OS RISTRETTOS

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Jane Petter

 Após algumas horas, finalmente chegamos a Nova Iorque. Como de costume, o carro de Steve nos aguarda no aeroporto. Todos os soldados já sabem que ele não gosta que ninguém, além dele, dirija, principalmente quando estou em sua companhia. 

Ao adentrarmos o veículo, um brilho encantador aparece nos olhos azuis de Steve, seu sorriso satisfeito surge imediatamente. Estar atrás do volante nunca deixou de ser a terapia perfeita para ele.

O avalio enquanto ele liga o rádio em alto volume, tocando sua seleção musical preferida. Em seguida, aciona a ignição do carro e arranca em alta velocidade, saindo da garagem extensa do aeroporto, fazendo ecoar alto o barulho dos pneus sobre o piso do lugar. Um sorrisinho de canto surge em seus lábios, e tenho vontade de morder bem ali. Quando pilota, Steve se torna uma criança levada, e eu adoro esse lado rebelde dele.

— Sabe, Jane, está me encarando daquele jeito novamente. — Comenta, desviando rapidamente o olhar da estrada para me encarar, um sorriso malicioso surge em meus lábios, em resposta.

— Que jeito? — Pergunto, tentando disfarçar a excitação que sinto, desejando meu noivo que está se comportando mal e quebrando várias regras de trânsito.

— Como se eu fosse sua sobremesa favorita. — Explica, com a voz carregada de desejo, e umedece os lábios com aprovação.

— Você é minha sobremesa favorita, Steve! — Confesso com a voz carregada de tesão, mordendo o lábio inferior.

Percebo que Steve acelera ainda mais o carro, fazendo algumas ultrapassagens perigosas e avançando três sinais vermelhos. Ele tem a expressão focada, e posso notar suas bochechas levemente coradas. Seu lado aventureiro e ousado me atrai, e a adrenalina de estar ao lado dele enquanto dirige dessa forma apenas aumenta a intensidade do meu desejo.

— Temos tempo, pode ir devagar. — Comento com humor, dando uma leve piscadela.

— Jane Petter... Estou a ponto de parar este carro e fazer amor com você no meio da avenida, então não, nós não temos tempo. — Murmura com a voz rouca, sua mão pousando em minha perna e dando uma leve apertada, enviando um sinal direto para meu clitóris, que pulsa dentro das calças que visto.

Apenas sorri diante de sua resposta, quando percebo que já estamos na garagem de seu prédio. Steve desce do carro e vem até minha porta, abrindo-a abruptamente, pegando-me no colo em um gesto cheio de paixão. Seus lábios encontram meu rosto, depositando leves beijos que descem até meu pescoço e busto. Juntos, adentramos o elevador, onde encontro o segurança do prédio. Ele nos encara sorrateiramente e sorri de canto, um tanto constrangido.

— Acabamos de noivar. — Steve comenta com um largo sorriso, transbordando felicidade e orgulho. Não consigo deixar de sentir uma onda de alegria por esse momento.

— Meus parabéns. — O homem responde envergonhado. — É bom saber que finalmente conseguiu a garota. — Ele fala piscando para Steve, que cora instantaneamente.

Após alguns minutos de constrangimento, as portas do elevador finalmente se abrem, e Steve segue em direção à porta de seu apartamento.

— Vai me fazer perguntar? — Indago bruscamente, curiosa pelo comentário do segurança.

Observo pacientemente Steve suspirar e balançar a cabeça, tentando esconder sua insatisfação. Mas mesmo intimidado, ele pretende ser sincero.

— Uma vez estava bêbado, e ele me ajudou a chegar a meu apartamento. Eu desabafei com ele, contei que estava apaixonado por você, mas que você não queria nada comigo... Ele me aconselhou a ser paciente. — Explica envergonhado, suas bochechas ficam coradas.