Janaina logo voltou com o carrinho de mão. Ela tava toda suada, e com a respiração ofegante, com certeza ela foi correndo que nem uma doida pegar esse carrinho.
Com muito esforço pegamos o Kleber, colocando ele no carrinho. Saimos dali andando rápido, mais com cuidado pra ele não cair.
Enquanto a gente descia o morro, várias pessoas nos olhavam estranho, e ficavam olhando o Kleber dentro do carrinho. Mas tipo assim, pergunta se alguém se ofereceu pra ajudar? Que nada, rapaz! Tudo bando de curiosos que só sabem cuidar da vida dos outros.
Saímos do Cantagalo, indo para a entrada do Pavão. O único postinho do complexo era ali, longe pá carai. Assim que entramos no hospital, Janaina começou a gritar as enfermeiras pra virem ajudar. Veio dois homens com uma maca, colocaram o Kleber na maca, e logo se foram.
Janaina: Você acha que ele vai ficar bem? - me encarou.
Marina: Lógico que vai, Kleber é forte! - sorri de lado.
Fui saindo do postinho, e a Janaina me chamou, eu só disse que iria resolver um negócio e já voltava, mais que era pra ela me avisar qualquer coisa.
Fui pro Cantagalo de novo na força do ódio. Eu queria matar o Luan por fazer isso com o Kleber, ele é um monstro cara!
Entrei na boca vendo alguns cara fumando ali. Nem pedi permissão, nem nada, só cheguei entrando na salinha principal, mais me arrependi quando vi o Luan beijando o pescoço da Gabriela.
Ele me olhou com raiva, e tirou ela de seu colo. Me sentei no banquinho de plástico que tinha ali, e esperei ele mandar ela ir embora. Eu não tava ligando pro que ela ia achar me vendo ali.
Ela saiu me olhando toda debochada, e eu revirei os olhos.
L2: O que tu quer caralho? Acha que pode vir aqui entrando toda, toda? - se levantou e veio se aproximando devagar.
Já me levantei indo na direção dele, que agarrou meus cabelos com uma certa força, aproximando meu rosto do seu.
Marina: Eu te odeio, Luan, te odeio muito. Você é um monstro, como você pôde jogar o Kleber naquele lugar? - falei um pouco mais alto.
L2: Vai tomar no teu cú, Marina, nem começa a gritar em. - apontou o dedo na minha cara. - Ele deu sorte que eu não mandei enterrarem ele vivo.
Marina: Qual foi, Luan? Pra que isso tudo? O cara não fez nada com tu, e você fez isso. - falei já deixando meus olhos se encherem de lágrimas. - Eu juro que se eu tivesse encontrado ele morto eu te matava e...
L2: Marina, se tu veio aqui só pra ficar falando desse merda, pode ir embora. - bufou me soltando, e se afastando de mim. - Só quero tu de noite no barraco.
Marina: Eu não vou!
L2: Como é que é? - me olhou.
Marina: Eu não vou! - repeti cruzando os braços.
L2: Se quando eu chegar naquele barraco, e não te encontrar lá, tu se prepara, por que eu vou atrás de tu. - apertou meu braço, me encarando com uma raiva imensa.
Marina: Cara, me deixa em paz! - tentei puxar meu braço, mais ele apertou mais. - Eu não aguento mais você, porra!
L2: Sai daqui antes que eu perca a cabeça com tu, caralho! - me soltou, e foi me empurrando pra fora da sala.
Marina: Eu não vou ir no barraco hoje! - encarei ele.
L2: Vamo ver então. - falou fechando a porta na minha cara.
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Era Uma Vez...
Teen Fiction"Sou sua mocinha ou sua bandida... Eu sou o caos que te acalmou... Sou o exílio dos teus sonhos perdidos.. Quem sabe a fuga da sua própria dor... Posso ser o medo que te entrega o beijo... E a coragem que te refaz no olhar... Sou o teu ódio, a sina...