Olhei pra Janaína que me olhava com tédio. Meu coração estava quase saltando pela minha boca. O nervosismo já tinha me consumido, e olha que eu nem sei se ele quer ficar comigo. Ele pode está olhando alguém proximo a mim, e eu tô aqui me iludindo achando que é eu.
Janaína: Olha, vai no banheiro, quando você sair ele vai te puxar e te prensar na parede e te beijar, igual aqueles livros no Wattpad. - deu risada.
Eu apenas revirei os olhos e sai andando. Antes mesmo de eu chegar no banheiro, alguém me parou.
- Chefe tá mandando tu ir pro quartinho. - um vapor falou.
Marina: O que? Mas...
- Quartinho dois, no corredor lá no camarote. Em dez minutos.
Antes mesmo de eu falar mais alguma coisa, ele saiu carregando sua enorme fuzil nas costas.
Voltei para onde a Janaína estava dançando.
Janaína: Nossa, que rápida. Ele te pegou?
Marina: Ele tá me chamando em um quartinho. - engoli em seco.
Janaína: Eita caralho, tu sabe muito bem o que acontece naqueles quartinhos. - me olhou e eu assenti. - Mas, você vai?
Marina: Eu não sei...- suspirei. - Se eu não for por vontade própria, com certeza algum vapor vem me buscar pelos cabelos.
Janaína: Vamos subir. - pegou na minha mão.
Fomos para o camarote e ele não estava mais ali. Meu coração batia forte em meu peito, minhas mãos tremiam.
Eu estava nervosa demais.
Provavelmente ele deve achar que não sou mais virgem, por que me chamou para o quartinho. E todo mundo sabe o que acontece naqueles quartinhos. Chá de rola a noite toda.
E eu nunca bebi esse chá. Muito menos dei chá de buceta pra alguém.
Janaína tentava me acalmar, mais eu não conseguia. Eu queria sair correndo pra longe de tudo isso, mais já era tarde.
Mas, eu nem sei por que eu tô assim, pois eu sempre quis ficar com ele, sempre "gostei" dele.
Minha reação ao vapor dizer que ele me chamou no quartinho, deveria ser completamente diferente.
Seria se eu não fosse tampada.
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Era Uma Vez...
Teen Fiction"Sou sua mocinha ou sua bandida... Eu sou o caos que te acalmou... Sou o exílio dos teus sonhos perdidos.. Quem sabe a fuga da sua própria dor... Posso ser o medo que te entrega o beijo... E a coragem que te refaz no olhar... Sou o teu ódio, a sina...