100 votos e 90 comentários para o próximo.
1 mês depois...
Era incrível a capacidade desse povo te julgar sem saber da tua caminhada. Preferir apontar o dedo e falar mal, do que chegar e perguntar se tá precisando de alguma coisa.
Eu já estava cansada disso tudo, só queria tentar ignorar e seguir plena, mas era foda pô.
Ouvir o povo te chamando de puta, vagabunda, marmita e várias outras coisas horríveis, me machucava demais.
Eu estava saindo como a puta, só por eu estar me divertindo mais e pegando alguns caras. Só por causa disso!.
Já ouvi comentários tipo:
Nossa, o namorado nem morreu direito, e essa dai já tá dando para outros caras. Putinha mesmo!
Ou.
Vagabunda essa dai, sabia que quando tava com o L2 era por interesse, e agora que ele virou as costas, tá dando pra geral.
Isso era horrivel, me machucava demais, mas eu tentava de tudo me sair plena, e fingir que essas portas não me atinge.
Qual é, agora não posso ficar com quem eu quiser, por que ganho o título de puta?
Agora, esses caras ai, que tem fiel e um monte de cria, quando pegam outras garotas eles são o que? Nossa, o pegador! O famoso pica de mel!
Isso irrita, demais!
Mulher não pode pegar os caras, por que vira puta! Mas homem, sai e pega a vontade, e ninguém crítica, só batem palmas.
Nesse um mês, eu só fiquei com uns cinco caras, e o povo já veio me julgando, me xingando.
Eu não posso andar na rua, que esses desocupados vem me olhar feio, e ficam de cochichos dando risadas e tals.
Até agora, eu estava apenas ignorando tudo, mas quando eu chegar no meu limite, eu vou tacar o foda se e vou falar tudo o que está entalado em minha garganta.
Respirei fundo e sai daquele hospital, era 19h. Tinha pegado plantão da mulher que faltou, então hoje a noite eu não precisaria trabalhar, e nem amanhã, que era a minha folga.
Hoje eu iria para o baile lá do pavão, precisava me divertir e distrair a mente.
Fui direto pra casa, ignorando esse povo que ficava me olhando feio. Tomei um banho rápido e cai na cama mortinha. Iria descansar até as dez, e depois iria me arrumar para o baile.
******
Vesti meu vestido preto, colado no corpo, e aberto nas costas. Ele tinha um decote em V não muito grande na frente, mas que deixavam meus seios maiores.
Calcei minha sandália da Melissa, por que ninguém merece ir pra baile de salto.
Fiz uma maquiagem fodona, e passei perfume. Meus cachos já estavam definidos, então só peguei minhas coisas e sai de casa, trancando a mesma.
Logo a Jana e o Nandinho apareceram ali de carro, e eu entrei no banco de trás, falando com eles.
Nandinho: Ae, Mari, queria mandar um papo bom aqui pá tu. - me olhou de relance. - Tô ligado no que esse povo ai tá falando de tu, mas pô, nem liga, é tudo um bando de invejoso, que ver a oportunidade de te julgar pra tentar te atingir de alguma forma. Então nem liga, por que opinião desse povo ai, é igual merda!
Agradeci ele, e fiquei em silêncio o caminho todo.
Eu não iria deixar de viver a minha vida, de curtir e pegar quem eu quiser por causa desse povo. Por que se depender deles, eu só vou me fuder nessa vida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Era Uma Vez...
Teen Fiction"Sou sua mocinha ou sua bandida... Eu sou o caos que te acalmou... Sou o exílio dos teus sonhos perdidos.. Quem sabe a fuga da sua própria dor... Posso ser o medo que te entrega o beijo... E a coragem que te refaz no olhar... Sou o teu ódio, a sina...