Rafaella: Eu to aqui...(se apressa em dizer assim que adentra o apto da comandante, a qual se joga nos braços da amiga enquanto o choro atinge fortemente as duas)Vicente: Bom, eu vou indo, se precisarem sempre vou estar disponível...se cuidem...(ao notar que a amiga estava em boas mãos ele sente que pode deixar o local em paz, e silenciosamente)
Maraisa: Me diz que isso é mentira Rafa, me diz q ela vai entrar rindo da nossa cara por essa porta já já...
Rafaella: Calma linda, eu sei o quanto isso tá doendo, mas nos desesperar mais não vai fazer ela voltar...(diz tentando se manter forte, porém realmente estava difícil, desde o momento que chegou ao hospital e foi informada da morte da amiga, precisavam de um médico para perícia e ela se propôs acompanhar, mas logo foi barrada pelo vínculo que detinha com a agente)
Maraisa: Tá doendo demais...
Rafaella: Eu sei, to sentindo a mesma coisa...ela, ela se despediu, ela sabia que não ia voltar daquele lugar...(murmura enquanto se entrega cada vez mais ao choro)
• Horas mais tarde Maraisa e Rafaella permaneciam abraçadas no sofá do apto da comandante, somente o silêncio e o acalento eram necessários. Vicente recebeu retorno do exame de DNA e apenas confirmou sua fala, era Lauana que havia sido carbonizada. Logo o mesmo informou os demais amigos que aguardavam notícias e providenciou toda a burocracia hospital x perícia x funeral.
Rafaella: Pronta?(murmura baixinho enquanto se aproxima da amiga, a qual vestida de preto, em sua farda, se analisava em frente ao espelho do seu closet)
Maraisa: Jamais estarei pronta pra algo assim...mas é necessário...
Rafaella: Nossa última despedida...
Maraisa: Eu ainda não acredito nisso...(se vira já sentindo os olhos marejarem e logo as lágrimas tomarem conta)
Rafaella: Vou estar do teu lado o tempo todo...(murmura enquanto abraça a amiga, logo elas já estavam no imenso cemitério, o qual estava sendo o sepultamento da agente, estavam ali apenas os mais próximos, de caixão fechado, um padre ministrava a despedida)
Xx: Estamos aqui reunidos hoje, com o propósito de demostrar nosso respeito, homenagear e nos despedir da nossa eterna Lauana...agente da Polícia Federal, a qual esteve sempre presente e guardando a vida dos cidadãos dessa cidade...
Vicente: Se me permite senhor, temos uma despedida padrão para fazer...(se pronuncia baixinho e logo recebe um aceno do reverendo, em silêncio os colegas da agente se põem ao redor do caixão, o qual estava elevado sobre a lápide)
Vicente: Que você descanse em paz onde estiver minha "filha"...(sussurra ao estender sobre o caixão uma bandeira com o brasão do Departamento de Polícia, todos ali estavam em suas fardas, afinal perderam uma colega em operação, e era esse o modo de despedida)
Carol: Senhores, sentido...(mesmo emocionada pelo momento, a agente consegue falar com sua voz firme, e com isso fazendo os colegas se organizarem todos na mesma posição, em frente ao caixão, sendo o seu superior o responsável pela despedida)
Vicente: Chamando a agente Prado...(sua voz embargada direcionada ao rádio de comunicação fez com que todos os presentes ali se emocionassem) ...Sem respostas! O rádio número 67 está fora de serviço depois de 7 anos e 2 meses na força policial! Ela se foi...mas jamais será esquecida!
Carol: Dispensados!(foi a única palavra que saiu da sua boca antes do choro, fazendo com que em pelotão os colegas se dispersassem)
Rafaella: Lauana Prado era minha amiga...amizade difícil de conquistar aliás...(murmurou em meio às lágrimas, ela havia feito um pequeno discurso em despedida da agente) Antes de enfrentar essa missão suicida ela se despediu brevemente, sabia que não voltaria de lá...e no meio disso ela me pediu para cuidar da Maraisa...eu tentei fazê-la parar, não queria ouvir nada...queria que ela mesma fizesse isso quando essa missão acabasse, queria que ela mesma cuidasse e falasse o quanto amava a Maraisa...mas ela não teve chance, ela não teve tempo! Ela te achava extraordinária Maraisa, você era um orgulho imenso pra ela, saber o quanto ela te amava me deixa até sem palavras...sem pensar duas vezes ela daria a vida dela no seu lugar, e infelizmente acabou assim...ela tinha planos com você, ela queria uma vida com você, mas o destino é traiçoeiro as vezes. Ela foi e sempre será uma heroína para nós, para mim...adeus agente, adeus minha amiga, você vai fazer muita falta! (acaba de falar devido seus soluços não permitirem mais)
• Sem muita celebração, logo o funeral chega ao fim, sobrando ali apenas Maraisa, a qual pediu alguns minutos pra se despedir antes de finalmente o caixão ser tapado por terra.
