OS RISTRETTOS

⚫ 25 ⚫

Megan Willians

Nosso beijo é um vendaval de paixão, intenso e faminto. Nossos corpos se entrelaçam de forma incendiária, e posso sentir a rigidez da ereção de Don pressionando minha virilha, uma evidência do desejo avassalador que nos consome. Nossos movimentos são ritmados, nossos quadris e pélvis se movendo em perfeita sintonia, buscando o máximo prazer um no outro. Em um instante audacioso, afasto-me ligeiramente e encontro seus olhos, capturando o brilho intenso em seus olhos azuis e as bochechas coradas pelo calor do nosso encontro. 

Com ousadia, traço meus lábios pelo seu pescoço, provocando-o, e testemunho como Donato se entrega a movimentos ainda mais elaborados, buscando uma sinfonia de prazer que nos envolve completamente. É evidente para mim que Donato é meticuloso em explorar cada centímetro do meu corpo, levando-me ao ápice do prazer em cada toque e carícia.

— Preciso fazer uma ligação. — Exclamo abruptamente, afastando-me dele e dirigindo-me apressadamente ao banheiro, meu coração pulsando com uma mistura de excitação e insegurança.

Adentro o local e me sento no vaso, sentindo uma onda avassaladora de insegurança tomar conta de mim. Não consigo prosseguir sem compartilhar meus sentimentos com alguém em quem confio, então decido ligar em uma chamada de vídeo em grupo com minhas amigas, que prontamente atendem.

— Preciso de ajuda! — Exclamo aflita, transmitindo minha angústia através da tela.

— O que aconteceu? Onde te buscamos? — Jane pergunta, seu rosto repleto de preocupação evidente.

— Não é isso... Vocês sabem que minha experiência com sexo tem sido decepcionante até agora. Não tenho gostado, sempre prefiro buscar meu prazer sozinha. Mas Donato é diferente... há algo nele. — Confesso, encarando minhas amigas com os olhos arregalados, buscando compreensão e apoio em suas expressões.

— Volta para casa... Não faça nada hoje, apenas reflita melhor. — Anastácia aconselha, apoiando o rosto nas mãos com um tom de voz calmo e preocupado.

— Megan, chega de tabus! As mulheres merecem ter prazer de verdade... O Mark foi um idiota, você não estava pronta para perder a virgindade e ele foi insensível ao apressar tudo. O Léo é péssimo, todo mundo fala que ele é egoísta e só pensa no próprio prazer. Mas o Don... — Jane faz uma pausa, escolhendo cuidadosamente as palavras antes de continuar, um sorriso travesso aparecendo em seu rosto enquanto ela me encara. — Ele gosta de você. Deixe-o conhecer suas inseguranças e, se ele for realmente o homem certo, dê uma chance a ele. — Ela fala com convicção antes de desligar o telefone, deixando claro que é hora de eu voltar para ele. 

Com essas palavras ecoando em minha mente, agarro toda a coragem que tenho e saio do banheiro em direção à sala.

Ao entrar na sala, percebo que Donato está sentado no sofá, sem paletó, sem gravata, alguns botões de sua camisa abertos e um copo de uísque em suas mãos. Engulo em seco e minhas mãos tremem de hesitação, mas tento acalmar-me enquanto me sento em um sofá distante dele.

— Por que tenho a sensação de que você está fugindo? — Ele pergunta com a voz carregada, tomando um gole do líquido em seu copo.

— Porque é exatamente o que estou fazendo. — Confesso timidamente, esfregando minhas mãos em minhas pernas.

Vejo-o colocar o copo na mesinha em frente ao sofá e passar a mão pelos cabelos, ansioso e aparentemente inseguro.

— Eu sabia que deveria ter esperado. — Ele confidencia quase em um sussurro. Observo sua expressão abatida e preocupada. — Eu estraguei tudo, Megan? — Ele pergunta calmamente, mas seu rosto mostra o peso da preocupação.