**Capítulo 36**

38.3K 2.7K 1.4K
                                    

Marina

Acordei no susto, e encarei o teto. Tinha tido um sonho tão louco, o Luan chegava em minha casa e matava acho que nosso filho, não sei, só sei que no sonho ele matou uma criança que estava no carrinho em minha frente.

Foi tudo muito louco, não entendi nada.

Olhei pro lado, e o Luan não estava mais ali. Sentei na cama sentindo uma tontura fortinha. Esperei passar, e me levantei indo direto para o banheiro. Peguei meu shorts no canto do banheiro, que ainda estava meio úmido, mas vesti mesmo assim. Lavei meu rosto, molhei o meu cabelo, amarrando logo em seguida.

Sai daquela casa depois de pegar minhas coisas, e fui descendo o morro devagar.

Minha cabeça doía, e latejava um pouco. Minha cara devia estar horrível, sentia isso.

Quando cheguei na rua principal, tinha um monte de pessoa em roda olhando alguma coisa que estava acontecendo. Me aproximei mais, e fui entrando no meio das pessoas.

Quando vi aquilo, arregalei os olhos me afastando um pouco. Luan dava socos na cara da Gabriela, enquanto outros dois vapores batiam nas outras duas meninas.

Eu olhava aquilo horrorizada. Espirrava sangue pra todo lado, enquanto ele socava a cara dela. Ele me olhou de relance, continuando a bater nela, mas logo se levantou, se afastando dela.

Olhei pra Gabriela caída no chão coberta de sangue, e ela estava toda destruída. Não queria, mas senti um pouco de pena dela, porra, nenhuma mulher merece isso, apanhar em público é humilhante demais.

Luan me olhou passando o braço no nariz, abaixou o olhar de novo pra Gabriela e fez sinal com as mãos pros vapores ao seu lado. Os mesmo levantaram a Gabriela, e seguraram seus braços.

L2: Vai Marina, bate nela. - balançou a cabeça.

Olhei pra ele com os olhos arregalados, e neguei com a cabeça.

Marina: Você tá louco? Não posso fazer isso não!

L2: Ela não pensou duas vezes antes de pegar tu na covardia, porra, arregaça essa vagabunda logo, caralho.

Gabriela: Vai...Marina, me bate. - me olhou sorrindo. - Queria contar aqui pra todo mundo. - cuspiu sangue, e me olhou sorrindo. - Ela é a nova puta daqui do morro, a nova amante do Luan, essa vagabunda.

Fechei meus olhos, já começando a ouvir os cochichos. Ela não podia ter falado isso, não podia. Essa merda vai chegar no ouvido dos meus pais, e ai que a porra vai fuder tudo mesmo.

Era Uma Vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora