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Será que os dias de glória chegaram?
Lara e Laís.

P.S: esse capítulo foi escrito com amor por nós duas, então: boa leitura!!

Josh Beauchamp
Eu fico melhor de branco ou azul? Ou o preto realça alguma coisa em mim? Ou o vermelho seria bom? Eu devo usar uma gravata social ou um suéter fofo? Será que ela prefere o estilo mais bad boy como o do motoqueiro fantasma lá? Ou seja: uma jaqueta seria melhor?

Devo usar óculos? Todas as vezes que eu fico nervoso o óculos embaça e isso me faz ficar ridículo. Mais do que eu já sou, mas tudo bem.

Ela parece tão indistintamente linda só com aquele vestido florido que parece ter sido escolhido contra a vontade dela antes de ir até o supermercado. Me jogo na cama com força querendo ter sido abduzido por um et.

- Querido? - a minha mãe entra no quarto abrindo a porta devagar. Me encara com uma forte dúvida - O que você está fazendo aí? Parece um morto! - exclama sentando ao meu lado na cama.

- Não sei o que vestir, mãe. - digo ficando chocaco em ter sido tão sincero de repente - Não que isso seja um problema, sabe? Mas é que...

- Ela é muito bonita mesmo. - fala me olhando de uma forma bem profunda - Não fico surpresa em estar gostando dela. - diz me deixando completamente vermelho - Você ainda fica corado? Que graça!

- Mãe! - pulo da cama parecendo ter levado um choque (o que realmente aconteceu, no caso) - E se... - passo a mão pelo cabelo atormentado.

- Sabe... - eu a vejo pegando alguma coisa da cama - Eu acho que você só precisa ser você mesmo. - ela coloca o suéter azul na minha frente com os dois olhos brilhando.

Eu lanço um olhar de obrigada pelo espelho. Talvez eu tenha tido tanta sorte com o meu pai (que foi um idiota quando resolveu sair de casa, antes de sofrer o acidente de carro), mas tive tanta sorte com a minha mãe.

Espero conseguir dizer isso à ela.

...

Apareço na sala de estar e as minhas mãos estão suando. Me sinto uma adolescente de colegial outra vez ainda mais ferrado, já que dessa vez existem as coisas do coração no meio.

Ando até a direção das três que estão sentadas presas em uma conversa que parece muito engraçada se for contar pelas risadas.

A minha irmã é a primeira a me ver ao lado da minha mãe que tem um sorriso orgulhoso. Any está de costas, por isso precisa se virar para conseguir me ver do jeito certo.

Ninguém fala nada por um minuto total fazendo com que eu ficasse ainda mais constrangido do que o normal. Ela é a única a ficar de pé rapidamente, quase caindo para o lado outra vez.

Ficamos nos encarando (por algum motivo que não sei). Acabo com a mão atrás da nuca e um sorriso bobo nos lábios que é retribuído por ela na mesma hora fazendo com que tudo fique ainda mais...

- Estávamos esperando você. - ela diz com as mãos juntas na frente da barriga que é tampada por uma grande flor amarela.

- Espero não ter atrapalhado nada. - falo a primeira coisa que me vem. Ela sorri colocando o cabelo para trás dando uma bela visão das linhas que percorrem o seu busto.

Caramba! As coisas ficam difíceis de serem digeridas se forem vistas dessa forma, já que já tive a sorte de toca-la, mas não da forma que realmente deveria ter sido.

- Vamos jantar? - escuto a voz da minha mãe e acabo despertando de todo aquele transe que me fez achar que estávamos sozinhos na sala.

- Ah, claro! Vamos lá... - murmuro quase pulando na direção da cozinha. Kim nos encara com um olhar pronto para fazer alguma coisa se fosse preciso fazendo com que eu a encare com a mesma intensidade dizendo que não.

A mesa acabou tendo como ordem: eu, Kim, Any e a dona Úrsula. A minha irmã quase conseguiu fazer com que eu sentasse lado da princesa encantada que parecia muito bem com a minha mãe.

Mesmo que eu tentasse esquecer por curtos momentos, a ideia de que talvez ela nem tivesse lido a carta, ou até mesmo lido me deixava mal. Ela tinha o motoqueiro, não tinha? E parecia feliz, então qual seria o problema? Encaro a comida querendo fugir.

- Primeiro as convidadas de honra... - a minha mãe diz colocando uma boa fatia no prato da Any que observa tudo de olhos arregalados me fazendo ri. Ela me lança um olhar de reprovação, mas acabo dando de ombros.

- Queria poder dizer que foi o Josh que fez essa obra de arte, mas eu estaria mentindo. - Kim fala de repente.Piso no seu pé que parece ter um ótimo reflexo, já que sobe para cima no mesmo milésimo de segundo.

Por pura reação, observo a Any pegando o garfo com uma delicadeza límpida para provar a comida da vez. O cacho cai pela extensão do seu braço ao mesmo tempo em que um sorriso surge assim que consegue provar o macarrão com molho.

Kim me dá um cutucão na costela com força me fazendo soltar um gemido. A encaro perguntando o que foi? e ela acaba respondendo com um para de olhar pra ela desse jeito! Quer deixar mais claro?

Quero dizer que ela é uma pirralha de doze anos que nunca se apaixonou por ninguém que não fosse o Peter de Para Todos os Garotos que Já amei e que por isso não tinha o direito de me dá algum tipo de conselho besta. Mas acabo parando de olhar para comer. Vai que ela tem razão mesmo.

- Então, Any... - a minha mãe começa - Como estão as coisas pra faculdade? - a minha ex aluna para de comer para responder.

- Bem, na verdade, eu ainda não consegui escrever a grande carta que todas as melhores faculdades esperam. - revela dando de ombros.

- Tenho certeza que conseguirá logo, logo. - a minha mãe deseja fazendo com que ela agradeça com um sorriso que fez o meu coração ficar quentinho - Me lembro de quando o Kyle escreveu a carta dele, se lembra querido?

Quase me engasgo por ter sido metido na conversa da pior forma possível. Faço que sim sem ter coragem de abrir a boca para falar alguma coisa.

- O Josh foi um ótimo professor de literatura, senhora Beauc...Úrsula. - diz e a minha mãe sorri.

- Ele sempre foi ótimo mesmo... - ela parece estar prestes a chorar.

- Mãe. - sem lágrimas, por favor.

- Ah, tudo bem. Essas coisas me deixam tão emotivas... - diz começando a falar sobre todos os tipos de coisa sobre eu e a minha irmã.

Em alguns momentos, acabava olhando para a Any que percebia me olhando de volta, o que eu acabava abaixando o olhar, sendo que depois ela que ficava me olhando e quando eu ia trocar com ela acabava que a mesma voltava de novo para a minha mãe.

A parte dois já está saindo!!
L.L



My Teacher - beauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora