**Capítulo 49**

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Marina

Meu corpo todo tremia, e minha respiração falhava demais. Eu estava nervosa, com medo de acabar levando um tiro no meio de tudo aquilo.

Ainda estávamos naquela laje, eu quase morrendo de medo, e o Luan atirando em vários caras que passavam ali na rua.

Marina: Luan...vamo sair daqui logo, cara, por favor. - falei baixo, quase em um sussurro.

L2: Calma caralho, se a gente descer dessa porra a gente morre, que inferno. - bufou, carregando a arma.

Fiquei em silêncio, ouvindo os tiros e vários barulhos acho que de bombas, pois eram muito altos.

Luan parecia estar bem calmo enquanto atirava nos caras, já eu só faltava morrer de tanto medo que eu estava sentindo naquele momento.

L2: Tu vai fazer o seguinte...- me olhou pegando uma pistola da cintura. - Vai pegar essa arma e vai pular nas lajes até chegar na boca 2, tá me entendendo?

Marina: Mas...

L2: Mas nada, Marina! - bufou, colocando a arma em minha mão. - Tu vai pra lá, que daqui a pouco eu vou. E se alguém chegar perto de tu, você atira sem pensar duas vezes, tá ligada?

Eu concordei com a cabeça, mesmo querendo implorar pra ele ir comigo. Me levantei, e sai pulando pra outra laje.

Olhei pro Luan que me olhava também, e pulei pra outra. Eu tremia demais, quase deixando a arma cair.

Estava desesperada e com um medo enorme. Desci da laje, pulando no beco que descia pra boca 2. Fui correndo pra lá, mas antes de entrar, ouvi o barulho do disparo, e logo a ardência na batata da minha perna direita.

Cai com tudo no chão, fazendo a arma escapar da minha mão. Mas logo peguei ela de volta e atirei pra todo lugar, desesperada.

Só senti um peso em cima de mim, e gritei quando vi um cara, com uma bala bem no canto da cabeça.

Eu fiquei paralisada olhando pro rosto daquele cara, e me perguntando se foi eu que matei ele, ou outra pessoa.

O sangue dele pingava bem na minha bochecha, e eu já chorava tentando tirar ele de cima de mim. Mas eu não tava conseguindo, ele era pesado demais.

Minha perna doía um pouco, mas o que doía mais era imaginar que eu tinha matado esse homem.

Do nada, tiraram o cara de cima de mim, e eu logo vi o Nandinho, com a arma na mão.

Nandinho: Tu que matou ele?

Marina: Eu acho que sim. - falei baixo, sentindo meu nariz arder.

Era Uma Vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora