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Anastácia Taylor 

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Anastácia Taylor 

Ouço passos cautelosos ecoando do lado de fora do quarto, preenchendo o ambiente com um suspense angustiante. Antes mesmo de reagir, uma dor lancinante irrompe em meu peito, como se garras invisíveis estivessem apertando meu coração sem piedade. Minha respiração se torna irregular e minha mente entra em turbilhão. 

Tento implorar por socorro, mas minha garganta parece obstruída, incapaz de articular qualquer som coerente. Num último esforço desesperado, tento gritar, mas apenas um murmúrio rouco escapa dos meus lábios trêmulos.

De repente, a voz familiar de Nathaniel ressoa no quarto, chamando meu nome com urgência e preocupação. Com os olhos embaçados pelas lágrimas e o coração ainda pulsando acelerado, volto à realidade e vejo-o ajoelhado ao meu lado, seus olhos castanhos buscando os meus em busca de algum sinal de alívio. 

A presença reconfortante dele me traz um lampejo de segurança, mas ainda me vejo tremendo incontrolavelmente, com lágrimas incessantes banhando meu rosto. Agarro-me a ele desesperadamente, como se ele fosse a única âncora que me impede de ser levada pelo caos.

— Nath? — minha voz treme ao pronunciar seu nome, como se eu não pudesse acreditar que ele está ali.

— Estou aqui, meu amor. Sempre estarei aqui para você — ele responde, sua voz transbordando de ternura e firmeza ao mesmo tempo.

Inspiro profundamente, tentando recuperar o controle sobre mim mesma. 

Aos poucos, o ritmo frenético do meu coração começa a desacelerar, mas a sensação de medo persiste, latejando dentro de mim como uma ferida aberta.

— É o Adam... Não consigo me sentir tranquila sabendo que ele ainda está solto — confesso, minha voz ainda trêmula.

Ele me envolve num abraço mais apertado, como se pudesse criar uma barreira impenetrável entre mim e o mundo exterior.

— Vou dar um jeito nisso, meu amor. Vamos proteger você juntos — ele promete, determinado.

Apesar das palavras reconfortantes de Nathaniel, o medo ainda se insinua nas profundezas da minha mente. Sinto-me sozinha e vulnerável, como se estivesse à mercê de um inimigo invisível. Luto para conter as lágrimas, mas elas persistem, fluindo em um fluxo incessante.

— Nath, sinto-me derrotada... Ainda parece que estou presa naquele quarto, revivendo tudo... — desabafo num sussurro, minha voz carregada de angústia.

Ele afaga meus cabelos com doçura, aproximando sua testa da minha em um gesto de carinho e conexão.

— Nunca mais vou te deixar sozinha, meu amor. — ele murmura, o fogo intenso de determinação refletido em seus olhos.

Sinto o amor e a paixão em sua voz, e isso me dá uma dose de coragem. 

Nathaniel é minha âncora, minha força inabalável que me segura com firmeza mesmo nos momentos mais turbulentos. 

OS RISTRETTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora