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ALGUNS MINUTOS ATRÁS

Kristhen Zillord

Com um pouco de dificuldade, puxo a mala para o lado de fora. Estou com receio em deixar minha mãe sozinha, ela já sofreu tanto com a perda do papai, e eu ainda decidi seguir os passos dele.

Quero me aposentar nessa área, continuar o sonho do meu pai, mesmo não treinando para ser segurança, eu treinei para ser melhor que isso.

— A senhora não quer ir mesmo pra casa da vovó? — pergunto, observando a mulher de cabelos pretos

— Não... eu tenho memórias aqui, vou ficar bem. — ela sorri com simpatia — Boa viagem!

Aqueles olhos expressa tristeza, não queria deixá-la, mas prometi ao meu pai...

— Me prometa que ficará segura! — ela se aproxima

— Eu prometo mãe. Escreverei uma mensagem todo dia, irei contar cada detalhe, e fazer ligação quando puder.

Abraço seu corpo, tentando lhe dar conforto. Sei como deve estar seus pensamentos, o medo que está sentindo. Ela perdeu seu único amor nesse trabalho, e agora sua filha decidiu seguir os passos dele, o medo obviamente cresceu.

Mas não se preocupe, mãe, eu treinei para ser melhor, treinei pesado para ter ótimos resultados, não vou morrer fácil.

— Eu te amo filha!

— Eu também te amo mãe, fique bem. — aliso suas costas e me afasto — Irei te ligar quando chegar.

Seu sorriso muda, ela acena para mim quando esforço para puxar as malas. Esse pessoal bem que podia me ajudar, mas estão apenas parados na frente do carro feito estátuas.

Respiro ofegante quando finalmente chego. Eles pegam as malas com dificuldade, acho que estou levando muita coisa. Mas a senhora Walsh disse para pegar tudo que puder porque não vou voltar para casa tão cedo, então, levei tudo.

***

Puta merda! Isso é uma mansão! Quando eu perguntei a senhora Walsh como era sua casa — apenas por curiosidade — ela disse que era normal, como de outros empresários. Isso é normal?

Ter uma mansão não é normal.

— Senhora Zillord? — uma empregada de meia-idade sorri para mim — Sou a Lucy, e irei levá-la até os senhores Walsh.

Apenas lhe dou um sorriso, não acho que ela deixaria eu falar. Com passos rápidos, eu a acompanho, as portas da mansão são abertas, e minha boca faltou cair no chão. O lugar é incrivelmente belo, bem decorado, com tapete vermelho no corredor.

— A família Walsh segue no ramo de empresas há gerações. Todos que são chefes das empresas W, moram nessa belíssima mansão, e o senhor Phillip Walsh herdou tudo isso. — Lucy diz, mostrando os quadros de cada chefe da empresa W

Sou levada até a sala, e meu Deus! Isso aqui era a minha casa toda, se a sala é desse tamanho, não quero imaginar os outros cômodos da casa.

— Senhor Walsh, Kristhen Zillord está aqui. — com simpatia na voz, Lucy diz e se retira

Uma mulher alta, de cabelos castanhos escuros, se aproxima com um belo sorriso.

— Sou Elaine! Finalmente te conheci — sua mão é estendida, e rapidamente aperto — Conversávamos pelo celular.

— É um prazer conhecer a senhora.

— Bom, vamos aos negócios, meu filho agorinha chega do colégio. — ela caminha para o sofá novamente, enquanto o senhor Walsh apenas lê uma revista tomando um café — Sente-se.

Me sento após pedir licença.

— Te contratamos porque seu pai era um ótimo segurança do meu marido. — ela bate na perna dele, e rapidamente o homem abaixa a revista e coloca a xícara na mesa — Vimos seu currículo e percebemos que é ótima para o caso.

— Precisamos que você proteja o Reed, enquanto nos ajuda a achar quem está atrás dele. — o senhor Walsh me observa com seus olhos da cor de mel

— Claro. Mas, por qual motivo querem seu filho?

— Dinheiro! — olho para Elaine — Recebemos algumas ameaças de pessoas desconhecidas rodeando nossa casa, um sequestro de um garoto herdeiro dessa mansão e de bilhões de dólares, não é difícil de fazer, ainda mais se estiver sem segurança.

— Pensamos na possibilidade deles quererem matar meu filho, mas vimos que Reed nunca machucaria ninguém, então, não tem chances disso acontecer. — o senhor Walsh se ajeita na cadeira — Reed é um garoto tímido, ele tem dificuldade de fazer amigos ou conversar com eles.

— Queremos que você faça uma coisa além de o proteger. Tenta o enturmar com as outras pessoas. Conversa com ele como uma amiga, tenho certeza que isso o fará ser mais aberto com o mundo. Reed tem notas muito baixas porque não consegue perguntar aos professores para tirarem sua dúvida, você terá um trabalho a mais nisso, tudo bem?

— Claro, sem problemas.

Nunca lidei com uma pessoa tímida, espero que não seja tão difícil assim.

— Ele é um ótimo garoto, só é um pouco tímido. Pagamos a terapia pra ele já faz algum tempo, ele diz que não teve progresso, mas já vi muita diferença. Reed falava quase nada, e hoje conversa bem e diz mais alto do que costumavas dizer. — Elaine sorri para mim — Não pegue tão pesado com ele e seja paciente.

— Pode deixar comigo.

— Ótimo! Lucy mostrará seu quarto.

Fico de pé na frente deles. Antes que eu pudesse me mover, a porta é aberta. Com os olhos, acompanho um garoto um pouco maior que eu — talvez um e oitenta e quatro de altura — se aproximar. Observo-o de cima a baixo.

Que isso? Ele não parece ser tímido, tem estilo de garoto popular. O típico cabelo famoso, que todo garoto padrão usa, o corte está perfeito em sua cabeça. As laterais, e atrás, está com um volume de corte baixo, e em cima, o volume de cabelo já é maior, deixando mechas caírem em sua testa, formando franja. Estilo de roupa um pouco larga...

Tímido é?

Continua...

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