**Capítulo 81**

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Fiquei ali na cama por um tempo, só esperando os guardas darem uma brecha pra mim poder ligar pro Grego.

Mandar um papo maneirinho pra ela, pô, saber como anda as coisas lá fora e perguntar de novo quando vai ser minha fuga.

Tava animadão por isso, pô, não via a hora de sair daqui e voltar pra minha favela, curtir pra caralho, e ainda voltar com a garota lá.

Ligação.

Grego: Fala caralho. - já atendou todo, todo, e bufou.


L2: Qual foi, pô? - perguntei baixo. - Natália negou pá tu é, vacilão?

Grego: Vai se fuder, L2. Manda o papo logo, porra, tô com paciência hoje não, eu em. - revirei os olhos.

L2: Pô, como a Marina tá?

Ouvi ele bufar, mas nem dei ideia não, só queria saber da garota e já era, tava pouco me fudendo se ele tava puto ou não.

Grego: Tá bem, né. - suspirou pesado.

L2: Continua com o vacilão?

Grego: Sim, pô, e na moral, acho que aquele lance ali vai dar em casamento. - ouvi aquilo me deixou puto, realzão.

L2: Qualé que é, Grego? Tá me tirando? Fala um bagulho desses não, carai. Assim que eu sai dessa porra, a Marina vai voltar a ser minha, sem caô pô. Ela é minha!

Grego: Tá né, só acho que ela não sabe disso, e nem o vacilão lá.

L2: Muda de assunto, muda se assunto por que se não vou ficar mais puto do que já tô nessa porra. - bufei, apertando os punhos. - Quando vai ser o bagulho da fuga?

Grego: Pô, eu acho que vai ter que ser só no final desse mês mesmo. - suspirou, e eu já fechei a cara mermo. - Mas cara, daqui uns dias tu tá na pista de novo, só relaxar que o tempo passa voando.

L2: O tempo passa voando...- neguei com a cabeça. - Pá tu que ta ai fora que ele passa voando, pô. Aqui dentro é um inferno, e a cada dia parece um ano nessa porra. - bufei, já me irritando.

Grego: Tá suave, vou dar um jeito de adiantar essa porra ai...

Ligação.

Assim que ouvi os guardas se aproximando, desliguei a chamada e joguei o celular dentro do colchão de novo.

Continuei sentado na cama, vendo os filhos da puta dos guardas tentando colocar terror na gente.

A verdade era que eles tinham medo da gente, e faziam de tudo pra intimidar nós ali, só que não adiantava nada não, pô.

Bando de vacilão do carai.

Não via a hora de matar esses cuzão tudo na bala, deixar furadinho eles, na moralzinha, pô.

Logo as palavras do Grego vieram na minha mente...

Acho que aquele lance ali vai dar casamento em.

Já fiquei puto de novo, e dei um soco na parede, percendo que chamei a atenção dos caras, mas eu tava foda se.

Eu não iria deixar de jeito nenhum a Marina casar com aquele cuzão do PC, deixo não, carai. Ela vai é casar comigo!

E se alguém tentar vir contra, é só bala e já era. Aquela garota é minha, pô.

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