Cap 08

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  Parei o carro e perguntei pro frentista se dava para lavar, ele deixou o carro abastecendo enquanto foi perguntar para o rapaz da ducha, lembro que no término do namoro eu vinha a tarde ficar olhando ele lavar o carro para me distrair.

- Da sim, pode deixar que dai eu assumo mocinha. - disse ele abrindo a porta do carro para mim.

  Ele não era muito bonito, tinha um corpo definido e sempre muito cavalheiro e fofo, embora ele fosse casado, não estava morto e sempre olhava para toda e qualquer mulher que passava por ali.

  Mas ele parecia ser bem fiel, até porque eu conhecia a mulher dele, ela trabalhava na conveniência, ela era linda.
  Puxei duas cadeiras sentei em uma e apoiei meus pés em outra e ela me trouxe um sorvete.

- Nossa pelo jeito a festa na casa do seu vizinho ta boa ein - disse ela.

- Deve ta rolando várias orgias isso sim, quero só ver a hora que der 22 horas, e eu for dormir. - ri

- A Ema sua encrenqueira, esquece ele. - disse Eleonora

- O problema não é ele sabe, é o fato de ter que acordar cedo, para ir para faculdade. - falei abrindo o sorvete.

- Vai cursar o que? - perguntou Eleonora

- Arquitetura - disse com um sorriso de orelha a orelha. - Para tudo, você ta grávida? - quase gritei

- Fala baixo menina - Eleonora riu - estou sim.

  Ficamos conversando até seu marido se juntar a gente, e chegou um pessoal da festa para comprar mais bebida e ela foi atender.

- Seu carro ta limpo, cheiroso e é isso ai. - disse ele me entregando a chave.

- Obrigada senhor, quanto lhe devo? - falei com sotaque estranho e caímos na risada.

  Fui até meu carro e peguei 20 reais, paguei o sorvete e falei para ele ficar com o troco de caixinha. Ele riu e guardou, tomei tanto sorvete que acho que teria uma overdose de chocolate quando chegasse em casa, dei a partida no meu bebe e sai do posto.

  Já eram 21:30 e estava ansiosa para poder denuncia-los. É pensei comigo mesma, sou muita má.

  Cheguei em frente ao prédio e buzinei para o porteiro abrir o portão, graças a Deus minha garagem era a primeira, mas meu prédio foi mal planejado e esqueceram de colocar um portão ou deixar sem portão para que tivéssemos acesso até o hall do prédio. Sai da garagem e dei de cara com o rapaz de um pouco mais cedo.

- Oi moça - disse ele parado no meio da rua me olhando.

...

A Vida Da EmaOnde histórias criam vida. Descubra agora