**Capítulo 84**

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L2

Encarei aquela enfermeira serinho, quase explodindo de raiva, na moral.

L2: Pô, vou sair dessa porra e foda se, caralho. Acabei de sair do inferno, e não vou ficar aqui não. - falei altão, puto da vida.

- Mas, o senhor tem que ficar de observação, caso os pontos estourem vai ser preciso...

L2: Cara, na moral, fala nada não e só vaza daqui. - murmurei, apertando meus punhos.

- Tudo bem...- suspirou, e antes de sair se virou, parando no meio da caminho. - Daqui a pouco uma enfermeira irá vir te dar o medicamento.

Revirei os olhos e ela saiu. A maluca veio de papo torto dizendo que vou ter que ficar nessa porra por uma semana. Uma semana, carai.

Já fiquei oito anos trancado naquela porra, e não vou ficar nessa bagaça aqui não, pô. Vou surtar legal.

Foda se os pontos!.

Mas pô, ontem o bagulho foi intenso naquela porra. Mó trocação do caralho, e eu já tava achando que ia morto, ou iria voltar pra cadeia.

Levei um tiro bem na barriga, e na hora nem taça sentindo nada, mas foi só a adrenalina vazar do meu corpo, que a dor veio com tudo, e eu logo desmaiei dentro do carro.

Vi vários perceiros que estavam trancados caindo de novo, e alguns sendo mortos, mas também vi outros conseguindo sua liberdade de volta.

Na moral, é um bagulho doido quando tu sente que está livre de novo.

Sai dos meus pensamentos ouvindo a porta do quarto fechando. Já fiquei cabreiro achando que era aquela velha chata dizendo que vou ter que continuar nessa porra.

Mas quando meu olhar bateu na outra enfermeira, paralisei legal ali, encarando ela. Na hora já saquei que era ela, mesmo com ela toda diferente, eu reconhecia ela de longe.

L2: Caralho, tu...mudou...- falei baixo, vendo ela fechar os olhos, suspirando alto.

Marina: Você também. - respondeu, evitando o contato visual comigo.

Fiquei uma cota encarando ela, sem acreditar mermo. A garota tava mudada pra caralho, nem parecia ser a mesma pessoa de anos atrás, só reconheci por conta do rosto que não mudou quase nada.

L2: Pô, tu tá linda, na moral mermo.

Marina: Guarde teus elogios para quando reencontrar tua mulher. - falou toda grossa, e ali eu senti que ela ainda estava com rancor de mim.

Passei a mão no rosto lembrando que tinha que resolver o bagulho com a Gabriela, mas o que eu queria mermo ele resolver as paradas com a Marina. Era o caralho que me importava mermo.

L2: Nós precisa conversar, pô. Tem tanto tempo já...

Marina: A gente não tem nada pra conversar! - me cortou, e pela primeira vez me olhou nos olhos. - A gente já conversou tudo o que tinha pra conversar naquele dia, que você sabe muito bem qual é.

L2: Foda se ess caralho de dia ai, quando eu sair daqui a gente vai conversar, por bem, ou por mal...

Marina: Quero ver então. - sorriu toda falsa, e eu apertei meus punhos, fechando a cara maneiro.

Ela me deu um bagulho lá pra tomar e logo saiu daquele quarto toda apressado.

Ela não era mais a mesma, e isso eu percebia de longe. Mas pô, ela vai ter que me escutar e tentar entender por que fiz aquilo tudo, anos atrás.

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Eu até queria colocar as fotos de como eles estão hj, mas não achei ninguém meio "parecido" com eles, então vou deixar vocs imaginarem mesmo.

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