Passei a mão no rosto, limpando as lágrimas que caiam. Tinha algumas pessoas olhando e cochichando, eu apenas ignorei elas e fui saindo dali.
Tava tudo acabado pra mim, minha vida acabou quando meu pai disse aquelas coisas horriveis pra mim. Eu nunca que queria ser um desgosto para meus pais, mas hoje, eu infelizmente sou.
Passei pela pracinha vendo que tava tendo pagode ali no barzinho, tinha bastante pessoas, e junto delas, o Luan. Ele estava sentado em uma cadeira, em uma mesa cheia de homem e algumas mulheres, como sempre ele estava de braços cruzados com a cara fechada.
Desviei meu olhar dele, e fui subindo o morro. Tava chegando na rua da Janaina, quando uma moto parou com tudo do meu lado.
Me assustei dando um pulo pro lado. A pessoa levantou o capacete, e assim que vi quem era continuei andando.
L2: Qual foi? Sobe nessa porra que preciso levar um papo contigo, caralho. - me puxou pelo braço.
Marina: Eu não quero, me deixa em paz, cara. - amarrei meus cabelos em um coque.
L2: Eu tô mandando tu subir nessa porra, garota, vem me estressar não. Sobe nesse caralho, e cala a merda da boca. - me olhou serinho.
Montei na garupa da moto, e ele saiu dali a milhão. Ele foi pro barraco que a gente sempre fica, e descemos da moto.
Cruzei meus braços entrando naquele barraco. Eu só queria agora ficar longe do cara que acabou com a minha vida, L2 destruiu tudo na minh vida no momento que mandou me chamar pra essa casa.
L2: O que deu lá com teus pais? - tirou a camisa, jogando ela no canto do quarto.
Foi só lembrar disso que comecei a chorar.
L2: Qualé, tá chorando por que, porra? Tu só sabe fazer isso, que caralho. - bufou.
Marina: Meu pai me expulsou de casa! - falei altão, e ele me encarou. - Por sua culpa ele me expulsou de casa, porra! - apontei o dedo na cara dele, que deu um tapão na minha mão.
L2: Minha culpa o caralho, filhona. Não obriguei ele a botar tu pá fora, não. - falou acendendo um cigarro.
Marina: Se você não tivesse praticamente me obrigado a ser sua amante, isso não estaria acontecendo.
Ele me encarou com a cara fechada, mas não disse nada, apenas foi até a janela, se apoiando enquanto soltava a fumaça.
L2: Vou arranjar um lugar pá tu ficar, mas por enquanto tu fica por aqui mermo. - falou sem me olhar.
Marina: Não precisa, eu vou pra casa da minha amiga, e...
L2: Cala a porra da boca, e se aquieta que tu não vai pra caralho nenhum, não. Já disse que vou arranjar um barraco pá tu ficar.
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Era Uma Vez...
Teen Fiction"Sou sua mocinha ou sua bandida... Eu sou o caos que te acalmou... Sou o exílio dos teus sonhos perdidos.. Quem sabe a fuga da sua própria dor... Posso ser o medo que te entrega o beijo... E a coragem que te refaz no olhar... Sou o teu ódio, a sina...