**Capítulo 18**

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Entrei na lanchonete do Junior morrendo de cansaço. Tive que subir essa ladeira sozinha por que a vaca da Janaína. Ela nem foi hoje e me deixou sozinha naquela merda, fiquei mó isolada.

Junior: E ai, Mari. - sorriu assim que me viu.

Júnior era um menino novo, de 23 anos, é um menino bonito e legal. Cuida da lanchonete pro pai que é doente.

Mari: Oi, Junior. - sorri. - Me vê três cozinhas e duas fogaças, por favoor.

Ele concordou e pegou os salgados colocando em um pratinho. Fiquei comendo ali enquanto conversava e ria com o Junior.

Ele era legal de conversava, era divertido e tinha um bom papo.

Junior: O povo tava falando que o L2 arranjou outra amante. - me olhou e eu engoli em seco. - Deve ser mais uma puta pra esse complexo.

Fiz careta negando. Não tem o porque dele xingar de puta, não gosto dessas coisas. Acho horrível esses xingamentos.

Marina: Ou ele deve ter obrigadora ela a ser a amante dele. - ele deu de ombros e trocamos de assunto.

Depois de comer fiquei mais um tempo ali com ele. Paguei os salgados e sai da lanchonete arrumando minha mochila nas costas.

Entrei na viela da 8 e fui subindo até sentir puxarem meus cabelos com força. Gruni de dor já imaginando quem tava segurando meus cabelos.

L2: Por não foi no barraco ontem, piranja?

Me tremi toda e o medo começou a me consumir.

Marina: L2, ontem tava chovendo demais, não tinha como eu ir.

L2: Foda se, se eu mandei tu ir, era pra tu ter ido, porra. - puxou mais meus cabelos.

Marina: Tá machucabdo, Luan. - fechei os olhos com a maior vontade de chorar.

L2: Foda se! - gritou. - Quando eu mandar tu ir no barraco é pra tu ir, caralho. Tá me ouvindo, vagabunda?

Eu fiquei com a maior vontade de chorar quando ele me xingou disso. Ele me obriga a ficar com ele, não fico com ele por vontade própria ou oor dinheiro.

L2: Tá me ouvindo? - repetiu, e eu concordei. - Tu não foi me encontrar mais ficou cheia de graça  pro lado daquele porra da lanchonete, né filha da puta?

Mari: Ele é meu amigo...

L2: Não quero saber. Não quero mais tu de gracinha com ele e com mais nenhum macho, tá me ouvindo?

Mari: Você não é ninguém pra me obrigar parar de falar com alguém, seu filho da puta!

Me arrependi do que falei assim que ele me deu um tapa no rosto. Não aguenyei e comecei a chorar. Ele apertou meu maxilar e aproximou o rosto do meu.

L2: Deixa eu ver tu de gracinha com macho, te dou uma surra na frente de todo mundo, pra todos saber a puta que tu é.

Ele com a outra mão apertou meu pescoço enquanto me olhava chorar.

Mari: Para! Me solta! - tentei empurrar ele, mais foi em vão.

Ele me soltou e eu cai no chão com falta de ar.

L2: Tá avisada. - falou dando as costas e saindo da viela.

Passei a mão no pescoço e no lugar aonde ele me deu o tapa.

Pior coisa que eu fiz foi me envolver com o L2. Odeio esse cara.

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