Cap 97

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  Me levantei e fui em direção a piscina rapidamente antes que congelasse com o vento que estava, mas minha atenção foi desviada para o meu celular que vibrava feito um louco em cima da mesinha.

  Havia mais de 20 ligações perdidas do meu pai e isso nunca aconteceu, me assustei e antes que pudesse retornar a ligação o telefone começou a vibrar novamente.

  - Ema vem. - disse Roger me chamando.

  - Só um minuto - disse.

  - Filha. Onde você esta ? - disse meu pai já nervoso

  - Em casa pai. Por que? O houve ? - perguntei enquanto colocava o roupão.

  - Sua mãe ta no hospital filha. - disse ele já começando a chorar

  - Pai, como assim, o que houve com a mamãe? Pai fala comigo. - disse já quase chorando.

  Sai correndo e entrei em casa chamando pelo Renato.

  - O que houve ? - disse ele saindo do banheiro enrolado na toalha.

  - Minha mãe - disse.

  - O que houve com a tia ? - perguntou Maria saindo do quarto.

  A ligação do meu pai havia caído, eu agora mandava mensagens para todos os meus parentes, perguntando se sabiam de algo, até que uma tia minha respondeu.

  *Ema, sua mãe não está bem vem para SP, você sabe muito bem o que é*

  No momento em que terminei de ler as lagrimas já escorriam pelo meu rosto, o celular caiu da minha mão e tudo a minha volta começou a escuro, minhas pernas ficaram mole e eu não vi mais nada, ouvi alguns gritos e depois também não ouvi mais nada.

  - Ema - dizia meu primo enquanto me sacudia no sofá - Calma Maria ela acordou.

  - O que houve? Cadê meu celular ? Quero falar com a minha mãe. - disse

  - Fica calma, a gente vai arrumar as malas e vamos para capital com você ok. - disse Renato

  Ele fez um sinal para o Roger e se levantou.

  - Você desmaia com muita facilidade pelo jeito ein. - disse Roger

  - Eu não. - disse rindo

  - Maria quase teve um treco. Ligou para o medico e colocou no auto falante a unica coisa que entendemos ele falando foi "de novo". - disse ele rindo

  - Maria é doida. Preciso arrumar minha mala. - disse me sentando.

  - Ema. - disse ele - O que houve com sua mãe ? - perguntou ele me entregando meu celular.

  - Ela tem câncer. - disse segurando o choro.

  Ele me abraçou e ficou mexendo no meu cabelo.

  - Quer que eu faça alguma coisa ? - perguntou ele

  - Quero que venha comigo. - disse

  Ele ficou sem palavras e me deu um beijo na testa. Disse que ia ver o que conseguia, nos levantamos e fomos até meu quarto, ele ficou o tempo todo no telefone enquanto eu arrumava a minha mala. Não coloquei muita coisa afinal tinha bastante roupa minha na capital.

  - Ema. - disse ele vindo na minha direção com o telefone. - Três coisas que você precisa saber, primeiro trabalho com a minha mãe, segundo ela deixou e ... - ele ficou quieto

  - Terceiro ? - perguntei

  - Ela quer falar com você - disse ele me entregando o celular.

  - Oi - disse totalmente envergonhada.

  Comecei a conversar com a mãe dele e ela me falou milhões de coisas sobre ele, inclusive que eu deveria ser especial pois ele nunca pediu para fechar a empresa ali, e que era bom que assim ele iria visita-la, afinal ela também mora na capital, me falou para ficar calma e que se precisasse era só telefonar, eu agradeci e devolvi o telefone a ele. Fui pegar minhas coisas de higiene no banheiro e deixei ele falando no celular.

  Ele veio de encontro e me abraçou, eu abri um sorriso e ele me deu um beijo na testa.

  - Tenho muita coisa sobre você para descobrir né - disse

  - E eu sobre você. - disse ele rindo

  - Vou arrumar minha mala e já volto ta - disse ele

  Ele me deu um beijo e saiu, eu guardei o resto das coisas e levei a mala para a sala. 

  ...

A Vida Da EmaOnde histórias criam vida. Descubra agora