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  Fui informada pela secretária que ela estava ocupada então nós sentamos na sala de espera, depois de 10 minutos ela saiu com um cliente de lá e se surpreendeu conosco e pediu para entrarmos.

- E então o que posso der útil meus queridos? - perguntou Fabiana mãe de Maria.

- Tia Fabi vou tentar resumir o máximo possível, mas primeiro vou perguntar. Cade a Maria ? - perguntei

- Esta em casa com a minha neta. - disse Fabi

- Ótimo. Pois bem a sua filha, anda ligando para o meu primo aqui que ela jurava que era o pai da criança até ele descobrir e pedir exame de dna, para que eu fique com a menina. - disse

- Não posso acreditar que minha filha esteja fazendo isso. - disse Fabi

- Pois ela está e caso você não acredite aqui esta o celular do meu primo com as mensagens dela e os horários das ligações. - disse mostrando o celular.

Ela se levantou e andou até a porta do escritório.

- Querida eu sei muito bem o que a minha filha louca anda fazendo, e pode deixar que com ela eu me entendo, e espero que vocês nunca mais me procurem ou procurem por ela e a bebê e pode ficar tranquila que você será a última pessoa que eu procuraria para dar ou deixar ela dar essa criança. - disse Fabi abrindo a porta.

Olhei para o Renato, nos levantamos e saímos. Ele colocou a mão no meu ombro e eu estava completamente chocada.

Maria no mínimo perdeu noção do juízo e a mãe dela mais louca ainda nem se fala. Fiquei perplexa e sem chão, não sabia o que fazer.

Fomos para o carro e voltei a cobertura o tempo todo em silêncio tanto eu quanto o Re.

- Ema e se a gente procurar algum órgão, ou o juizado ? - perguntou Renato

- Re olha pra mim, você acha que nós dois poderíamos criar uma criança? Eu estou falando em se dedicar em tempo integral, em educar, dar amor, carinho, atenção. - disse entrando no elevador.

- Não sei Ema. Mas se elas derem a criança para alguém pior ou então sei lá abandonarem a menina numa lata de lixo ou qualquer coisa do tipo ou até matarem. - disse Renato.

- Quero falar com o meu pai. - disse quase chorando.

Renato me abraçou e entramos na cobertura, ele me levou até meu quarto e juntos ligamos para o meu pai que disse que iria chegar ali até o final do dia.

Respirei fundo e comecei a ajudar os meninos até dar a hora do almoço e então fomos almoçar no restaurante ali perto. Na ida já falei com o porteiro que iria alugar a cobertura e ele me disse para falar com Márcio novamente pois ele cuidaria de tudo e seria mais fácil ter alguém tomando conta do que eu ficar indo e vindo, ele me deu o cartão novamente e pedi para que o meu primo fizesse isso por mim.

Fomos para o restaurante e eu mal consegui comer. Então esperei todos almoçarem e voltamos para a cobertura para terminar.

Subi para a sacada para refletir e pensar numa posição sobre o que fazer sobre a bebê.

- Ema o Márcio está aqui. - disse Renato.

Desci e fui falar com ele, meu primo sempre junto parecia até um guarda costas. Ele ficou surpreso por termos ligado e principalmente por colocar a cobertura para alugar. Disse que poderia deixar os moveis pois seria mais fácil já que era tudo planejado também. Fizemos um contrato básico e decidimos um valor. Ele agradeceu e foi embora. Na mesma hora meu pai chegou então fomos conversar com ele no meu antigo quarto.
Contamos tudo e perguntei como foi a minha adoção já que a minha mãe biológica praticamente me entregou para ele.

Ele nos falou que tinha um amigo que só tratava desses casos e com as provas que tínhamos da Maria querendo entregar a menina seria mais fácil se estivéssemos dispostos a ficar com a bebê. Concordamos e conversar com ele e meu pai ligou e colocou o telefone no auto falante, explicou toda a situação e em seguida me deixou terminar de contar.

O dr Mário Cardoso nos disse que poderíamos tentar conseguir sim teríamos 50% de chances ou até mesmo 51% dependendo do juiz e de como tudo ia encaminhar, pediu que eu passasse tudo para ele por email e ele iria analisar e depois marcariamos uma visita.

Ficamos conversando com meu pai, e depois ele foi embora pois já estavam ligando, aproveitamos e descemos algumas caixas, só estávamos levando roupas, algumas caixas que eu nem cheguei a abrir e mais algumas outras coisas.

Colocamos tudo na caminhonete e antes de saímos fui surpreendida por uma visita.

A Vida Da EmaOnde histórias criam vida. Descubra agora