Cap. 103

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  Nos vestimos e entramos.

  - Cadê a Maria. ? - perguntei para o Renato

  - Tomando banho. - disse ele

  - O que você esta fazendo? - perguntei

  - Vou pedir pizza. - disse ele

  Concordamos e subimos para o quarto. Resolvi tomar um banho também, enquanto isso Roger foi ligar para a mãe dele, um pouco depois ouvi meu primo gritando sobre a pizza e Roger mandou todos se arrumarem, pois iríamos jantar na mãe dele.

  - Como assim jantar na sua mãe? - perguntei

  - Indo boba. - disse ele rindo

  Comecei a rir e fui pegar uma roupa na mala.

  - Ema, quem é Gustavo ? - perguntou ele

  - Oushi meu ex, como sabe o nome dele ? - perguntei

  - Por isso. - disse ele mostrando meu celular

  **Oi linda, estou sabendo da sua mãe, espero que ela melhore. Beijos, saudades. Se quiser um ombro pra chorar, um colo pra sentar...**

  - Ai que idiota - disse

  - Posso ? - perguntou ele tomando o celular da minha mão

  Voltei a me arrumar, coloquei uma calça jeans, uma camisa social com um tecido soltinho, que comprei mas nunca usei, uma sapatilha preta. Enquanto fazia a maquiagem Roger deixou meu celular sobre a penteadeira, fucei e achei a resposta dele.

  ** Eu aviso ela amigo **

  Eu apenas ri, ele me deu um beijo na cabeça, terminei e descemos.

  Maria estava linda, de vestido longo e logo ela me puxou.

  - Você esta linda - disse

  - Falei pro seu primo, que é nossa, então não preciso mais esconder. - disse ela

  - Ta bom - disse sorrindo

  Saímos e meu primo trancou a casa, entramos no carro.

  - Re aconteceu algo ? - perguntei

  - Sim, mas nada pra ser discutido agora. - disse ele

  - Mas vai ser, pode começar a falar. - disse

  - Como assim vocês duas vão ter uma filha? - perguntou ele

  Roger deu uma freada brusca por conta do sinal vermelho.

  - Tendo já esta com cinco meses. - disse - Qual o problema ? - perguntei

  - Vários, primeiro não tem como né, segundo deixa pra lá. - disse ele

  - Realmente não temos como, mas existem vários meios disso ser feito, clinicas de fertilização in vitro. - disse

  Ele não falou mais nada, muito menos Maria se pronunciou.

  Chegamos na casa da mãe do Roger, e ele guardou o carro na garagem, e correu para abrir a porta pra mim.

  - Isso mesmo filho do jeito que foi ensinado- ouvi uma voz masculina.

  Ajudei Maria descer do carro e logo Renato pegou o seu braço.

  Fomos apresentados ao pai dele um homem de aparentemente 45 anos, chamado Tadeu. Entramos na casa e fomos recebidos pela sua mãe, uma mulher muito bonita, de uns 40 anos no máximo ou ate menos, chamada Yorganna.

  Conversamos um pouco e fomos nos sentar na mesa, um verdadeiro banquete pra quem ia comer pizza, agradecemos e começamos a comer.

  - Como se conheceram filho ? - perguntou seu pai

  - Lá no prédio pai, Ema mora na cobertura. - disse ele

  Logo fomos interrompidos pelo irmão do Roger.

  - Boa noite, desculpem o atraso. - disse ele

  Roger se levantou e o abraçou, eu me levantei para cumprimentar e o seu rosto não me era estranho.

  - Prazer Ricardo. -disse

  - Ema, prazer. - disse

  Voltamos a nos sentar.

  - É menino ou menina ? - perguntou a mãe dele

  - Menina, Maria Emilia - respondeu Maria

  - Que nome bonito. Quanto tempo ? - perguntou

  - Cinco meses. - respondeu Maria toda envergonhada

  - Parabéns a vocês - disse ela olhando pro Renato.

  - Infelizmente não é minha, é da Ema. Né prima - disse ele

  Todos os olhares na mesa voltaram pra mim.

  - É. É uma história complicada. Mas sim é minha filha. - disse

  Terminamos de comer e fomos pra sala para a empregada poder limpar. 

  - Me conta essa história - disse a mãe dele.

  Olhei em volta e só estava Maria comigo.

  - Ela engravidou, o pai ela não sabe. E como somos muito amigas eu disse que assumiria. - disse

  Ela me parabenizou pelo ato, e foi ver o que sua empregada estava chamando.

  Fiquei conversando com Maria e logo Roger apareceu com seu irmão.

  - Cara você não me é estranha - disse Ricardo

  - Você também - disse

  - Ele é o cara que te agarrou naquele posto de gasolina há quase dois meses atrás quando a gente veio pra SP. - disse meu primo.

  ...

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