**Capítulo 100**

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1 mês depois...

Era incrível a capacidade desse povo te julgar sem saber da tua caminhada. Preferir apontar o dedo e falar mal, do que chegar e perguntar se tá precisando de alguma coisa.

Eu já estava cansada disso tudo, só queria tentar ignorar e seguir plena, mas era foda pô.

Ouvir o povo te chamando de puta, vagabunda, marmita e várias outras coisas horríveis, me machucava demais.

Eu estava saindo como a puta, só por eu estar me divertindo mais e pegando alguns caras. Só por causa disso!.

Já ouvi comentários tipo:

Nossa, o namorado nem morreu direito, e essa dai dando para outros caras. Putinha mesmo!

Ou.

Vagabunda essa dai, sabia que quando tava com o L2 era por interesse, e agora que ele virou as costas, dando pra geral.

Isso era horrivel, me machucava demais, mas eu tentava de tudo me sair plena, e fingir que essas portas não me atinge.

Qual é, agora não posso ficar com quem eu quiser, por que ganho o título de puta?

Agora, esses caras ai, que tem fiel e um monte de cria, quando pegam outras garotas eles são o que? Nossa, o pegador! O famoso pica de mel!

Isso irrita, demais!

Mulher não pode pegar os caras, por que vira puta! Mas homem, sai e pega a vontade, e ninguém crítica, só batem palmas.

Nesse um mês, eu só fiquei com uns cinco caras, e o povo já veio me julgando, me xingando.

Eu não posso andar na rua, que esses desocupados vem me olhar feio, e ficam de cochichos dando risadas e tals.

Até agora, eu estava apenas ignorando tudo, mas quando eu chegar no meu limite, eu vou tacar o foda se e vou falar tudo o que está entalado em minha garganta.

Respirei fundo e sai daquele hospital, era 19h. Tinha pegado plantão da mulher que faltou, então hoje a noite eu não precisaria trabalhar, e nem amanhã, que era a minha folga.

Hoje eu iria para o baile lá do pavão, precisava me divertir e distrair a mente.

Fui direto pra casa, ignorando esse povo que ficava me olhando feio. Tomei um banho rápido e cai na cama mortinha. Iria descansar até as dez, e depois iria me arrumar para o baile.

******

Vesti meu vestido preto, colado no corpo, e aberto nas costas. Ele tinha um decote em V não muito grande na frente, mas que deixavam meus seios maiores.

Calcei minha sandália da Melissa, por que ninguém merece ir pra baile de salto.

Fiz uma maquiagem fodona, e passei perfume. Meus cachos já estavam definidos, então só peguei minhas coisas e sai de casa, trancando a mesma.

Logo a Jana e o Nandinho apareceram ali de carro, e eu entrei no banco de trás, falando com eles.

Nandinho: Ae, Mari, queria mandar um papo bom aqui pá tu. - me olhou de relance. - Tô ligado no que esse povo ai tá falando de tu, mas pô, nem liga, é tudo um bando de invejoso, que ver a oportunidade de te julgar pra tentar te atingir de alguma forma. Então nem liga, por que opinião desse povo ai, é igual merda!

Agradeci ele, e fiquei em silêncio o caminho todo.

Eu não iria deixar de viver a minha vida, de curtir e pegar quem eu quiser por causa desse povo. Por que se depender deles, eu só vou me fuder nessa vida.

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