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Kristhen Zillord

- Ele mentiu... - Elaine se vira para ele - Senhor Tewin, por que não me chama para entrar em sua casa? Adoraria tomar um café - diz com gentileza - Quero que me conte mais dos detalhes do que aconteceu naquela noite.

- Ah... eu já disse tudo.

Observo seu corpo, ele aperta com força a porta que está entreaberta. O sorriso forçado mostra como está tenso.

- Eu te imploro senhor Tewin. - Elaine se aproxima - Com licença!

Ela abre a porta, e logo vou atrás, pronta para o que estiver aqui dentro.

- Ah-... Ah senhora gosta de café com açúcar ou sem? - a tensão em sua voz entrega mais ainda que tem alguém aqui

- Com dois cubo de açúcar - Elaine sorri gentilmente

- Irei arrumar. - ele sai todo desengonçados até a cozinha

Ainda com os olhos nele, o rapaz acaba se atrapalhando. Aquele olhar no tom esverdeado olha para um lugar aleatório, um armário, que chama a minha atenção.

- Então, tem certeza que foi esse homem que você viu? - Elaine pergunta

- Sim.

Sua cabeça concorda várias vezes. Caminho até o armário em passos lentos, mas com os olhos nele, quero ver sua expressão quando eu estiver perto.

Mais alguns passos, e eu chego no armário. Sua expressão muda para pânico.

- Ah... senhorita.

Ergo minhas sobrancelhas

- Sim?

- Aceita um café também? - pergunta, colocando novamente um sorriso forçado no rosto

- Eu passo.

Ele apenas coloca a xícara de frente a Elaine. De costas para o armário, puxa uma faca da minha cintura. Com um giro rápido, eu chuto aquele lugar, quebrando a porta, mas não acertando o meu alvo.

Quem quer que seja, agora está em cima de mim, me impedindo de usar a faca. Elaine grita para não atirarem, precisa dele vivo, então uso meu método tradicional, a luta.

Chuto entre suas pernas, pego a primeira coisa que vejo, acertando sua cabeça com força, o derrubando no chão. Massageio meus ombros, e guardo a faca, foi fácil apagá-lo.

- Já sabia que ele estava no armário? - Elaine coloca luvas em suas mãos

- O olhar apavorado do senhor Tewin entregou.

Antes que eu pudesse virar o corpo do homem que está no chão, tiros lá fora chama nossa atenção. Rapidamente vou até a porta, é uma garota, ela usa uma máscara dessa vez, uma máscara de coelho. O tiro para cima faz todos virem aqui, seguranças vão atrás dela, mas a mesma entra em uma van.

Olho para trás, e o mesmo homem que apaguei, já não estava mais ali.

- Elaine... - a chamo, percebendo que cai novamente em uma maldita emboscada

- PORRA! - ela quebra a primeira coisa que vê e vai até Tewin - Quero que diz para mim as verdadeiras características dele

- E-Eu não sei.

- NÃO MENTE PARA MIM, SENHOR TEWIN! - ela respira ofegante - Quero que diga cada detalhe, você não irá morrer, não vamos deixar, entendeu?

Ele concorda com a cabeça todo desesperado.

- Charles, venha aqui.

Apenas dou espaço, e novamente, Charles faz um desenho.

***

Que legal! O cara só viu uma pequena parte do rosto porque rasgou a máscara de quem estamos procurando, mas isso não adianta nada! Nem para ser a metade do rosto, é apenas um círculo rasgado na região do olho.

- E agora? - olho para a senhora Walsh - Posso levar o caderno e começar a olhar no colégio, apenas para ter certeza que Reed está seguro.

- É uma boa ideia - ela diz, passando a mão sobre seu queixo - A pouca parte de um rosto não ajuda, precisamos dele todo, ou apenas a metade dele...

- Vou tentar dar uma olhada no colégio na segunda, se eu achar alguém com um olhar parecido, irei ligar imediatamente!

- Ótimo.

No colégio, eu posso usar algo que tampa a metade do rosto dos alunos, assim, eu posso dar uma olhada em seus olhos. Espero conseguir uma pista fazendo isso.

Tenho os olhos de dois deles gravados em minha cabeça, se nenhum aluno se parecer com um deles, estaremos na estaca zero novamente.

A mulher de cabelos castanhos arruma seu sobretudo no corpo e pega seu celular. Desvio o olhar, encarando a rua, está na hora de conversar com o Reed.

Sei que no começo ele irá recusar, dizendo que não sabe do que estou falando, mas irei insistir. Nunca pensei que um Walsh saberia quem matou meu pai.

Meu pai sempre foi um bom segurança, nem o senhor Walsh descobriu que ele estava morrendo naquele dia, alguém o matou, mas... por quê? Essa pergunta fica na minha cabeça sem motivo.

Se meu pai tivesse protegido o senhor Walsh, até que eu entenderia, mas não estava... Ele voltava para casa aquele dia, e isso aconteceu, alguém fez isso com ele por maldade.

Ou porque ele descobriu algo que ninguém sabe... Droga! Estou com tanta teoria, que isso está me deixando com dor de cabeça. Preciso de respostas.

Reed precisa falar a verdade. Se não for por bem, será por mau.

Continua...

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