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Pierre Vinceti

- Vem, não vamos de moto. - digo a Kristhen - Você está de vestido.

Pego o controle da minha garagem e abro o portão. Lindos carros de luxo faz meus olhos doerem pelo brilho e beleza que tem.

- Nossa... - Kristhen diz encantada, adentrando mais a garagem

Ela admira cada um, até parar de frente a minha Ferrari vermelha. Kris se vira, já sei que quer ir nele. Em seu rosto tem uma leve maquiagem, e nos lábios um gloss com gosto de morango.

Experimentei dando alguns beijos nela. Margaret emprestou algumas coisas para Kristhen. Preciso comprar as maquiagens dela.

Vou até o porta-chaves e pego a da Ferrari, destravando o carro. Kristhen entra primeiro, puxando a porta para cima e depois fechando quando já está dentro.

Caminho até o lugar dos volantes e pego o do carro. Entro no banco do motorista e dou minha mochila para Kristhen, chamando atenção dela para minha mão. Ela me olha por um tempo, pelo visto nunca viu um carro que tira o volante.

Encaixo no lugar e giro até fazer o barulho de encaixe. Ligo o carro apenas apertando no centro da chave.

- O quê? - Kristhen diz ao meu lado, parecendo em choque

- Carro futurista - guardo a chave e piso um tempo no acelerador - Pensei que já tinha visto um desses.

- Eu tinha uma vida controlada, não vi muita coisa durante a época dos La Mort. - ela se encosta no banco, colocando o cinto - Isso realmente me impressionou. Quanto custou esse carro?

- Trezentos mil euros.

Kristhen mostra apenas seus dentes, com o maior sorriso falso que já vi.

- O preço dos outros é maior. - saio da garagem e aperto o portão para fechá-la

Entro na rua do condomínio e sigo em direção à saída.

- Sobre sua irmã. Quando você voltou ela já estava?

- Sim. - falo saindo do condomínio - Minha mãe a adotou quando eu tinha dezessete anos, mas eu ainda estava com Elaine. Ela lembra um pouco minha irmã, talvez seja por isso que Nayla a adotou. Haydée é apenas três anos mais nova.

- Entendo... E você tem uma relação boa com ela?

- É, tenho. - olho para seu rosto assim que paro no sinal vermelho - Temos uma boa relação de irmãos.

- E os pais biológicos dela?

- Parece que eles foram mortos em um acidente de carro. Haydée foi para adoção porque não encontraram nenhum parente que podia cuidar dela.

Kristhen fica em silêncio, parece pensar.

- O que foi?

- A maioria das pessoas da França sofreu nas mãos do grupo... Talvez os pais dela tenham sido mortos por alguém dos La Mort.

- Por que acha isso?

- Ah, sei lá - ela balança seus ombros sem graça - Muitas famílias foram destruídas pelos La Mort, a maioria foi na França. Então a probabilidade de não ter sido o grupo é muito baixa.

Nunca parei pra pensar. Realmente muitas famílias morreram sem explicação. Alguns em acidentes de carros, outros sumiam do mapa e alguns suicídios. E sempre era o casal, o filho sobreviva de alguma forma no acidente. O que sempre foi muito suspeito.

- Você nunca me contou o motivo desse grupo ter nascido...

- Ah... - ela parece desanimar - Não é um assunto que quero falar agora.

- Entendo... Mas foi pelo quê?

- Pela pedra. Aquela pedra que Elaine pegou.

A pedra que fez Kristhen vir até mim, e me tirar daquele inferno.

Kris apenas desvia seu olhar, encarando a estrada. O semáforo abre, e sigo caminho para a universidade.

***

- Ah, para aqui!

Diminui a velocidade do carro, estamos na esquina, não entendi essa fala dela.

- Eu vou descer aqui.

- Por quê? - paro o carro

- Não quero chegar com você. Eu terminei faz pouco tempo, Pierre, as pessoas vão falar sobre. Giovanni é famoso, todos sabiam que eu namorava ele. Se me verem com você após alguns dias de término, vão me chamar de interesseira, que eu estava com o Giovanni pelo dinheiro, puta, mal comida e entre as coisas. Quero evitar isso, já basta esse vestido, ter que ouvir ser chamada de muita coisa antes de entrar na universidade vai ser pior.

- Kristhen, por que você se importa tanto do que as pessoas vão falar?

- Pela minha imagem. Quero terminar meu curso e dar aula sobre o universo, fazer as pessoas amarem as estrelas e o universo igual eu amo. Então, vamos evitar, ok? - ela sorri para mim e sai do carro

Kristhen agora anda muito sensível, se importando com o que as pessoas vão falar, não usa a roupa que gosta devido algumas pessoas, não faz as coisas por medo... Ela precisa voltar a ser aquela Kristhen de antes.

Mas não uma assassina, e sim, uma mulher forte e corajosa, que faz as coisas porque quer, aquela garota que nunca ligou para opinião dos outros e ama mais a si mesma do que qualquer outra pessoa.

A ver dessa forma me preocupa um pouco. Ela está deixando de fazer muita coisa com medo do que os outros vão pensar.

Sigo em direção à entrada da universidade, passando pela Kristhen que anda devagar. Entro pelo portão e vou procuro por uma vaga, tentando achar nesse mútuo de gente.

Consigo achar uma um pouco longe da saída. Estaciono o carro e saio, o travando em seguida. Guardo a chave no bolso e coloco a mochila no ombro, indo em direção à entrada.

- Pierre! - Hay segura meu braço, com um grande sorriso no rosto - Você chegou cedo hoje.

- É, estava sem nada para fazer em casa e decidi vir mais cedo. O que foi desse sorriso todo?

- Adivinha quem voltou? - Hay me segura com força para eu parar de andar - Ella!

Ah... não...

Continua...

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