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Anastácia Taylor

Eu ainda estou nas nuvens. Em apenas quatro dias, fui de uma noiva em luto para a mulher mais feliz do mundo, que se casará daqui a algumas horas. Depois que Nath fez o pedido, comecei a organizar tudo. 

Pedi a Megan e Jane para serem minhas madrinhas. Tentei entrar em contato com Amélia, mas infelizmente não consegui. Cristina está em lua de mel no Caribe. Ela e Augusto desistiram da festa de casamento e decidiram viajar pelo mundo. 

Parece que, em uma das suas viagens, encontraram uma garotinha que perdeu os pais em um acidente. Ela foi a única sobrevivente, então eles a adotaram. Provavelmente, eles retornarão para a China até o final do ano.

Eu acredito que a vida de todos os meus amigos esteja caminhando bem, e a única pessoa que me preocupa agora é Steve. Sinto no fundo do meu coração que preciso resolver as coisas com ele, fazê-lo entender que ele confundiu os sentimentos. Então, envio uma mensagem curta, mas direta para ele:

"Steve, precisamos conversar. Assim que for possível, me encontre."

Guardei meu celular na bolsa, sentindo a empolgação borbulhar dentro de mim. Meu coração batia acelerado, e meu quarto estava repleto de malas prontas para a grande viagem. Foi nesse momento que a campainha tocou, interrompendo meus pensamentos. Com um misto de ansiedade e curiosidade, caminhei até a porta e, ao abri-la, me deparei com Nathaniel.

Por alguns preciosos segundos, o mundo pareceu congelar. Perdi o fôlego ao admirar a imagem à minha frente. Nathaniel estava deslumbrante, vestindo uma calça de sarja preta que realçava suas pernas esculpidas, um suéter cinza escuro que acentuava sua postura atlética. Seus cabelos haviam sido cortados recentemente, e ele usava óculos escuros que realçavam ainda mais sua beleza intrigante.

— Quer uma carona até o aeroporto, gatinha? — ele perguntou, sua voz rouca e envolvente ecoando no corredor estreito. 

Um sorriso brincou em seus lábios, e senti uma onda de calor percorrer meu corpo. Era impossível resistir.

Sem pensar duas vezes, meu impulso falou mais alto. Saltei em seu colo, sentindo-me envolvida pela sua presença magnética, e nossos lábios se encontraram em um beijo apaixonado. 

Foi como se o tempo tivesse parado, e só existíssemos nós dois ali, no meio do corredor. Nossos beijos eram uma dança perfeita, sincronizados em perfeita harmonia. No final, ele deu uma leve sugada em meu lábio inferior, deixando uma sensação arrebatadora.

De repente, uma tosse ressoou no ambiente, nos trazendo de volta à realidade. Olhamos na direção do som e nos deparamos com o síndico do prédio, um olhar desaprovador estampado em seu rosto.

— Isso... — ele apontou para nós dois. — Não é permitido no corredor.

Nathaniel não perdeu a oportunidade de mostrar seu sarcasmo.

— Eu já tinha avisado a ela, mas ela não resistiu... — falou com deboche, divertindo-se com a situação. — Ainda bem que o senhor chegou, ela já queria tirar minhas roupas...

Sentindo uma mistura de constrangimento e diversão, não pude deixar de rir. Antes que Nathaniel pudesse concluir sua provocação, segurei-o pelo braço e o puxei para dentro do apartamento, escapando dos olhares curiosos dos vizinhos.

— No quarto, pegue minhas malas. — ordenei, apontando na direção do meu quarto. Ele prontamente seguiu minhas instruções, mostrando sua disposição em me ajudar.

***

Finalmente, chegamos ao aeroporto. Era um ambiente movimentado, repleto de pessoas ansiosas e bagagens apressadas. Nossos passos nos levaram até o jatinho particular que minha mãe havia providenciado. A aeromoça gentilmente organizou nossa bagagem, e, ao adentrar a parte destinada aos passageiros, uma surpresa maravilhosa me aguardava.

OS RISTRETTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora