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Nos despedimos após o almoço e viemos embora, passamos em Valinhos para Bernardo pegar seu carro em seu filho foi com ele.

- Ema você está estranha. - disse Renato

- Estou com medo Re. - disse enquanto dirigia de volta

- Medo de que ? - perguntou Renato

- Medo de me arrepender, de magoar o Bernardo, a família e o filho dele. - disse

- Por que ? - perguntou Renato

- Sei lá fiquei pensando nisso enquanto olhava ele brincar com o filho, fiquei pensando se mais pra frente eu descubro que não é isso que eu quero sabe. Não quero machucar o Bernardo. - disse

Parei a caminhonete do lado de fora enquanto Bernardo estacionava na minha garagem.

Subi tentando disfarçar minha preocupação e quando eu entrei no apartamento fui direto conversar com a Tina.

Após eu explicar tudo para ela, ela me mandou conversar com o Bernardo e explicar tudo. Concordei e fui para o meu quarto, mas Bernardo me chamou para ficar com ele e Bruno no quarto de criança.

- Tia Ema, adorei. - disse Bruno

- Que bom Bruno, fico feliz. - disse sorrindo

Fui tomar um banho e deixei que Tina cuidasse de arrumar o quarto para o Bruno.

- Ema - disse Bernardo entrando e fechando a porta do quarto.

Eu não respondi, estava quase entrando no banho e me preparando para chorar embaixo do chuveiro, engoli o choro e respirei fundo, coloquei o roupão e fui até o quarto.

- O que foi ? Você está estranha desde que saímos de Curitiba, aconteceu alguma coisa ? - perguntou Bernardo

- Sim. - respondi

- O que ? - perguntou Bernardo impaciente

- Estou com medo Be, você tem uma família, um filho pra se preocupar. E eu tenho medo de acordar uma hora e descobrir que não era isso que eu queria, e magoar vocês. - disse evitando olhar pra ele.

- Você está sendo egoísta Ema. Esta pensando só em você. E eu não aceito terminarmos algo que mal começamos. - disse Bernardo

- Não estou sendo egoísta, estou pensando em não magoar vocês. E muito menos estou falando em terminarmos, você perguntou o que foi e eu estou te respondendo, se eu quisesse terminar com você, terminaria e pronto não teria nem deixado você vir até em casa pra termos essa conversa. - disse brava.

Entrei no banheiro e fechei a porta.

- Ema abre a porta. - disse Bernardo batendo na porta do banheiro.

- Me deixa tomar banho. - disse

Tampe a banheira e abri a torneira para encher. A água ficou bem quente e Bernardo não batia mais na porta, entrei e me afundei como deu, prendi a respiração e soltava bolinhas de ar aos poucos, olhando pro teto e pensando que nem devia ter aberto a boca e sofrido calada, mesmo não sendo eu. 

A Vida Da EmaOnde histórias criam vida. Descubra agora