Encaixando as peças

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• Já era madrugada quando Maraisa adentrou seu apartamento, havia acompanhado Rafaella no hospital e mesmo sem perceber rezou o tempo inteiro para que Deus a ajudasse naquele momento. Talvez por realmente milagre dEle, a médica aguentou a viagem, chegou viva no hospital, porém após varias complicações e uma PCR à tiraram da sala de cirurgia em coma, segundo os médicos isso já era de se esperar, mas mesmo assim abalou as estruturas da morena, afinal o estado de saúde da médica era extremamente delicado.





Maraisa: É Maraisa...vc tem q parar de agir na emoção...se eles acham que podem te fazer de idiota estão muito errados...mãos à obra!(respira fundo enquanto divaga em pensamentos, estava sentada no sofá da sala, vestia apenas um moletom e sutiã, queria estar livre e confortável para desfrutar da papelada que estava na mesa de centro...solicitou uma cópia de todo o processo da facção para uma análise minuciosa...)





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Dois dias depois:

Priscilla: Parece q desistiram de vc hein...(retruca a agente enquanto a observa a mesma amarrada sentada sobre a cama)

Lauana: Vai sonhando...

Priscilla: Trouxe comida...

Lauana: Não sei se vc é capaz de perceber, mas eu to amarrada, é impossível fazer qualquer coisa assim...(revira os olhos em frustração)

Priscilla: Quer na boquinha linda?(se aproxima com um sorriso sacana)

Lauana: Não sei, talvez vc possa me ajudar não é?(entra na onda da loira, afinal já estava no fim do túnel, quem sabe não seria um blefe desses que a fizesse encontrar alguma saída...)

Priscilla: Humm, gostei disso, até que vc não parece ser tão insignificante...(pontua enquanto sussurra no ouvido da morena)

Lauana: Se vc quiser posso te provar que não sou...(solta uma lufada de ar enquanto fala com sua voz rouca vendo de imediato a outra se retrair e arrepiar)

Priscilla: Muito ousadinha vc pra quem esta nessa situação...(desconfia enquanto se afasta)

Lauana: Vc quem começou...e eu não sou de deixar passar...(se xinga mentalmente pelo que falava)

Priscilla: Pra quem já me deu um tiro vc não anda merecendo muita coisa...(sua feição demonstrava indecisão sobre o pedido da agente, afinal não podia negar que ela era linda)

Lauana: Me solta...vamos conversar melhor, deixar as indiferenças no passado...(pisca ganhando ainda mais atenção da loira)

Priscilla: Se eu me arrepender disso...(retruca deixando a frase no ar enquanto se aproxima novamente e solta as amarras da agente, a deixando totalmente livre)

Lauana: Vem aqui...(com um sorriso sínico no rosto a morena puxa a loira para seus braços, obviamente que o plano já estava armado, e a outra cairá igual um patinho)

Priscilla: Humm, pegada vc até q tem...(sussurra enquanto se vê presa nos braços da morena, porém bastou um deslize para o feitiço virar contra o feiticeiro...)

Lauana: Uma pena que eu não vou usar ela com vc...(sussurra no ouvido da loira e logo a vira rapidamente, sem dar tempo de reação a mais nova, em segundos ela já estava no chão, após a agente a asfixiar até a mesma desmaiar...)


Pov's Lauana
"Nem acredito que fiz isso...minha adrenalina estava a mil, se não mais...só de pensar em conseguir fugir dali me vinha uma onda de alegria jamais sentida, porém como tudo o que é bom dura pouco logo ouvi batidas na porta, obviamente que essa infeliz não estava sozinha ali, mas eu estava confiante de que conseguiria êxito em sair dali...uma pequena janela no canto daquele sótão seria meu passaporte para a liberdade..."


Xx: Dona Priscilla? Tá tudo bem aí?(insiste batendo levemente na porta)

Cabrera: O que tá acontecendo?(se aproxima ao notar que algo não estava certo)

Xx: Faz alguns minutos que não ouço nada dai...dona Priscilla entrou levar comida pra mulher...

Cabrera: Tá trancada...porra!(xinga enquanto força à porta, logo sabendo que algo aconteceu ele dá comandos para que os seus comparsas fiquem atentos ao redor da casa, longe a agente não iria, afinal fora dali só se via mata fechada)

Xx: Senhor senhor...ela conseguiu descer pela janela, escorreu e caiu sobre alguns arbustos que há embaixo da sacada...(chega afoito chamando atenção do traficante)

Cabrera: Filha da puta desgraçada...eu quero ela aqui, entendidos?(grita enquanto força à porta, a abrindo e logo adentrando no local e só encontrando a filha ainda desmaiada)

Xx: Não demora muito para à pregarmos de novo chefe, parece q saiu machucada e sem falar que quem não conhece essa mata não sabe sair dela...

Cabrera: Ótimo, agora chama alguém pra atender a Pri, não sei o que essa desgraçada fez pra ela...pega um pano com álcool e tenta acordar ela...(nervoso ele ergue a filha e a põe sobre a cama, ao se certificar que a mesma estava respirando ele sai do quarto, queria ter o prazer de trazer Lauana novamente para aquele lugar...)



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Vicente: Vc tá com cara de quem não dorme a dias Maraisa!(afirma enquanto observa a morena trabalhando)

Maraisa: Esse caso tá me tirando a sanidade...hoje o dia parece estar mais pesado ainda!(resmunga frustrada, afinal naquela manhã despertou dos seus cochilos se sentindo mais cansada ainda, um aperto no peito a fez estranhar a situação)

Vicente: Eu sei que vc quer a Lau aqui conosco, sei que é mais que um caso pra vc, mas se não estiver bem e focada não vai ajudar querida...

Maraisa: Eu analisei esse processo de ponta a ponta, consegui identificar coisas que antes passaram batido ou até mesmo devido à complexidade não nos atentamos...

Vicente: Isso é bom ou ruim?

Maraisa: Olha isso...(estira alguns pedaços de papel para o superior, os quais ela recebeu como ameaças até agora, porém o último ela tentava entender ainda)

Vicente: "Ela era apenas um roque no nosso jogo de xadrez...e nós somos a rainha...vamos continuar protegendo nosso rei..."(ele sussurra a frase analisando cada palavra)

Maraisa: Eles tão jogando com nos Vicente...esses símbolos, o número...as metáforas...tá tudo muito estranho, eu não consigo confiar em mais ninguém...eles sempre estão um passo na nossa frente, sempre sabem tudo...

Vicente: Acha que há alguém infiltrado? Ou desconfia de algo que ainda não me contou?

Maraisa: Sinceramente, depois de tudo isso, depois de analisar cada palavra desse caso...depois de desconfiar da Rafa...eu tentei chegar a uma conclusão do pq ela, do como eles a incriminaram tão fácil assim...de como nós acreditamos nisso, de como aquelas provas foram plantadas tão fácil...

Vicente: Espera...vc tá tentando me dizer com tudo isso que suspeita de que esse "chefe" seja alguém próximo?

Maraisa: Eu posso estar ficando louca...mas é muita informação pra alguém que não nos conheça...eu desconfio que esse "chefe" seja mais próximo do que imaginamos...

Vicente: Isso é uma afirmação muito séria Maraisa...e seguindo a tua linha de investigação, tenho que concordar que faz muito sentido...






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Fala galeuraaaaaa!!!
Eita, será que a Lau vai conseguir fugir? E a Maraisa vai achar o camaleão?

Seria você a última peça?!Onde histórias criam vida. Descubra agora