**Capítulo 83**

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Joyce: Marina, preciso que você vá até o quarto 17 e dê o medicamento para o cara que saiu da sala de cirurgia a algumas horas.

Marina: O que foi baleado?

Ela concordou com a cabeça e me entregou a ficha dele. Assim que bati meus olhos no nome, meu corpo parece que paralisou real ali no meio daquele corredor.

Luan Freitas.

Cara, não podia ser, não podia...

Fui andando até o quarto 17, com meu coração batendo forte a cada passo que eu dava.

Assim que entrei no quarto, procurei o leito 3, e quando meu olhar bateu nele, desacordado naquela cama, meu coração disparou, me fazendo pensar que ele sairia da minha boca a qualquer momento.

Minhas mãos tremiam, e eu só faltava desmair ali mesmo. Me aproximei bem devagar dele, sentindo minhas pernas bambas.

Era uma sensação tão estranha que eu estava sentindo naquele momento, como se eu tivesse voltado a anos atrás, e vendo ele pela primeira vez.

Ele dormia serenamente, e ainda continuava com aquela cara fechada dele. Luan estava mais magro, e sua barba por fazer já, mas...mesmo assim ele continuava lindo.

Balancei a cabeça pra afastar esses pensamentos, e fui dar o medicamente na veia dele. Minhas mãos ainda tremiam e estava foda se encaixar a agulha no caninho, que estava no braço dele.

Respirei fundo, tentando me acalmar, e finalmente consegui injetar o medicamente nele.

Sem mais tempo a perder, sai daquele quarto ainda em estado de choque. Meu corpo tremia um pouco, e eu ainda não conseguia acreditar que ele tinha voltado.

******

Sai daquele hospital ainda em estado de choque real. Eu não conseguia acreditar que ele estava de volta no morro depois de tantos anos.

Meu coração batia forte e rápido até agora, e minhas mãos ainda tremiam um pouco.

Subi direto pra casa da Jana, e bati na porta várias vezes. Ela demorou um pouco pra abrir, mas logo abriu com aquela cara de sono dela, com os cabelos tudo pra cima.

Janaína: Quié, Marina? Mó cedo cara, tava dormindo...

Nem deixei ela dizer mais nada, e sai entrando na casa dela com tudo. Larguei minha bolsa em seu sofá, e encarei ela, que fechou a porta e caminhou até mim.

Janaína: Que foi, Mari? Parece que viu o demônio, pô. - deu uma risada fraca, mas assim que viu que eu não estava brincando, ela ficou séria. - Fala logo o que aconteceu, inferno!

Marina: O Luan...ele...ele voltou...- falei baixo, me sentando no braço do sofá.

Janaína: O que? Mas...como você sabe? Você viu ele? Como ele tá? Mudou alguma coisa? - já veio me bombardeando de perguntas, e eu revirei os olhos.

Marina: Ele estava lá no hospital, baleado. - suspirei, encarando ela.

Janaína: Caralho...- murmurou, com a mão na boca. - Ele te viu?

Marina: Não, ele ainda estava com anestesia, e não me viu.

Janaína: Hm, daqui a pouco ele acorda e vai ver o mulherão que você se tornou.

Neguei com a cabeça e fiquei ali pensando e repensando como vai ser quando ele me ver...

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