OS RISTRETTOS

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⚠️ Contém violência ⚠️

Donato Moretti

Acordo com a visão mais linda do mundo: a ruiva está deitada ao meu lado, sem nenhuma roupa, seu corpo esculpido em curvas perfeitas. A suavidade de sua pele pálida contrasta com os cabelos avermelhados que caem de forma selvagem sobre o travesseiro. Um sorriso tímido brinca em seus lábios entreabertos, despertando um desejo avassalador dentro de mim. A vontade que tenho é de repetir tudo que fizemos na noite anterior, de perder-me em sua presença cativante e compartilhar momentos de paixão intensa.

Levanto-me com calma, desviando o olhar relutante dela, e caminho até o banheiro. Entro na ducha e deixo que a água quente envolva meu corpo, provocando uma sensação revigorante. Cada gota que escorre pela minha pele leva consigo qualquer vestígio de sono e me desperta para a realidade do dia que se inicia.

Após secar-me e realizar minhas higienes, saio do banho e volto ao quarto. No entanto, Megan desapareceu, deixando apenas um vazio no lugar onde seu corpo encantador repousava. Meu coração acelera, uma mistura de medo e confusão toma conta de mim. Começo a procurá-la freneticamente pelo quarto, abrindo gavetas, olhando embaixo da cama, mas não encontro nenhum sinal dela. Meus pensamentos se tornam um turbilhão de perguntas sem resposta.

— Pensa, Donato... Pensa! — Repito para mim mesmo, enquanto a inquietação se intensifica.

Decido ligar para o telefone de Megan, esperançoso de que ela possa responder e dissipar meus temores. No entanto, todas as minhas ligações são rejeitadas, cada toque do telefone ecoando como uma rejeição silenciosa.

Sinto-me perdido, confuso, tentando desesperadamente compreender o que poderia ter acontecido para que ela desaparecesse assim, sem deixar nenhum rastro. Um sentimento de culpa começa a se insinuar em meu peito, questionando o que fiz de errado, o que poderia ter feito para que ela se afastasse tão repentinamente.

Movido por uma mistura de desespero e determinação, decido ligar para a recepção do hotel. Pego o telefone e disco o número, ansioso por alguma informação.

— Uma ruiva passou pela recepção? — Indago exasperado.

— Bom dia, Senhor Moretti. Sim, uma ruiva esteve aqui e saiu do hotel. Ela parecia bastante aflita e não quis deixar nenhum recado. — Responde a recepcionista calmamente.

Desligo o telefone, sentindo meu coração apertado. A situação se torna ainda mais confusa e preocupante. Por que ela estaria aflita? O que teria acontecido? A incerteza me consome, e uma sensação de urgência toma conta de mim.

Movido pela necessidade de encontrar respostas, decido retornar à minha casa, em busca de pistas ou qualquer indício que possa explicar o desaparecimento de Megan. Dirijo em meio a um mar de pensamentos confusos, o tempo parecendo passar em câmera lenta. Chego em casa alguns minutos depois e encontro meu irmão, Nathaniel, Anastácia, Amélia, Jane e Marcel na sala de estar.

— Bom dia! — Murmuro cabisbaixo, minha voz carregada de tristeza e perplexidade. 

Sento-me ao lado de Nathaniel, sentindo-me vulnerável diante da presença daqueles que são próximos a mim. Um suspiro pesado escapa de meus lábios, enquanto meu olhar perdido busca algum conforto nas entrelinhas dessa cena inesperada.

— Reuni todos aqui, pois daremos início ao plano de atacar a Tríade... — Steve fala de forma diplomática, seus olhos fixando-se em Jane. Não consigo deixar de notar essa recente fixação dele pela morena. — Após acabarmos com a gangue, que sequestrava crianças e traficava para a China, descobrimos que eles estão aliciando menores para vender drogas. Eles os viciam e os obrigam a vender a mercadoria, em troca de pequenas quantidades para o consumo. — Ele entrega algumas pastas com fotos perturbadoras, revelando a crueldade desse esquema.