Cap 06

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  Acabei acordando com um som longe, era o interfone novamente, o dia agitado, levantei e fui atender.

- Pronto.

- Senhora, tem um rapaz pedindo para você descer. - e o porteiro desligou.

- Fui até o quarto e cutuquei o Rômulo, mas ele estava dormindo com um sono bem pesado, fui no banheiro antes, lavei as mãos e na hora que abri a porta.

- Cadê o Rômulo. - perguntou Gustavo já cheio da razão tentando entrar no meu apto.

- Fora. - não disse mais nada.

- Eu não vou perguntar de novo. - Disse ele autoritário

- A não, vai fazer o que me bater? Cai fora. - disse tentando fechar a porta.

  - Ema cadê meu primo ? - disse ele empurrando a porta com força e fazendo ela bater no armário.

- Ema o que houve - Rômulo perguntou, enquanto se levantava.

- Rômulo vamos lá para casa que vai rolar uma festinha só nós dois e muita mulher, carne e breja. - disse Gustavo me empurrando e invadindo meu apto.

- Que isso cara, pra que tanta grosseria. - disse Rômulo parado no corredor.

- Eu apenas estiquei minha mão e peguei a primeira coisa que minha mão alcançou.

- Cai fora do meu apto agora ou - ele me interrompeu.

- Ou o que sua louca - disse Gustavo virando para mim - Se ta muito louca mesmo abaixa essa panela.

- Sai da minha casa, sai da minha vida, para de aparecer sem ser convidado, eu te odeio, e vou te odiar para sempre, desejo nunca ter conhecido você, quer saber seu idiota, foi péssimo o tempo que eu literalmente perdi com você, 4 anos da minha vida com um muleque que até hoje não cresceu e não tem responsabilidade e desde criança ainda se acha o dono da verdade. Sai da minha frente. - não gritei e nem precisei jogar a panela em cima dele como das outras vezes, ele abaixou a cabeça e saiu e Rômulo foi atrás sem falar um tchau.

Esperei eles saírem e fechei a porta e me encostei nela, resolvi que ficar ali não ia resolver nada, não demorou muito e comecei a ouvir a música alta.

  Peguei o meu celular e liguei para umas amigas e combinamos de nos encontrar num barzinho próximo que tinha há um quarteirão de casa. Joguei uma água no corpo rápida e fiz um penteado, um coque simples, coloquei um shorts jeans que marcava bem meu bumbum médio, uma regata branca e um tênis bem básico, afinal era domingo, fiz uma maquiagem básica e esperei o meu celular tocar, o que não levou nem 20 minutos. Era uma mensagem de uma das meninas dizendo que já estava no bar, desci e sai do prédio.

- Não vai de carro não menina ? - perguntou o porteiro, seu José do turno da tarde, desde que mudei para o interior ele e sua esposa tem sido minha segunda família.

- Não vou não, vou até a esquina só encontrar umas amigas, tchau seu José. - disse fechando o portão.

...

- Oi bonitas. - disse

Ficamos conversando por mais de uma hora colocando o papo em dia, era final de férias e cada uma no dia seguinte ia começar sua nova rotina, e só íamos nos ver de finais de semana e olhe lá pois algumas namoravam e seu namorados já estavam para chegar, e até que não demorou muito para duas das dez meninas que estavam com a gente irem embora.

- Ih amiga quer ir para outro lugar não? - perguntou Daphyne apontando para trás.

- Gente a noite de ontem e a madrugada foi ótimo, agora quero saber cade o meu carro? - Perguntei ao me lembrar da pergunta do seu Jose.

- Deve estar no estacionamento da festa quer ir buscar? - perguntou Daphyne.

- É claro que quero, eu preciso do meu carro. - disse sorrindo

  Combinamos com as outras meninas de ficarem ali esperando que a gente já voltava. Passei ao lado do Rômulo e pude sentir tanto seus olhos quanto os do Gustavo me fuzilando, Romulo ainda tentou me tocar mas eu não deixei, não que eu estivesse brava com ele até porque nem tinha motivos para isso, mas simplesmente porque eu não queria, eu realmente não estava afim de passar por aquilo, entrei no carro da Daphyne e fomos em direção, vi pelo retrovisor eles conversando com as meninas mas seguimos nosso caminho.

- Então me conta tudo sobre ontem vai. - disse Daphyne.

- A foi boa, muita transa sabe, essas coisas. - disse rindo

...

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