**Capítulo 98**

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Maratona 05/05

Dias depois...

Janaína: Vai subir lá, ou não? - perguntou pela quinta vez, e percebi que ela já estava ficando irritada.

Marina: Tem certeza que eles fecharam o buraco? Não quero ver o corpo dele já em decomposição. - fiz careta.

Janaína: Fecharam hoje mais cedo, amiga. Relaxa e vamos logo.

Suspirei, e fui subindo o morro com ela. Iriamos no canteiro, no "túmulo" do PC. Queria poder pelo menos me "despedir" né, mesmo que já passou dias depois de sua morte. Só não fui antes por que o buraco tava aberto ainda lá no canteiro, e séria horrível ver o corpo dele já em decomposição.

Assim que chegamos no pico do morro, fomos andando por aquele lugar que tinha vários buracos abertos ainda. Eu evitava o máximo a olhar pra dentro deles, se não sei que vomitaria ali mesmo.

Janaína: Eu acho que é esse aqui. - parou ao lado de um montinho de terra. - Fernando disse que era ao lado de uma árvore grande, e esse é o único que tem árvore do lado.

Suspirei sentindo um apertinho no peito, e me agachei ali mesmo. Peguei a rosa que eu tinha comprado lá em baixo e coloquei em cima do montinho de terra.

Marina: Cara, nem sei o que dizer...- suspirei alto. - Você foi uma pessoa maravilhosa em minha vida, me ajudou pra caralho, e eu sempre vou ser grata por isso. Eu não te amava como namorado, eu te amava como um amigo que você sempre foi pra mim. - sorri fraco. - Descanse em paz, Pablo. Te amo muito.

Janaína só ficava me olhando, enquanto eu continuava ali, olhando para aquela terra e lembrando dos momentos maravilhosos que tive com o Pablo desde que conheci ele. A gente ficava, mas éramos mais amigos do que namorados.

Fui muito feliz com ele ao meu lado, e confesso que vou sentir falta pra caralho desse cara. Puta que pariu!

Depois de um tempo, me levantei, arrumando meu vestido, e fui saindo dali com a Jana logo atrás.

Eu sentia um apertinho no peito cada vez que eu me afastava mais daquele baraco da onde o PC estava. Era foda pensar que não irei mais vê-lo, mas tenho que me acostumar com essa ausência.

Vai ser foda? Vai! Mas ao longo do tempo que vou aprender a se acostumar com a falta que ele já faz.

Enquanto estávamos saindo dali, Janaína não parava de falar sobre a briga que teve com o Nandinho. Eu só ouvia tudo, mas prestar a atenção mesmo, eu não estava.

Parei de andar assim que vi uma caixa enorme de papelão ali na entrada no canteiro. Janaína parou de falar na hora, e me encarou.

Janaína: Iih, agora eu quero ver o que tem dentro dessa caixa. - falou, e foi indo em direção a ela.

Eu só fui atrás, pois fiquei curiosa demais quando vi o vulgo do Luan escrito ali.

Janaína tirou a fita, e assim que ela abriu eu dei um grito me afastando daquela caixa.

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Para o próximo capítulo, todos os capítulos da maratona devem bater a meta de 100 votos e 90 comentarios.

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