Cap 14

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- Cara o que foi aquilo lá fora? - disse Caio bufando, olhando pela varanda.

- Gente calma, eu já me acostumei, hoje em dia eu revido ou ignoro. - disse enquanto arrumava as coisas no balcão.

  - Vocês vão querer que eu leve vocês na suas casas para tomarem banho e trocar de roupa e depois a gente volta e almoça ou tudo ao contrário, a se quiserem tenho roupas dos meus primos aqui, podem usar. - disse indo pro meu quarto.

- A eu vou até em casa - disse Rick - Já volto beleza.

- Demoro - gritei do quarto - Quem vai tomar banho primeiro ?

  Peguei umas mudas de roupas e levei na sala e mandei eles verem qual serviria e dei toalhas, fui pro quarto e troquei de roupa e fui para cozinha, Miguel foi tomar banho primeiro.

- Então me diga o que existe ou existiu entre você o Gustavo ? - perguntou Caio.

- Conto quando estiverem todos aqui, ai não preciso ficar contando novamente - risos - O que posso adiantar é que não vale a pena ser amigo dele, sei la.

- Ok quando todo mundo estiver almoçando você conta. - concordou Caio e foi sentar ao lado do Eduardo.

- Gente vou no apto do lado enquanto o arroz cozinha, vou falar com meus "avós" - sai deixando a porta aberta, mas não demorei a voltar.

E logo Rick chegou e Miguel saiu do banho.

- Ema - disse Rick abrindo a porta - seu carro ta arranhado!

- Filho da p* - gritei e peguei a chave do carro e sai correndo.

  O risco na verdade estava escrito "Vadia" na tampa traseira, abri o porta-malas e peguei um taco de beisebol que ganhei de um dos meus primos, feito de aço ou metal, algo do tipo, nem fechei a tampa apenas atravessei a rua e sabia que seu José estava chamando a polícia, toquei o interfone da casa do Gustava mas ele não quis nem atender.

- Você não vai atender seu grande filho da mãe, você vai pagar caro. - eu estava enfurecida já era a segunda vez que ele aprontava algo com meu carro.

  Ouvi seu José chamar um dos meninos e pedir para eles tentarem me acalmar que a polícia chegaria e veria as câmeras de segurança.

- Ema, Ema por favor se acalma a polícia ta chegando. - gritou Rick enquanto se aproximava.

- Me acalmar, eu cansei de ficar calma. Achei. - disse pegando a chave reserva do portão e abri.

- Calma por favor. - disse Rômulo com as chaves do portão na mão, não me deixando passar.

- Chega de me mandar ficar calma, ele passou dos limites de todas as vezes, ele extrapolou, me xingar, me humilhar, ele pode fazer o que quiser, mas arranhar meu carro, eu não sou filha de mamãe e papai como ele, meu pai não esta em Brasilia roubando dinheiro dos outros para poder pagar o luxo dele, viadinho, covarde vem me encarar. - minha mão apertava o taco cada vez mais e eu me sentia arder de tanta raiva, até ouvir as sirenes da policia, joguei o taco atrás das plantas e sentei na mureta, esperando o policial se aproximar.

O policial desceu da viatura e foi direto falar com o senhor José que explicou toda a situação por mais de 20 minutos e então ele veio falar comigo que a essa altura já havia me acalmado.

- Senhora Emanuele - disse a policial se aproximando e esticando a mão para mim.

- Sim - levantei e apertei a mão dela.

- Tenente Lopes, o que exatamente aconteceu aqui? - perguntou ela

- Já é a terceira vez, na primeira ele quebro os faróis do meu carro, na segunda furo os pneus e dessa vez ele arranhou a tampa traseira, eu cansei, ele me humilha, me xinga ... - disse já ficando nervosa de novo.

- O que ele é seu. - ela perguntou

- É meu ex. - respondi

- Você tentou invadir a casa dele ? - perguntou ela, vendo a chave na minha mão

- Invadir não, eu sei onde tem a chave reserva, mas antes de conseguir abrir o primo dele abriu. - falei mais calma.

- Ok, você é o primo - perguntou ela apontando pro Rômulo que estava na porta.

- Sou sim. - respondeu Rômulo

- Chame o aqui por favor? - disse ela indo olhar meu carro.

...

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