**Capítulo 104**

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Abri os olhos, dando de cara com o Luan, que dormia do meu lado, com um bico enorme.

Sorri fraco lembrando dessa madrugada foda. Cara, melhor noite, na real!

Minha buceta ainda ardia pra porra, e quando eu sentei, dei um gritinho de dor. Me levantei e fui andando igual a uma pata até o banheiro.

Assim que me vi no espelho, arregalei os olhos vendo meu pescoço e meus seios tudo marcado por chupões que já estava de vermelho ficando roxo.

Amarrei meus cabelos em um coque, pois estava um lixo real. Voltei para o quarto e vi o Luan pelado sentado na cama, olhando para o chão.

Caminhei até ele, sentando em seu colo, abracei seu pescoço, fazendo ele me olhar com aquela carinha de sono.

Marina: Adorei a madrugada! - sorri de lado, e ele sorriu fraco, encostando a cabeça em meus peitos.

L2: Tu é foda. - murmurou, contra meu peito.

Passei a mão nos cabelos dele, dando um beijinho ali. Na minha cabeça só rondava a pergunta: E agora?

Não sei como seria daqui pra frente minha relação com o Luan, mas eu quero muito ficar ao lado dele. Eu amo esse cara!

Marina: Luan?

L2: Hm?

Marina: Como a gente fica agora? - perguntei baixo, acariciando a cabeça dele.

L2: Sei lá, pô. Tenho medo de te assumir e acontecer contigo o mesmo que aconteceu com a Gabriela. - respondeu baixo, ainda com a cabeça em cima dos meus peitos. - Mas eu quero ficar com tu, mesmo tu sendo uma vacilona.

Marina: Por que eu sou vacilona, hm?

L2: Esqueceu o que tu disse pra mim a um mês atrás? - levantou a cabeça, e me olhando.

Nem falei nada, só balancei a cabeça, empurrando ele pra deitar na cama. Fiquei por cima dele, com a minha cabeça em seu peito.

Marina: Te amo muito!

L2: Também te amo, pô. - murmurou, e deu um tapa forte na minha bunda. -  Só...nunca mais fala aquelas coisas lá, suave?

Marina: Tudo bem, e me desculpa de novo por dizer aquilo. - olhei pra ele, fazendo biquinho. - Luan, me conta como foi a tua infância?

Ele me encarou por um tempo, e negou com a cabeça, já fechando a cara.

Marina: Por favor...- insisti, beijando o rosto dele.

L2 bufou, e me encarou de novo, com a cara mais fechada ainda, e eu fiz um bico enorme, olhando nos olhos deles.

Demorou um pouco, mas ele logo começou a falar, e era cada coisa que ele dizia que eu ficava chocada, real!

Ele falava, mas na minha cabeça só estava o fato dos pais dele ter dado a filha de 1 ano para um velho estuprar.

Que gente é essa?

Puta que pariu!

Essas pessoas não tinham noção nenhuma.

Marina: Cara, eu nem sei o que dizer. Seus pais eram horriveis, fez bem em matar eles. - olhei pra ele.

L2: Eu sei. - suspirou. - Quero mais falar disso não, pô. Esquece desse bagulho!

Concordei com a cabeça e ficamos ali, deitados na cama por mó cota, comigo fazendo carinho nele, e ele apertando minha bunda.

Foi de 14h que ele teve que ir pra boca, e eu fiquei ali, deitada naquela cama.

Eu olhava cada partezinha daquele quarto e lembrava das diversas noites que passamos aqui. Só de lembrar me dava uma vontadezinha de chorar.

Por mais que naquela época, eu só tenha sofrido, eu gostava de lembrar e dizer que tudo aquilo foi como um aprendizado pra mim, pois só me fez se tornar essa mulher que sou hoje.

Eu sofri pra caralho a alguns anos atrás, mas tem momentos que eu tenho vontade de voltar atrás e viver tudo novamente, como quando eu e o Luan fomos para Angra, passar alguns dias naquela casa de praia linda.

Foi maravilhoso aqueles dias, e só de lembrar o sorriso bobo brotava na hora.

Fiquei a tarde toda assim, só lembrando dos momentos bons que tive com o Luan a alguns anos atrás.

Depois de arrumar tudo ali, sai dali e fui indo direto para a casa da Jana, que tinha me mandado mensagem dizendo que tinha algo sério para me dizer.

Assim que cheguei na casa dela, ela já me puxou para o seu quarto.

Marina: O que foi, amiga? - perguntei vendo ela se tremer toda.

Janaína: Cara, eu...eu tô grávida! - falou baixo, e eu paralisei legal ali, na frente dela.

Fiquei encarando ela por maior tempão, talvez procurando algum rastro de zoação, ou algo do tipo, mas ela estava séria, e com os olhos já vermelhos.

Marina: Amiga...eu nem sei o que dizer. - suspirei. - Parabéns.

Abracei ela com força, ouvindo ela rir de nervoso. Tava na cara dela que ela estava em pânico, nem sabendo o que fazer direito, acho que até eu ficaria assim se soubesse que estava grávida.

Janaína: Vou contar pro Fernando hoje, espero que ele reaja bem. - sorriu, secando as lágrimas que já caiam por seu rosto.

Marina: Ele vai reagir bem, amiga. E vocês vão ser a melhor família de todas. - sorri, apertando ela.

Eu realmente estava feliz por ela, pois sabia que desde que éramos crianças, ela tinha o sonho de ser mãe, e agora finalmente iria realizar esse sonho.

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