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Jane Petter

Acordo ao som de batidas rítmicas na porta, que ecoam pelo quarto. Lentamente, abro meus olhos, ainda sonolenta, e um sorriso se forma em meus lábios ao ver meu celular ao meu lado na cama. 

Passei horas ao telefone, conversando com Steve, e percebo algumas notificações acumuladas na tela. 

Enquanto me preparo para checar as mensagens, as batidas na porta persistem.

— Entra, Megan! — Grito, revirando os olhos e me ajeitando na cama.

A porta se abre e vejo a figura radiante de Megan vestindo um vestido rodado vermelho se aproximando com uma bandeja de café da manhã nas mãos. Ela caminha de forma saltitante, sua energia contagiante preenchendo o ambiente. Com um sorriso no rosto, ela coloca a bandeja ao meu lado na cama e me dá um rápido selinho na testa.

— Sabe que dia é hoje? — Pergunta com uma pitada de ironia, mas seu sorriso revela sua empolgação.

Meus olhos se fixam na bandeja, onde vejo uma xícara de café fumegante e uma variedade de alimentos apetitosos. Pego a caneca e tomo um gole, sentindo o sabor rico e reconfortante do café. O sorriso de Megan diminui um pouco, e ela revira os olhos brincando, com minha falta de reciprocidade.

— Diga-me, que dia é hoje? — Questiono, fingindo entusiasmo.

Ela não se deixa abalar. 

— É o seu aniversário! — Responde com alegria.

Nesse momento, ela tira uma pequena caixinha do bolso e se ajoelha diante de mim. Meus olhos se arregalam, surpresa com a cena que se desenrola diante de mim.

— Não quero me casar com você. — Brinco, tentando manter o clima descontraído.

Megan sorri sem muito entusiasmo, seu olhar fixado na parede, transmitindo uma certa melancolia.

— Amo como você demonstra seu afeto... A sua forma de demonstrar amor é um traço tóxico seu. — Seu sorriso fica mais suave, e vejo uma mistura de emoções em seus olhos.

Sinto um aperto no peito e, em um gesto de carinho, cubro meu rosto com as mãos como se estivesse surpresa. 

Megan começa a gargalhar e aproveita o momento para lançar um cupcake em minha direção, em um ato brincalhão.

Conforme me recomponho, ela se reaproxima lentamente e me entrega a caixinha. 

Com as mãos trêmulas de expectativa, abro-a e me deparo com um anel delicado, com o símbolo do infinito gravado.

— Significa o tamanho do meu amor por você. — Sua voz fica embargada pelas lágrimas que se acumulam em seus olhos. 

Nos abraçamos calorosamente, compartilhando um momento de conexão profunda.

Enquanto estamos envoltas em emoção, ouvimos novas batidas na porta. Meu coração dispara, acreditando ser Steve adentrando o quarto, involuntariamente abro um enorme sorriso.

— Entre! — Exclamo empolgada, ansiosa por vê-lo.

Entretanto, para minha decepção, é o irmão errado que entra. 

Sinto uma mistura de frustração e desânimo, mas me esforço para engolir essas emoções e sorrio simpaticamente para Donato, que carrega uma caixa consigo.

— Feliz aniversário, cunhada. — Diz, estendendo o presente em minha direção. 

Curiosa, faço questão de abrir a caixa na frente dele, e me surpreendo ao ver um belo vestido de festa verde militar, da Elie Saab.

OS RISTRETTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora