- Sempre soube que ela iria acabar indo pro mal caminho, nova putinha daqui. - ouvi murmurarem perto de mim.
Na hora meu peito doeu, e já fui sentindo meus olhos se encherem de lágrima.
Marina: É...é mentira dela. Isso não é verdade! - falei alto, olhando para algumas pessoas que estavam ali.
Gabriela: Mentira? - deu uma risada falsa. - Eu vi você saindo de um barraco logo depois do Luan. E esses dias o Nandinho disse no rádio que você queria falar com ele, e...
Marina: Isso não prova nada! - me aproximei dela..
Gabriela: Aceita que você é a nova vagabunda do Luan. Piranha!
Nem pensei em mais nada, só meti o tapa na cara dela. Eu sentia que nada seria mais o mesmo depois dela ter falado isso. Ela acabou com tudo!
Pro povo desse complexo agora eu sou a nova puta daqui. O novo lanchinho do Luan.
Olhei pro Luan que estava parado de braços cruzados olhando tudo calado. Ele me olhou, e ficou me encarando de cara fechada.
Marina: Fala pra eles que isso que ela disse é tudo mentira! - falei baixo, e ele virou a cara. - Por favor, Luan.
L2: Não quero ninguém falando mal dela, se ligou? E se alguém mexer com ela vai pro desenrolo nessa porra. - ele disse, e saiu dali com os vapores.
Foi ali que vi que tudo tinha acabado de vez pra mim. Minha vida tá sendo destruída. E quando meus pais ficarem sabendo dessa porra toda vão acabar comigo, ainda mais o meu pai.
Ele que tanto disse pra mim se manter longe desses caras, e agora ficar sabendo que sua única filha tá envolvida com o dono desse complexo ele vai surtar.
Sai dali andando rápido, enquanto ainda ouvia aquele porra falar. Corri pra casa com meu coração a mil. Assim que entrei chamei por minha mãe, e não tive resposta.
Ela com certeza tinha saído pra algum lugar, e logo ficaria sabendo pela boca do povo que eu sou a amante do Luan.
Ela vai ficar tão decepcionada comigo, cara.
Sentei no sofá, e fiquei esperando ela chegar, o que não demorou muito. Ela entrou por aquela porta, e eu vi pela cara dela que já tinham contado tudo a ela.
Marina: Mãe...
Diana: Não fala nada, por favor. - falou baixinho, e eu me calei, engolindo em seco. - Por que, Marina? Por que isso? - me olhou.
Abaixei minha cabeça morrendo de vergonha. Não queria dar esse desgosto para a minha mãe, a mulher que tanto me ajudou.
Diana: Eu e seu pai sempre te avisamos pra você ficar longe dessa gente, por que assim que você se envolve com eles sua vida acaba no mesmo instante. - se aproximou de mim, e eu me encolhi no sofá. - Não precisa se encolher por que eu não vou te bater, Marina, sei que isso não vai mudar nada do que está acontecendo. Eu estou muito, muito decepcionada com você, esperava que você ficasse longe dessa gente, mas você foi se envolver logo com o pior deles. Tu sabe o que ele já fez com várias mulheres na frente dos outros, e hoje você viu o que ele fez com aquela menina.
Eu não dizia nada, por que eu não tinha o que dizer. Estava morta de vergonha por dar esses desgosto a ela, então o melhor era ficar calada.
Diana: E esses roxos em seu corpo, foi ele que fez?
Marina: Não, foi a Gabriela, por isso ele fez aquilo com ela. - respondi baixo, e ouvi seu suspiro.
Diana: Eu não vou te bater, nem nada, mas isso eu só digo por mim, por que com o seu pai já é outra história.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Era Uma Vez...
Teen Fiction"Sou sua mocinha ou sua bandida... Eu sou o caos que te acalmou... Sou o exílio dos teus sonhos perdidos.. Quem sabe a fuga da sua própria dor... Posso ser o medo que te entrega o beijo... E a coragem que te refaz no olhar... Sou o teu ódio, a sina...