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• Marina •
Já era onze da noite, e eu estava comendo a comida que os vapores tinham trago mais cedo.
Nada do Luan aparecer até agora, já estava achando que ele não vinha mais, quando ele entrou com tudo no barraco.
Olhei assustada pra ele, mas fiquei quieta. Ele nem falou comigo, passou direto pro banheiro.
Continuei comendo enquanto assistia um filme que estava passando na TV.
Não demorou muito pro Luan sair do banheiro com a toalha envolta da cintura. Fiquei quieta vendo ele vestir uma bermuda, e depois vir deitar ao meu lado.
Marina: Você sumiu. - falei baixo, deixando as coisas que sujei no chão ao lado da cama.
L2: Muito caô pra resolver. - respondeu, enquanto eu me enrolava na coberta. - Tu tá de boa? - perguntou, ainda sem me olhar.
Marina: Sim. - suspirei. - Agora que eu arranjei um trabalho tô bem ótima. - sorri animada, olhando pra ele.
Ele me olhou, e se virou ficando frente a frente comigo. Meu olhar bateu com o dele, mas Luan logo desviou para os meus peitos.
Marina: Mas...e você? Tá bem? - perguntei, fazendo ele levantar o olhar pro meu rosto.
L2: Tô suave, na moralzinha. - suspirou, virando de costas pra mim.
Continuei olhando pra ele, e as lembranças de dias atrás bateu na mente. Queria perguntar o por que dele ter tido aquele surto, mas tava com receio dele surtar de novo.
Mas ignorei tudo, e cutuquei ele, fazendo ele virar para me olhar.
Marina: Luan...por que você agiu daquele jeito aquele dia?
L2: Que dia, maluca?
Marina: Aquele dia...que você saiu daqui do nada depois de dizer...Que caralho, Marina!
Ele fechou a cara negando, e já foi se virando, mas segurei o braço dele.
Marina: Me responde, Luan! Por favor!
L2: Me enche o saco não, Marina. - bufou, tentando soltar o braço, mas eu segurei mais forte. - Dá pra me soltar, caralho?
Marina: Me responde, então, merda!
L2: Eu não lembro de nada do que aconteceu aquele dia, que porra, meu. - tentou puxar o braço, mas acabou batendo o cotovelo com tudo no meu nariz.
Soltei o braço dele, colocando as mãos no meu nariz. Não aguentei e logo comecei a chorar por conta da dor.
L2: Ai caralho, olha o que tu fez, porra! - falou altão, sentando na cama. - Deixa eu ver essa merda ai.
Me sentei na cama de frente pra ele e tirei as mãos do nariz. Ele fez uma careta engraçada, que me fez soltar uma risada no meio do choro.
L2: Tá rindo ou tá chorando, maluca?
Nem respondi, só voltei a chorar sentindo algo escorrer pra minha boca. Passei a mão e assim que vi que era sangue arregalei os olhos.
Marina: Você me machucou. - falei baixo.
L2: Te machuquei nada não, foi tu que fez isso.
Ele foi até o banheiro, e logo voltou com o rolo de papel higiênico. Peguei um pedaço pressionando em meu nariz.
Ele ficou me olhando em pé no canto do quarto, enquanto eu tentava fazer meu nariz parar de sangrar.
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Era Uma Vez...
Teen Fiction"Sou sua mocinha ou sua bandida... Eu sou o caos que te acalmou... Sou o exílio dos teus sonhos perdidos.. Quem sabe a fuga da sua própria dor... Posso ser o medo que te entrega o beijo... E a coragem que te refaz no olhar... Sou o teu ódio, a sina...