Sendo tímido e sozinho, Reed Walsh não consegue se aproximar de ninguém, ou fazer amizade. Filho de um empresário mais rico dos Estados Unidos, ele tem tudo que quer, e na hora que quer. Porém, sua timidez o impede de fazer muita coisa.
Quando seu...
Os policiais se retiram após tentarem fazer perguntas e não obterem respostas. A enfermeira brigou com eles por me colocarem pressão, então apenas saíram. O corte em minha panturrilha não foi profundo, o que me deixa mais aliviada.
A minha cabeça está bem, e estou respirando com ajuda, apenas para poder inalar melhor o ar devido à fumaça. Infelizmente o prédio todo foi queimado, todos estão vivos, mas sem lares. O governo provavelmente vai nos dar um lugar para morar, assim eu espero.
- Tudo bem? - Pierre se aproxima, com as mãos nos bolso da calça
- Eu pareço bem? - digo, deixando a enfermeira tirar as coisas de mim
Pierre espera ela se afastar com um sorriso no rosto.
- Para mim você parece bem. - ele ergue seu olhar para meu rosto - Tudo bem você ir lá pra casa?
- Vou aceitar porque realmente estou muito cansada...
- Não aceitaria se não tivesse? E iria dormir aonde?
- Na casa da Alessia - me coloco de pé, e Pierre rapidamente segura meu braço
- Entendo... Vamos, meu amigo chegou com o carro. Tudo bem eu te carregar?
- Sim. - apenas me seguro em seu pescoço, esperando ele me pegar - O quê? - pergunto, após ver seu rosto com um leve sorriso
- Você cansada é tão gentil.
- Nunca fiquei tão tarde assim acordada, ainda mais após gastar tanta energia. Sinto que posso desmaiar de sono a qualquer momento.
Pierre me segura em seus braços e leva para fora de toda essa bagunça. A enfermeira diz para me levar no hospital depois e fazer um checape em minha cabeça para ter certeza que está tudo bem. Pierre respondeu por mim, dizendo que iria me levar.
No final da rua eu vejo um carro parado e um garoto de cabelos vermelho esperando ao lado. O amigo do Pierre, o garoto que Alessia considera mulherengo
Ele dá a volta no carro e abre a porta para o Pierre. Fico sentada no banco, e coloco o cinto de segurança. Pierre fecha a porta e da a volta no carro e pega as chaves com o garoto, eles conversam baixo, não consigo ouvir. Mas Pierre o empurra com raiva e caminha até o carro.
O garoto de cabelos vermelhos, sorri e acena.
- Por que ele está sorrindo para mim e acenando? Do que vocês estavam falando? - pergunto assim que Pierre entra
- Ah, nada. Ele só é um idiota.
Volto a encarar o garoto, ele continua sorrindo, como se tivesse falado algo sobre mim.
- Estavam falando sobre mim? - encaro novamente o Pierre
Ele me olha por um tempo e nega com a cabeça. O carro dá um pulo para frente, me assustando um pouco e quase atropelando o garoto de cabelos vermelhos.
- Foi mal! - Pierre ergue a mão, mas sua voz está no tom de mentira
O carro é virado para o lado oposto, olho uma última vez para o garoto que sorri de novo como se me conhecesse. Não vou nem perguntar, estou com tanta preguiça de ficar insistindo em um assunto.
Ah... Droga, lembrei agora da minha mochila... Eu deixei cair quando o louco me puxou pelos cabelos. Com certeza já virou cinzas, perdi todo meu salário e gorjeta. Tudo que estava dentro da mochila.
Caralho... Como tudo foi piorar em apenas alguns dias?
***
Sento sobre um colchão quando uma luz fica contra meu rosto por muito tempo. Esfrego meus olhos e encaro o quarto, o luxo chega ofuscar meus olhos. Quarto grande, cama enorme que cabe até quatro pessoas, uma linda estante de livros, mesa com um ótimo computador, televisão... Céus, isso daqui parece uma casa.
O cheiro de queimado faz eu olhar para meu corpo. Não tomei banho e estou só o pó. Levanto da cama com cuidado e caminho até uma porta que eu suspeito ser o banheiro.
Empurro, e o lugar é tão grande que chega ser exagerado para um banheiro. Tem uma banheira com hidromassagem, vários chuveiros em um grande box, duas pia com um grande espelho, e uma privada super chique... Como sempre Pierre exagerando em tudo.
Me pergunto, por quê? Ele provavelmente mora sozinho...
Nunca vou entender. Ando até a banheira e ligo a torneira para sair água e encher. Tiro minha roupa e deixo no chão. Subo um único degrau e entro, não sei como liga essa hidromassagem, mas isso daqui já está bom, a água quente é boa.
Começo a molhar meu corpo parar tirar as cinzas. Pego uma bucha que, olhando para ela, imagino já o preço. Ensaboo meu corpo e seguro o chuveirinho, molhando minha cabeça e meu corpo.
Me lavo por completo, até lavo meu cabelo para tirar o cheiro da fumaça. Dou um banho completo em mim. Lavando bem cada parte. Nem sei quanto tempo demorei, mas foi muito.
Escuto batidas na porta, e rapidamente encaro aquela região. Pierre abre devagar e entra.
- Até que enfim você acordou - diz, se aproximando um pouco - Eu te chamei, cutuquei você, até te empurrei. Mas em troca tomei um tapa no rosto - ele ri, parece envergonhado
- Ah... isso acontece quando estou muito cansada e tentam me acordar... Teve uma vez que Alessia amanheceu com o nariz vermelho... Eu tinha dado um soco... Estava morta de cansaço aquele dia, fiquei até tarde ajudando ela a estudar.
- Vou me lembrar de não te acordar mais - ele sussurra, mas ouvi vagamente o que disse - Não tenho nenhuma roupa além da minha, tudo bem?
- Não vou usar nenhuma blusa sua.
- É apenas até eu ir comprar no shopping. Vou hoje comprar as coisas que você perdeu. Vai ficar aqui com a empregada, não tem problema em usar minha roupa.
Deveria imaginar que teria alguém trabalhando na casa... Para esse tamanho, é impossível cuidar sozinho.
- Não precisa comprar muita coisa...
- Estou aqui para ouvir de você o que quer recuperar. - ele pega seu celular - Apenas me diga do que precisa.
A lista não é muito grande... Espero que não exagere em cada peça que comprar.
Continua...
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NOTAS DA AUTORA
Me desculpem pela demora, mas olha pelo lado bom, Kristhen na casa do Pierre hahahaha
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