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Reed Walsh

Viro um corredor de uma vez, só não esperava receber um soco em meu rosto. Minha visão ficou preta por poucos segundos, quando percebi já estava no chão. Ergo meu olhar para ver outra pessoa.

São quantas? Um exército? Que porra tá havendo aqui?

- Peguem ele. Temos que ir rápido antes do furacão passar por aqui.

Sou segurado, e como não sei que porra está acontecendo, tento me soltar deles. Bater neles não está funcionando, parecem que estão preparados para isso.

Fico em pé, com meus dois braços segurados.

- Que porra vocês estão fazendo?

- É para seu bem, Reed!

Olho para a minha direita, a voz de um garoto. Seus olhos são azuis, ele me observa.

- O quê?

- Você vai entender no futuro o motivo de tudo isso. - dessa vez, uma garota em minha frente diz isso

Ainda continuo sem entender.

- Onde está a Kristhen?

- Apagada. Provavelmente morta. Bater a cabeça dela várias vezes contra uma parede pode dar um fim cruel a ela.

Hein?! Ela foi morta? Não, não, não, não!

Com o desespero, mexo meu corpo até me soltar. Dou um soco com tudo no primeiro que me solta, conseguindo a fraqueza do outro. Consigo me soltar por completo, ficando afastado dos três.

- Reed! Você precisa nos escutar. Não confie em ninguém dessa casa, muito menos na Kristhen.

- O quê? Do que vocês-

- Só escuta, porra! - sua respiração está acelerada, e sua mão erguida na minha direção - Não viemos para te machucar, e sim, pra te salvar.

Não deu nem tempo de pensar em falar, um tiro ecoa pela casa, um corpo cai no chão. Uma arma é arremessada de lado, Kristhen tem sua testa cheia de sangue.

- Deveria ter verificado direito se eu estava morta, vadia. - sua voz ecoa, o puro ódio

Com os raios lá fora, sua mão é iluminada, e uma faca chama minha atenção.

- SUA CRETINA! - um garoto no chão grita com um corpo sem vida do lado - Eu vou matar você.

- Que cumpre com sua palavra, porque essa garota não cumpriu com a dela. - Kristhen joga a faca para sua outra mão - Quem vai ser o próximo?

- Vamos embora cara, não temos mais tempo.

O que estava no chão pega o corpo da garota sem vida.

- Eu juro que mato você, Kristhen! - ele diz em um tom mortal

Todos saem pela porta, fazendo Kristhen ir atrás deles, porém, ela volta após um tiro pegar de raspão.

Após um tempo ela finalmente aparece na porta, mas nada acontece. Kristhen a fecha e vem até mim, agarrando meu braço com força.

- Vamos voltar. O furacão vai passar nessa rua.

- Como você sabe?

- Não consegue ouvir? Em como o vento lá fora faz barulho?

Olho pela janela, árvores estão sendo arrancadas, e o furacão não está nem perto. Com pressa andamos pelos corredores, consigo ouvir o forte vento, as janelas estão começando a ser explodidas. Kristhen me faz se curvar um pouco, e apressar os passos.

Finalmente conseguimos chegar na porta. Ela faz com que eu entre primeiro, mas uma explosão de vidros, faz um forte vento entrar, um barulho ensurdecedor surgir. A puxo para dentro comigo de uma vez, e fecho a porta.

Puxo a Kristhen até estarmos debaixo da terra. Respirando ofegante, eu só consegui abraçá-la. Não sei o motivo exato disso, mas eu fiz... 

Apoio minha mão em sua cabeça, sinto algo quente contra minha pele, é o sangue da Kristhen. Pensei que ela iria me empurrar por causa desse abraço desajeitado e do nada, mas a garota apenas me abraçou de volta, deitando com sua cabeça em meu ombro.

Não consigo processar a merda toda que aconteceu agora, só estou preocupado com a Kristhen. Ela está sangrando, e não sou profissional para saber se sofreu uma lesão grave na cabeça, ou em qualquer parte do corpo.

Esse furacão precisa passar para podermos voltar ao normal. Se ele passar cortando a casa, não teremos mais energia, precisamos arranjar um abrigo melhor amanhã.

***

Já não sei quanto tempo a observo dormir. Fiz um curativo em sua cabeça, o corte não foi profundo, acho que não precisa de ponto, e se precisar, não dava para fazer a luz de velas. Ela dormiu após eu dar remédios para tirar a dor.

Sua mão está quente, e bem machucada. Não sei quem ela socou, mas essa pessoa deve ter saído bem acabada. Seguro sua mão, da mesma forma que ela segurou a minha enquanto estava no hospital.

Aproximo um pouco, não consegui dormir, meu tempo está sendo dedicado em observar a Kristhen. Ela matou uma pessoa na minha frente, mas... não me atingiu, sei que faz parte dela em ser uma segurança.

Seu rosto se enruga, ela geme de dor, e rapidamente me sento na cama. Toco em sua testa, ela está quente, será que está com febre?

- Kristhen... - toco em seu rosto, ela abre seus olhos com dificuldade para mim - Como se sente? Você parece que está com febre.

- Estou bem... - ela fecha os olhos e os apertam - Minha cabeça apenas está doendo.

- Eu vou subir, tenho que religar a energia...

- Não! - ela se esforça para sentar - Pode deixar que vou, Pierre.

Pierre?

Continua...

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