Rafaella: Eu não consigo mensurar a dor de vocês, mas me coloco a disposição pra o que for preciso!(afastada ela se aproxima da mãe de Lauana, a qual observava o sofrimento da nora debruçada sobre a lápide da filha)
Nelma: Ela se foi fazendo o que mais gostava, estava em ação como ela sempre dizia...a minha ficha não caiu ainda querida...mas sei que o quanto está doendo em mim está doendo em vocês tbm...(se presta a acalentar a médica, assim ambas se apoiam e continuam a observar a comandante ajoelhada sobre a lápide do seu amor...)
Pov's Maraisa
"Sem palavras...nada descreveria o que estou sentindo nesse momento, é tão surreal que realmente parece mentira...imaginar que Lauana está dentro desse caixão, na minha frente é horrível! Já não consigo mais chorar, acho que chorei tanto que não tenho mais lágrimas, não consigo demostrar nada, meu peito está em fagulhas, me sinto vazia...essa era a prova que eu sempre quis desde o início, saber que o amor da Lauana era o que me completava, sem ele eu sou apenas mais uma com o coração partido...com um buraco no peito que jamais vai ser fechado! De joelhos, de frente a lápide do meu amor, esse era um momento que eu jamais imaginei passar, nem nos meus piores pesadelos...mas talvez eu tenho pedido por isso, talvez eu tenha adiado muito tempo...eu juro que vou vingar a morte da Lauana, nem que eu tenha que ir até o inferno atrás de quem fez isso. Uma leve chuva começou a cair, e eu não tenho forças pra sair daqui, eu não tenho forças pra deixar ela, deixar ela ir...saber que eu nunca mais vou ver aquele sorriso...nunca mais vou ouvir ela dizendo que me ama...é uma dor que eu não desejo à ninguém...""Com a morte vem a paz...mas a dor é o preço dos que vivem, e como o amor, é assim que sabemos que estamos vivos."
Lauana Prado
Filha - Companheira - Amiga
1989 - 2022
Agora em paz.Maraisa: Acha que isso existe?(murmura baixinho ao dedilhar a lápide e parar com os dedos em cima da palavra "paz", ao sentir que Rafa estava se aproximando)
Rafaella: Paz?(replica enquanto se agacha ao lado da morena)
Maraisa: É...
Rafaella: Eu acho...e sei que você vai ver ela de novo, um dia!(responde baixinho enquanto juntamente com a amiga mantém os olhos presos na lápide)
Maraisa: Eu queria muito...mas você vai ver ela de novo, eu vou pro outro lado, eu não vou descansar enquanto não acabar com quem fez isso com minhas próprias mãos...e certamente depois disso estarei tomando um drink com o diabo...(sua voz rouca pelo choro era extremamente firme, com toda certeza a carga de sentimentos e a cabeça quente naquele momento era capaz de tudo)
Rafaella: Não seja tão confiante...(murmura em um tom engraçado, o que acaba amenizado a situação, tirando um pequeno riso em meio às lágrimas de ambas)
Maraisa: Obrigada por estar aqui...não sei como estou suportando tudo isso...(sussurra enquanto sente os braços da loira lhe envolverem em um abraço apertado)
Rafaella: Vou estar sempre do seu lado...(reforça enquanto deixa um beijo entre os cabelos da comandante, seu olhar ainda está direcionado ao pedaço de mármore que leva o nome de sua amiga)
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Fala galeuraaaaaa!!!
Despedida Ok.
Reviravolta?
Ação?Quem pegou as referências da Xerife Forbes aí? Hahaha
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Seria você a última peça?!
FanfictionDepois de uma adolescência conturbada, e cheia de percalços, quem diria que elas chegariam onde estão, ambas apaixonadas pela música, porém o destino mudou suas vidas completamente...agora uma era médica e a outra agente da polícia federal... E aí m...