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Nathaniel Moretti

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Nathaniel Moretti

Era tarde da noite, bem além das 23 horas, e a festa surpresa organizada pelos meus amigos ainda estava a todo vapor. A cabana no vinhedo em que nos encontrávamos exalava um charme rústico e acolhedor. As paredes de madeira, enfeitadas com detalhes em ferro forjado, emanavam uma sensação de aconchego. A lareira crepitava suavemente, espalhando calor e iluminando o ambiente com um brilho acolhedor. Os móveis rústicos, feitos à mão, conferiam um toque de autenticidade à decoração singela, com detalhes inspirados na tradição italiana.

Depois de tudo o que havíamos passado, era ótimo finalmente ter uma folga do caos que era nossa vida. Enquanto eu aproveitava a festa, percebi que Anastácia estava evitando meus olhares. Preocupação começou a se insinuar em minha mente, temendo que talvez eu a tivesse chateado de alguma forma.

Mas algo inusitado aconteceu. Donato sumiu por alguns minutos, deixando um ar de suspense no ar. Ansioso, esperei por sua volta, curioso para descobrir o que ele estava tramando. E, de repente, ele surgiu, adentrando o local com uma das minhas malas em mãos, ostentando um sorriso cúmplice no rosto.

Um misto de surpresa e curiosidade tomou conta de mim ao receber aquela mala, sem saber ao certo o que ela continha. Olhei para Donato, esperando uma explicação.

— Aproveite o final de semana. Segunda-feira o trabalho te espera, meu amigo — disse Donato, tocando de leve meu ombro.

— Vou gostar de voltar. — Falei com sinceridade, pegando a mala que Donato havia trazido.

Steve se aproximou, um sorriso malicioso brincando em seus lábios.

— Acredite, você vai gostar ainda mais deste final de semana ao lado de Anastácia — disse ele, provocando um arrepio de expectativa em minha espinha.

Meus olhos encontraram os de Anastácia, e o nervosismo parecia aflorar em seu semblante. 

Ela mordia o lábio inferior, desviando o olhar para o chão, e suas mãos brincavam nervosamente com as mangas de seu vestido de linho verde de mangas longas, cujo corte curto realçava sua beleza de forma irresistível. As botas over the knee, que subiam até a coxa, conferiam a ela um ar ainda mais sensual. Não pude evitar um sorriso, e engoli em seco, quando ela retribuiu.

Enquanto o tempo passava e nossos amigos continuavam a interagir, brindando com taças de vinho e compartilhando risadas contagiantes, a atmosfera ao nosso redor ganhava um encanto especial. O aroma da uva e do carvalho impregnava o ar, despertando nossos sentidos e mergulhando-nos em uma experiência sensorial única.

Após alguns momentos, Megan se aproximou com um sorriso gentil.

— É bom te ver tão bem, aniversariante — ela disse, transmitindo um genuíno carinho, enquanto erguia sua taça em um brinde.

— Pronto para outra! — Falei, com um sorriso radiante, levantando minha taça e brindando com entusiasmo.

Ao encarar Anastácia do outro lado da sala, Megan percebeu o nosso olhar e deu um sorriso cúmplice.

OS RISTRETTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora