesse, morava aqui.

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