Cap 71

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  - O que foi? - perguntei dando uma mordida na maçã.

  Ele apenas sorriu e foi em direção a sala com o que restou do suco.

  - E então podemos ter uma conversa séria? - perguntou ele

  - Séria como? - perguntei ainda comendo a maçã.

  - Ema por exemplo, você ainda me ama - ele sorriu e eu o interrompi

  - Por que você fica me perseguindo, porque você me magoou tanto, porque você brincou tanto com os meus sentimentos ? - perguntei

  Ele ficou me olhando sem reação, eu me encolhi no sofá.

  - Ema eu não sei. - respondeu 

  - Como é que é, eu não acredito no que estou ouvindo, com todo o acontecido você me diz que não sabe. - disse brava

  - Na boa você quer ouvir o que? Tudo o que eu me dizia todos os dias depois que você me largou? Que eu fui infantil entre outras coisas? - perguntou ele se levantando do sofá 

  Eu já não sabia o que dizer, na verdade não sabia por onde começar, o que jogar na cara dele primeiro.

  - Porque olha você também não era perfeita e nem nunca foi e acredito que nem seja. - disse ele 

  - Ao que você está se referindo senhor Gustavo? - perguntei

  - A sua traição Ema. - disse ele de braços cruzados

  - A minha única traição, a minha vingança você quis dizer e deu certo afinal você me deixou em paz, por pouco tempo mas deixou. Qual é você me traiu umas 30 vezes e várias outras vezes que eram dias importantes, você me destruía e depois vinha consertar todo romântico e eu, eu tola te amava pra caralho, eu te perdoava e você fazia tudo outra vez. - disse

  Ele não falou mais nada, pediu licença e me deixou sozinha na sala, fui até a cozinha jogar a maçã no lixo, fui tomando o suco, coloquei tudo na pia e comecei a lavar.

  Ouvi ele descendo as escadas. Foi até a cozinha e colocou uma caixa grande de papelão sobre a mesa.

  - Senta por favor. - pediu ele

  - Não, eu vou embora. - disse indo pegar minhas coisas.

  Ouvi ele vindo atrás de mim.

  - Não vai. - disse ele pegando no meu braço - Ema fica aqui, esta noite.

  - Como é que é? - perguntei

  - Fica comigo. - pediu ele

  - Por que eu ficaria? - perguntei

  - Porque eu... - disse ele

  - Porque você? - perguntei

  Fomos interrompidos pelo som da campainha, o fitei pois já imaginava o que fosse, ele pediu que eu esperasse e foi ver quem era.

  - Aff - disse pegando as coisas.

  - Gustavo você precisa me deixar entrar gatinho, que foi não me quer hoje? - era uma voz de mulher.

Ouvi ele mandando seja lá quem fosse embora e os dois começaram a discutir, peguei as chaves para sair pela cozinha, quando ele entrou.

  - Ema espera. - gritou ele

  - Esperar pra que e por que? - perguntei

  Ele me puxou e me deu um beijo. Eu o empurrei.

  - Você nunca vai mudar. - disse

  Eu apenas sai da casa dele e ouvi a menina chamando por ele.

  - O menina, você aí que acabou de sair da casa do meu gatinho. - disse ela vindo na minha direção.

  Apenas a olhei e não pude evitar dar risada.

  - Pois pode pegar ele pra você. - disse rindo.

  - Ha há ele já é meu piranha - disse ela jogando a bolsa na grama

  - Será, porque não foi isso que ele disse lá dentro pra mim. - disse colocando a manta no chão.

  - Sua piranha - disse ela me empurrando.

  - Que lindo duas mulheres brigando por mim - disse ele abrindo o portão.

  - Vou acabar com ela por você gato. - disse ela mandando um beijo pra ele.

  Aproveitei a chance e dei um soco na cara dela, pelo menos um pouco das aulas de defesa pessoal serviram.

  - Vem pegar seu prêmio. - disse ele abrindo os braços.

  - Vê se cresce ta bom. - disse

  Peguei a manta e atravessei a rua o porteiro já estava abrindo o portão.

 ...

A Vida Da EmaOnde histórias criam vida. Descubra agora