Eu e a Janaina fomos saindo daquele lugar. Minha respiração tava acelerada pra caralho, me encostei em um carro velho que tinha ali, e respirei fundo.
Quando olhei pra dentro do carro, arregalei os olhos. Ele estava ali dentro, ainda com os olhos fechados e todo ensanguentado. Tentei abrir aquela porta, mais eu não estava conseguindo.
Janaina tentava abrir a outra, mais também não tava dando pra abrir.
Marina: Eu vou entrar pela janela. - falei e ela concordou.
Peguei uma pedra enorme e bati na janela da traseira, que dava acesso ao porta malas também. O vidro quebrou, e eu tirei os que tinham ficado na borda.
Janaina: Cuidado pra não se cortar, por favor.
Janaina me deu pesinho e eu entrei no carro, cai por cima do corpo do Kleber, quando senti a respiração lenta e fraca dele no meu pescoço, suspirei aliviada.
Marina: Ele tá vivo!
Janaina: Ai, que bom, graças a Deus. - suspirou alto.
Marina: Como eu vou tirar ele daqui agora, cara? - encarei ela.
Janaina: Eu não sei, amiga.
Tentei levantar ele, mais ele era muito pesado.
Marina: Segura os braços dele, e quando eu falar pra tu puxar, tu poxa. - ela assentiu, pegando os braços dele.
Arrumei ele no banco pra conseguir tirar ele dali.
Marina: Puxa.
Ela puxou ele pra fora, enquanto eu ia empurrando pelas pernas. Ele caiu com tudo no chão do lado de fora. Sai daquele carro pela mesma janela, e a Janaina estava arrumando ele.
Janaina: Cortou mais ainda as costas dele. - me encarou.
Marina: A gente tem que levar ele pro postinho agora, se demorar mais ele pode morrer.
Janaina: Como a gente vai descer com ele? O posto é no começou do complexo, no Pavão.
Merda!
Pra levar ele seria dificil demais. E a gente nem podia pedir ajuda pra alguém, muito menos pros vapores.
Marina: Corre lá na minha casa, e pega aquele carrinho de pedreiro. - olhei pra ela.
Janaina: Qual?
Marina: Aquele de três rodas, uma na frente e duas atrás, que meu pai usou pra colocar cimento.
Ela concordou e saiu dali correndo. Me agachei ao lado do Kleber e passei a mão pelo seu rosto. O motivo dele estar assim é tudo culpa minha, por causa de mim ele tá nessa situação. Eu queria demais estar no lugar dele, faria de tudo por isso, me dói demais ver ele nesse estado, puta que pariu!
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Era Uma Vez...
Teen Fiction"Sou sua mocinha ou sua bandida... Eu sou o caos que te acalmou... Sou o exílio dos teus sonhos perdidos.. Quem sabe a fuga da sua própria dor... Posso ser o medo que te entrega o beijo... E a coragem que te refaz no olhar... Sou o teu ódio, a sina...