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Acordei no dia seguinte com um barulho de uma criança gritando, por Bernardo não estar no quarto cheguei a conclusão que seria ele com seu filho.

Estava um pouco frio e então fui tomar um banho quente, mas não achei toalha.

- Re já acordou ? - perguntei assim que ele atendeu o telefone.

- Já tô aqui fora. Que houve por que tá falando baixinho? - perguntou Renato

- Ah na verdade nem sei. Preciso de uma toalha pra tomar banho. Aí que vergonha. - disse

- Ema não vai passar mal de novo fica calma. Vou pedir uma toalha pra vó e te levo. - disse Renato desligando.

Não levou cinco minutos ele apareceu com a toalha.

Agradeci e fui tomar banho.

Tomei um banho rápido, e fui me enxugar e me trocar, coloquei uma calça jeans e uma blusinha de manga azul e no pé meu tênis.

Como íamos fazer bate e volta não levei muita roupa, já estava com vontade de bater no Bernardo.

Prendi meu cabelo num rabo de cavalo e sai. Renato estava me esperando do lado de fora para tomarmos café.

Sentamos na cozinha e a vó veio conversar com a gente.

- Tão bonito ver dois primos tão unidos. - disse Lia

- A vó não posso deixar esse menino sozinho, toda vez acontece algo se ruim com ele se eu não estou por perto. - disse colocando suco.

- Mais menina como assim. - disse Lia

- História longa vó - disse Renato

- A vó aqui adora uma história. - disse Lia rindo.

- Bom vó eu sou adotada e desde que cheguei na casa o Re sempre foi meu melhor amigo, sempre tivemos um laço muito grande. Aí foi ele quem me ensinou a dirigir, temos cinco anos de diferença um do outro quando eu tinha 13 e ele 18 ele foi pra balada e eu estava em casa dormindo, ele me liga disse que estava muito mal e não podia dirigir. Conclusão eu sai que nem doida dirigindo o carro do meu pai. Dois quarteirões (risos) pra buscar ele. Quando cheguei lá ele tava tudo machucado e só de cueca. Ele tinha sido roubado e levaram tudo. Ele tava todo desesperado e nesse dia eu tinha pedido pra ele não sair ou então me levar mas ele não quis né. Aí prometemos um ao outro que nunca deixaríamos o outro sozinho. - contei.

- Que linda a amizade de vocês. - disse Lia.

Nos sorrimos e Renato me abraçou.

- Ela é meu anjo da guarda vó. Acho que de tanta encrenca que já me meti se a Ema não estivesse por perto eu não estaria vivo. - disse Renato

- Sinal que ela anda te protegendo direitinho - disse Lia

Terminamos de tomar café com a vó nos contando do passado dela e as aventuras que ela já viveu.

- Você há acordou amor. - disse Bernardo me dando um beijo na testa.

Apenas fiz que sim com a cabeça enquanto tomava o suco.

- Você lida bem com esse fato de ser adotada né minha filha? - perguntou Lia

- Sim. Foi difícil no começo mas o Re tava lá. Eu fui dada a minha mãe bem bebê mesmo e nunca contaram. Quando eu descobri foi terrível mas depois eu aceitei, minha outra irmã também adotada pirou e foi atrás da família biológica dela. Minha mãe conta que quando eu cheguei o Re morava com eles pois meus tios sempre viajavam muito, então o Re sempre cuidou de mim. - disse

Bernardo havia se sentado ao meu lado e ficou prestando atenção.

- Pai vem brincar. - disse o filho dele entrando.

- Vem cá Bruno deixa eu te apresentar. Essa é a Ema e esse o primo dela o Renato. - disse Bernardo

- Oi - disse Bruno com vergonha.

Ele coxixou algo no ouvido do pai e saiu correndo.

- O que o Bruno disse filho ? - perguntou Lia.

- Que ela é mais bonita do que na foto e tá aprovada. - disse Bernardo rindo.

Eu fiquei vermelha. Terminamos de tomar café e tirei toda a mesa e lavei a louça.

A Vida Da EmaOnde histórias criam vida. Descubra agora