Sendo tímido e sozinho, Reed Walsh não consegue se aproximar de ninguém, ou fazer amizade. Filho de um empresário mais rico dos Estados Unidos, ele tem tudo que quer, e na hora que quer. Porém, sua timidez o impede de fazer muita coisa.
Quando seu...
De um lado para o outro, Elaine anda um pouco desesperada.
- E agora? Sem pista nenhuma!
- Senhora, já tentou conversar com os verdadeiros donos da moto?
- Não temos a placa, impossível achar os verdadeiros donos - ela começa a roer suas unhas - Só se...
Ergo minhas sobrancelhas, não sei qual a ideia que ela teve, mas parece ser boa só pela expressão do seu rosto.
- Vamos fotografar as motos e divulgar, assim acharemos os donos.
Não é uma má ideia, mas as pessoas podem mentir apenas para fazer uma graça. Tem tanta gente idiota pelo mundo.
- Tudo que a senhora for fazer, estarei te apoiando.
- Ótimo! - ela se senta - Como foi na festa?
- Reed fez alguns amigos. E também... ele irá sair no sábado com a garota que gosta-
- SÉRIO? - ela se levanta com um grande sorriso - Isso é perfeito!
- Sim! Eles vão em um shopping e depois em um parque aquático.
- Meu menino está evoluindo tão rápido... - ela mantém um sorriso no rosto - Onde ele está?
Droga... Será que ela vai ficar brava porque ele voltou bêbado?
- Ele está nas escadas... bêbado.
O sorriso dela some, e seus olhos piscam várias vezes.
- O-... O quê?
Puta merda! Seu semblante mudou, ela ficou brava.
- Desculpe por isso, senhora! Ele acabou indo na onda dos amigos e be-
A batida na mesa me fez ficar em silêncio. Droga! Sabia que daria merda.
- Não irei dizer nada porque é a primeira festa dele, mas na próxima vez, você irá arcar com as consequências. Fui clara?
- Sim, senhora!
- Ótimo! - ela joga seus cabelos castanhos para trás - Leve ele para o quarto, o ajude com um banho e o coloque na cama, cuide dele, caso contrário, ficará de guarda lá fora sem poder dormir, comer, usar o banheiro, beber água, ou descansar, ok?
- Sim! Já estou saindo. - me curvo em forma de respeito
Saio do seu escritório e volto para o corredor principal. Reed murmura algumas coisas enquanto mexe em uma pedra. Ele bêbado é um filho da puta.
Acaba falando a verdade na cara, e ainda fica rindo. Durante o caminho de volta, tive que ouvir ele reclamando que sou... feia.
Sério! Nunca fui tão diminuída, como fui pelo Reed bêbado.
- Olha! - ele levanta a pedra e cai para trás, batendo as costas nas escadas - Uma tartaruga.
- É uma pedra.
- É uma tartaruga! - ele fecha seu rosto, mostrando bastante irritação - Garota feia não tem opinião aqui.
Só não soco sua cara porque a minha função é te proteger, não agredir.
- Vamos subir. Você tem que banhar, escovar os dentes e dormir, amanhã tem aula. - seguro seu braço, mas com força ele puxa para si
- Eu consigo sozinho! Não preciso da sua ajuda.
Espero que você caia e bata a cabeça.
Com dificuldade, Reed sobe as escadas até o terceiro andar. No último degrau, ele tropeça e cai. Acabei não conseguindo ficar séria e soltei uma leve risada, o que acabou chamando sua atenção.
- Além de feia, fica rindo dos outros caindo - ele mostra seu dedo do meio, e segura no corrimão, se levantando de novo - Onde foi que minha mãe arranjou você?
Que vontade de descer o tapa nessa cabeça. Deus... me socorre.
Ele começa a murmurar, até subir o último degrau. Sigo Reed pelo corredor, ele fica cambaleando de um lado para o outro, esbarrando nos objetos e derrubando alguns quadros.
No caminho eu vou colocando tudo em seu devido lugar, apenas observando ele gritar pelo corredor e fazer eco.
- Reed! Para de gritar! - sussurro para ele
Desnorteado, ele se vira para mim, com aquela cara de desânimo, mas logo cai na gargalhada e mostra seu dedo do meio. Essa já é a décima terceira vez que ele mostra o dedo do meio pra mim.
Continuo o seguindo pelo corredor, até ele ficar confuso e não saber onde é o próprio quarto.
- Por que essa casa tem que ser tão grande? - diz, olhando de um corredor pro outro
- Vamos escolher um quarto qualquer - seguro em seu braço, mas o mesmo puxa com força, tropeçando sozinho e batendo contra a parede - Meu... Deus...
- Ai! - ele bagunça os cabelos, provavelmente esfregando onde está doendo - Não preciso da sua ajuda, sei onde fica o quarto.
Ele volta pelo caminho que viemos. Suspiro, já não aguento mais andar. E foi assim durante muitos minutos, até uma empregada aparecer e nos guiar até o quarto dele.
Reed abre a porta e simples cai no chão. Suspiro cansada, será uma noite em tanto.
Agradeço a empregada e digo que daqui em diante eu tomo conta. Com dificuldade, ele se levanta, passando os olhos pelo quarto. Não nego que fiz o mesmo, isso daqui é um exagero só pra uma pessoa dormir.
- Minha cama! - Walsh caminha até ela e cai sobre o colchão
- Você precisa banhar primeiro. - me aproximo, seguro seus tênis e os tiro. Com dificuldade eu viro seu corpo, ele é bem pesado - Vamos!
- Sai fora! Eu não quero!
- Anda logo, Reed! - puxo seu braço com força, ele se levanta, mas colocando todo seu peso em cima de mim. Faço força para não cair no chão - Céus, que garoto pesado.
Tento levá-lo até o banheiro, mas de repente ele se afasta para encarar meu rosto.
- Por que você quis ser minha segurança? - pergunta, com aquele olhar de chapado
- Porque eu quero terminar o que meu pai começou.
- Seu pai? Ele era um ótimo homem... Eu sinto muito por ele ter morrido envenenado.
O quê? Como ele sabe? Como...? Era... impossível ele saber.
Continua...
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NOTAS DA AUTORA
Ele bêbado parece revelar quem realmente é...
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