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Kristhen Zillord

Ele termina de pentear meu cabelo após me lavar toda. Sim, Reed aproveitou para me dar um banho. Sua mão alisa minha cabeça com os cabelos penteados, logo seus olhos estão nos meus, e o mesmo sorri.

- Pronto.

- Ficou feliz em me dar banho? - pergunto, o seguindo com os olhos até o seu closet

- Sim... gostei de fazer isso. - diz, de costas para mim

Me encosto na parede, e cruzo os braços, não estou com roupas, está no quarto de hóspedes. Ele vai ter que pegar pra mim.

- Você... quer sair pra comer? - Reed se vira com uma blusa após fazer a pergunta - Vai ter um clima estranho se você comer conosco hoje na mesa.

Não acho que você esteja me chamando para comer fora por causa disso.

- Quero. Aonde vai me levar?

- Em uma lanchonete, um pouco longe daqui, mas é a melhor que já comi quando mais novo.

Mais novo? Você não comeu nessa lanchonete, disso eu tenho certeza. Foi sequestrado com dezesseis.

- Pode ser.

- Beleza. - ele diz, parece bem animado - Só deixa eu vestir minha roupa que já vou pegar a sua

Reed beija a minha testa rapidamente, e vai até o quarto. Fico na mesma posição, pensando em como isso vai acabar.

Se ele realmente vai me perdoar...

***

Encaro a curta blusa em minha mão, e o pequeno short que está na cama.

- Por que você pegou as menores roupas? - olho para o Reed, e lentamente ele desvia o olhar do meu

- Só... vi essas. - ele coça sua nuca, óbvio que está mentindo

Reviro os olhos e coloco a pequena blusa, apertada em meu corpo, deixa meus seios maiores, e minha barriga bem a mostra. Pego o short e coloco nas minhas pernas, é bem colado, e ainda pequeno, quase mostra um pouco minha bunda.

- Feliz em me ver nessa roupa curta?

Ele me olha de baixo a cima, mas não responde minha pergunta, porém, sei que sua resposta é sim, só pelo pequeno sorriso que ele deu por pequenos segundos.

Reviro os olhos e arrumo meus cabelos.

- Vamos sair pela porta dos fundos. - sua mão segura meu pulso, e ele nem espera eu responder

Sou puxada com ele até o andar debaixo, e com cuidado fomos para a porta. Ninguém nos viu, mas eu ouvi a Elaine falar no celular sobre algo interessante.

Pena que não deu para escutar tudo. Ela estava falando sobre algo que escondeu em seu quarto na antiga casa que está em reforma, por isso que ela não pode deixar aquela mansão.

Poderia muito bem soltar-me do Reed, mas a animação que o mesmo expressa, me fez ignorar tudo que a Elaine disse.

Sua mão desce para a minha, e agora estou sendo levada para a rua principal da casa, onde provavelmente vamos pedir um táxi.

Reed ergue sua mão quando um está passando, ele para. O céu está lindo, o sol está se pondo, e eu amaria observar isso de um lugar alto, mas como estou com o Reed, posso deixar isso para outro dia.

Entro em seguida, e fecho a porta.

- Sua mãe vai ficar brava quando for no seu quarto e você não estiver lá.

- Ela já tá brava - ele balança seus ombros, como se não tivesse ligando muito

***

Tomo meu refrigerante de canudinho, enquanto encaro a praia de onde estou. Não tem muita gente nela, além disso, já está de noite. Jogo no lixo o copo após terminar de beber, estou cheia, comi de mais, tudo culpa do Reed que ficou me entupindo de comida.

- Quer um doce?

Viro pra ele, não consigo acreditar que ainda cabe algo a mais em sua barriga.

- Reed, comemos até não aguentarmos e você quer um doce?

- Eu quero. - ele vira sua cabeça pra mim - Acho que vou comprar, você quer?

- Não, valeu! Estou morrendo, comi muito.

- Está bem, eu já volto.

Olho para ele, o mesmo vai até uma loja de doce que não fica muito longe de onde estamos. Como? Ele não enche nunca?

Meu celular vibra em minha mão, chamando minha atenção, é uma ligação do Barth.

- Então? - digo - O que foi?

- Sabe aquele dia que você saiu para comer com o Reed? O dia que o carro explodiu.

- Sei, o que tem? Descobriu algo?

- Não foi o Stefan e ninguém do seu pessoal que colocou aquela bomba lá. Advinha quem foi?

- Elaine...

- Como sabe? - diz no tom de surpreso

- Ela que me entregou o carro, já era meio óbvio que seria ela, mas eu estava tão focada em achar aqueles cinco, que não pensei nessa probabilidade. Mas por qual motivo?

- Bom... provavelmente foi uma bomba programada... Se ela atirou em você, então era para você estar dentro do carro ou perto, para que explodisse com ele. Eu acho que Elaine não iria imaginar que você ficaria tão preocupada com o Reed ter ido ao banheiro. Ela pensou que-

- Eu esperaria no carro - completo sua frase - Aquela velha maluca tentou me matar.

- Provavelmente ela já deve saber o propósito de você estar com o Reed?

- Não... impossível! Sou ótima em esconder minha vida passada.

- Então por qual motivo ela fez aquilo?

- Eu também quero descobrir... Parece que antes de acabar o trabalho, terei que tirar essa resposta dela.

Reed volta na minha direção, com uma caixa na mão.

- Eu preciso ir.

- Certo. Te manterei informada se eu descobrir mais alguma coisa.

Desligo o celular e guardo no bolso. Reed se aproxima, abrindo a caixa.

- Era sua mãe?

- Sim. - digo, olhando ele pegar uma rosca de chocolate, logo dando uma mordida

Parece boa.

- Sabia que você queria - ele estende a caixa pra mim

- Eu não quero...

- Pega logo!

- Já que você insiste... - pego uma de chocolate

Continua...

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