Cap 72

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  Subi para o apartamento e me toquei que não queria ficar ali, eu queria espaço, ficar quietinha e tudo mais, abri a porta do apartamento bem devagar tentando não fazer nenhum barulho, peguei uma muda de roupa que estava no banheiro, lingerie limpa e as chaves do carro, fechei a porta, tranquei por fora e joguei a chave reserva por debaixo da porta.

  Fui até o estacionamento, que parecia literalmente macabro de tão abandonado, aquilo me assustava demais, corri para meu carro e quando entrei tranquei a porta rapidamente, respirei fundo para me acalmar pois meu coração já estava a mil por horas.

  - Puts - disse me dando um tapa na testa.

  Olhei para os lados e sai correndo novamente do carro em direção ao elevador, subi novamente, abri a porta sem fazer barulho e comecei a chamar pelo gatinho.

  - Oi lindinho, vem com a mamãe. - disse pegando ele.

  Desci novamente, e novamente meu coração parecia querer sair devido ao meu medo de escuro e aquele vazio do estacionamento.

  Entrei no carro e coloquei o gato no meu colo, dei a partida no carro e sai do estacionamento, só tinha um lugar que ninguém me acharia, e um único hotel na cidade de aceitava animais.

  Parei o carro no estacionamento do hotel.

  - Ema. - disse o segurança

  - Nossa ainda lembra de mim. - fiquei surpresa.

  - Como não lembrar. - disse ele

  - O hotel aceita animais de porte pequeno né ? - perguntei ao segurança que era um conhecido meu.

  - Acho que sim. - respondeu

  Agradeci e fui até a recepcionista, mas fui impedida de chegar até o balcão.

  - Ema, você por aqui menina.

  - Oi. - disse me virando.

  Era a mãe de Maria, sócia do hotel.

  - Cadê a Maria ? - perguntou ela olhando ao meu redor.

  - Ficou no meu apê com a minha irmã. - disse

  - A Eva? A Eva e você juntas? - perguntou ela surpresa

  Apenas fiz que sim com a cabeça seguida de um bocejo, ela percebeu que eu estava cansada e me levou até a recepcionista, deixando bem claro que eu como sua nora tinha que ter tudo do bom e do melhor.

  - Dona Cassia não fala pra ninguém que estou aqui, preciso descansar.

  Ela concordou e eu subi para o quarto que me foi dado, cheguei, coloquei o gato na cama e peguei o telefone para ligar na recepção. Pedi um jantar com direito a uma porção dupla de batata frita. Levou uma meia hora até o serviço de quarto chegar, deixei que a moça entrasse, pedi para deixar o carrinho e ela se retirou. Coloquei o carrinho próximo aos pés da cama e comecei a comer, logo o gato começou a miar baixinho coloquei o leite morno em um pote e o coloquei no chão.

  Deixei a TV ligada e voltei a comer, mas mais uma vez fui interrompida.

  - Bueno. - disse atendendo o telefone.

  - Que bonitinho ainda atende o telefone assim. - disse Gustavo querendo rir.

  - O que você quer, sua putinha já te deu um trato. - disse brava

  - Para com isso, ela é uma ex louca. - disse ele

  - Mas gente vocês se merecem então, afinal você também é um ex louco. - disse

  Ele ficou mudo e eu desliguei o telefone.

  Não sei como a Maria podia ser parente dele...

A Vida Da EmaOnde histórias criam vida. Descubra agora