**Capítulo 24**

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Marina

Assim que entrei em casa, minha mãe já veio doida perguntando aonde eu tinha passado a noite. Eu disse que tinha saído pra dar uma volta, e depois dormi na casa da Jana. Não sei se ela acreditou, mais logo parou de fazer perguntas, e sai de casa para ir no mercado.

Liguei pra Janaína, e pedi pra ela descer aqui em casa, ela logo chegou, indo direto pra cozinha, sem falar comigo.

Fui atrás dela, e vi a porra comendo meus biscoitos.

Marina: Nossa, Janaina, minha mãe comprou pra mim ontem, cara, nem comi. - neguei.

Janaina: Por isso tô comendo, se depender de tu, esses biscoitos fica ai mofando no armário.

Sentei ao lado dela, e fquei pensando em algumas coisas, até o Kleber vir em meus pensamentos.

Marina: Você viu o Kleber?

Janaina: Não, eu perguntei para os meninos, e eles disseram que não viram ele desde ontem de noite.

Engoli em seco e comecei já a imaginar o pior. Ontem quando sai da boca o Kleber tava desmaiado...ou morto já.

Ai, meu Deus, não!

Me levantei e sai de casa correndo. Ouvi a Janaína me gritar, mais nem respondi. Fui direto pro pico, bem no matagal mesmo. Eu já ouvi o povo falar que os traficantes jogavam os caras aqui para eles morrerem depois de darem uma surra. Os únicos que não eram jogados aqui, e que morriam no galpão mesmo, era os X9.

Fui entrando mais no mato, e o cheiro podre subiu. Quis vomitar mais continuei andando. Tinha vários buracos ali com corpos dentro. Eles não fechavam o buraco, deixavam aberto, só tampavam depois de duas semanas. O por que disso? Eu não faço a mínima ideia!

Esses traficantes são tudo doidos.

Janaina: Marina! O que tu tá fazendo aqui cara? - veio correndo atrás de mim.

Marina: Eu...eu acho que o Kleber tá por aqui. - encarei ela, já com lágrimas nos olhos.

Janaína: O que? Mas...não, não pode ser, não!

Fiquei passando pelos buracos, infelizmente tendo que olhar dentro dos buracos pra ver se encontrava o Kleber. Fui até o final daquele "cemitério" e não achei o Kleber.

Por um lado eu fiquei um pouco aliviada, mais por outro eu ainda continuava com medo de encontrar ele, e ser pior!

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