Sendo tímido e sozinho, Reed Walsh não consegue se aproximar de ninguém, ou fazer amizade. Filho de um empresário mais rico dos Estados Unidos, ele tem tudo que quer, e na hora que quer. Porém, sua timidez o impede de fazer muita coisa.
Quando seu...
Acho que hoje está sendo o dia mais azarado para mim durante dois anos nesse lugar. Depois daquele garoto ter pisado no meu pé, eu fui empurrada umas cinco vezes por outras pessoas, e ainda pisaram no mesmo pé que aquele menino pisou. Limpei meu tênis, mas não tem jeito, precisa ser lavado.
Meu dedo do pé está doendo, a unha está provavelmente quebrada, não tive tempo para tirar o tênis e ver, mas sinto que está.
Após isso, tive prova surpresa, já estava esperando por isso, mas não estava esperando por trabalho logo em seguida. Fui à biblioteca procurar por alguns livros para poder levá-los, mas todos já estavam alugados
Passei a tarde toda com dor de cabeça pelo tanto de gente que tem agora na universidade falando sem parar. Acho que hoje está sendo mais cansativo.
Céus, isso está me irritando mais do que o normal.
- Kris! - Alessia pula na minha frente, bloqueando meu caminho para sair da universidade e ir embora - Urgh... parece que ficou de mau-humor.
- Hoje não foi um bom dia.
- Consigo ver... - ela coça sua sobrancelha, olhando para meus pés - Então... - a mesma ergue de volta sua cabeça - Você conseguiu ver o garoto com quem eu falei hoje?
- Ah, não, desculpe, estava provavelmente ocupada. Eu preciso ir, pode falar o que quer rápido? - dou um sorriso, apenas para não parecer grossa
- Ah, não... deixa! - ela abre espaço - Quando você fica com essa cara de bunda, é melhor te evitar
Ela começa a caminhar enquanto eu me pergunto se tenho cara de bunda agora. Eu estou estressada, o dia não foi bom. Talvez eu esteja com essa cara de "bunda".
Apenas suspiro para mim mesma e volto a caminhar para a saída do edifício. Saio pelas portas e desço os degraus, indo em direção à saída desse lugar, finalmente. Passo pelos portões, e sigo até o meu ponto.
Espero poder chegar em casa antes de sair com o Giovanni. Quero tomar um banho e tomar algo para minha dor de cabeça. São quase sete e meia. Uma notificação de mensagem, me faz apertar na mesma hora.
Giovanni Não vai dar para sairmos hoje, gata. Tenho tanto trabalho que vou sair bem mais tarde.
Kristhen Sério? Tudo bem... também tenho trabalho para fazer. Se cuida, qualquer coisa me manda mensagem
Giovanni Está bem, gata! Beijos, se cuida.
Apenas desligo o celular. Estou cansada, acho que será melhor assim. Guardo o celular no bolso e volto a caminhar, sentindo dor na região da minha unha. Preciso olhar para ver se está tão feio.
Tantas pessoas que pisaram no mesmo lugar, que chega está só a marca na região do meu dedão.
Incrível como as coisas desandaram rápidas hoje.
Barulho de moto faz minha cabeça doer mais ainda. Fecho meus olhos e continuo caminhando, fazendo massagem na região da minha testa. Respiro fundo, e abro meus olhos, ainda faltam alguns passos para chegar em meu ponto.
As motos que antes faziam barulho atrás de mim, agora estão correndo. Algumas passam, mas uma... Uma passa por cima da poça de água, e me molha por completo.
Fecho meus olhos, indignada com a situação em que estou. Limpo meu rosto, e abro os olhos, vendo outras pessoas me observarem e cochichar. Alguns coloca a mão no nariz, e outras apenas me olham com pena.
Espero que o filho da puta que passou nessa poça caia daquela moto e morra da pior forma possível! Por que logo comigo? O que aconteceu para meu dia ter piorado de uma forma tão rápida?
Depois daquele garoto ter pisado no meu pé, tudo começou a falhar. Ele jogou algum azar em mim? Porque não é possível isso!
Bufo de raiva, e volto a andar, dessa vez com mais pressa. Toda molhada eu caminho até o meu ponto de ônibus. Limpo água em meu ouvido e também dos meus braços. Minha mochila foi molhada, espero não ter me prejudicado nessa.
Deus, tudo que eu quero agora é estar em casa.
***
Sento no sofá após ter tomado um belo banho, e lavado meu tênis. Meu dedão está avermelhado, e também tem uma unha quebrada. Estava tão lindo, eu fiz com tanto cuidado, para tudo ser arruinado por um idiota.
Tive que limpar meu dedo devido ao sangue, agora não consigo colocar o dedão no chão porque dói. Acho que hoje não está sendo mesmo meu dia.
Só vou comer algo leve e ir dormir para trabalhar amanhã.
Uma batida na porta me faz olhar na direção dela. Suspiro um pouco alto e me levanto, tentando não colocar o dedão no chão. Acho que por a unha estar curta e na carne viva, dói quando encosta no chão.
Abro a porta, o porteiro não costuma deixar estranhos subir. Olhos azuis parecem sorrir na medida que os seus lábios se formam em um sorriso.
- Oi! - Giovanni passa a mão sobre seus cabelos pretos, permanecendo com o sorriso
- Pensei que ia trabalhar até tarde - dou espaço para o mesmo, e ele passa, entrando no meu apê - Poderia ter me mandado uma mensagem.
- Eu mandei. - ele caminha até a cozinha, e coloca as sacolas sobre o balcão
Fecho a porta, e me aproximo do garoto da minha altura. Seu perfume forte adocicado entra em minhas narinas, eu gosto tanto desse cheiro nele.
- Por que comprou tanta besteira?
- Eu marquei de sair com você, mas acabei desmarcando achando que ia ficar até tarde. - ele tira as coisas da sacola - E como sei que você gosta de doce e alguns salgadinhos, passei no mercado e comprei.
Seu bonito rosto parece ganhar brilho. Isso acontece toda vez que ele me vê.
Continua...
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NOTAS DA AUTORA
Até eu estou com ciúmes desse namoro da Kristhen KAKAKAKA
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