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Jane Petter

Acordo na confortável sala de estar de Candice, envolvida por uma aconchegante coberta que me protege do frio matinal. Ao abrir os olhos, percebo um jovem rapaz me observando com uma expressão suspeita. 

Seus traços revelam juventude e energia, sendo alto, moreno e dono de olhos claros penetrantes. Ele segura uma xícara de café em suas mãos, que logo oferece para mim. 

Agradeço e me sento, pronta para começar o dia.

— Bom dia, senhora Petter! — Ele cumprimenta com entusiasmo. — Estava esperando você acordar. — Ele se acomoda ao meu lado, transmitindo uma aura de calor humano e gentileza.

— Eu te conheço, jovem? — Indago curiosa, buscando recordações.

— Sou Fiódor, irmão de Candice. — Ele se apresenta animado. — Ela precisou resolver alguns assuntos e me deixou responsável por você. — Explica com simpatia, um sorriso genuíno iluminando seu rosto. 

Observo atentamente seus gestos delicados, sua atenção cuidadosa e uma certa inocência em seu olhar.

— O prazer é todo meu. — Respondo, esboçando um sorriso educado, reconhecendo a doçura e o interesse genuíno que ele demonstra.

— Vou te guiar pelas dependências da máfia Russa. — Ele anuncia, levantando-se e estendendo a mão para mim. — Mas antes, garota, precisamos cuidar do seu visual. — Ele aponta para minhas roupas, evidenciando uma preocupação com estilo e aparência.

Sigo o rapaz pelos corredores do apartamento, imersa na atmosfera de opulência que os adornava. O brilho suave dos lustres dourados iluminava as fotos sensuais nas paredes, retratando o narcisismo de Candice. Tapetes macios e elegantes cobriam o chão, amortecendo nossos passos enquanto caminhávamos, acrescentando um toque de sofisticação ao ambiente.

Finalmente, chegamos ao quarto da ruiva, um espaço refinado e elegante, que emanava uma aura de bom gosto e requinte. Os móveis de madeira escura harmonizavam com as cortinas de seda, e o jogo de luz e sombra criava uma atmosfera acolhedora. As delicadas flores frescas dispostas em vasos de cristal exalavam um aroma suave, preenchendo o ar com um perfume reconfortante.

Fiódor adentra o amplo closet, repleto de roupas e acessórios luxuosos, e retorna com um punhado de peças cuidadosamente selecionadas, disposto a compartilhar seu conhecimento e gosto refinado em moda. Cada peça exalava qualidade e estilo, e era evidente que ele tinha um olhar apurado para as tendências contemporâneas.

— Vista isso, Jane! — ele determina, empolgado, sentando-se na cama como um jovem aventureiro prestes a embarcar em uma jornada emocionante. 

Seus olhos verdes brilhavam com entusiasmo, contagiando a todos ao redor.

— Vai me dar um pouco de privacidade? — Peço, esboçando um sorriso divertido ao encará-lo. 

No entanto, seu riso é tão contagioso que lágrimas de alegria começam a escapar de seus olhos, colorindo suas bochechas com um rubor adorável. Fico surpresa e cativada por sua expressão de genuína felicidade. 

— Qual é a graça, Fiódor? — Indago, divertindo-me com sua reação, enquanto uma pequena pontada de irritação surge pela falta de compreensão do motivo de tanta hilaridade. 

Após alguns minutos, ele finalmente se recupera, mas ainda ostentando um sorriso brincalhão.

— Jane, eu gosto de meninos! — Ele debocha, deixando claro que suas risadas eram sobre o equívoco momentâneo de eu pedir privacidade.

Reviro os olhos, compreendendo a brincadeira e decidindo não levar sua zombaria a sério. Com um gesto descontraído, me encaminho para o banheiro, onde encontro uma escova de dentes novinha disposta em um elegante porta-escovas de prata. Ali, realizo minha higiene matinal com atenção aos detalhes, sentindo o frescor da água enquanto me refresco.

OS RISTRETTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora